terça-feira, 20 de setembro de 2016

Novas considerações sobre a pesquisa que agitou a eleição para prefeito de Palmeira

Indagado sobre os resultados da pesquisa eleitoral realizada pelo Instituto Inppel e divulgada pelo portal CIDADE PALMEIRA no último dia 13, tenho a dizer que pesquisa eleitoral é como uma fotografia. Em síntese, ela revela um determinado momento. A pesquisa em questão mostra o comportamento do eleitorado de Palmeira no período compreendido entre os dias 7 e 9, quando foram entrevistados 528 eleitores do município, tanto na cidade como no interior. Naquele instante, tanto na pesquisa espontânea como na estimulada, havia uma clara e manifesta vantagem em favor do candidato à reeleição, o prefeito Edir Havrechaki, do PSC. Por outro lado, com uma desvantagem considerável e um índice de rejeição nada confortável, Giovatan de Souza Bueno, do PSD, aparecia em condição preocupante. No momento em que faltavam pouco mais de duas semanas para a eleição de 2 de outubro, o cenário detectado pela pesquisa colocava os adversários em posições diametralmente opostas. Por exemplo: alta intenção de votos para Edir e rejeição maior para Giovatan. Edir tem preferência em todos as regiões da cidade e Giovatan só conseguindo empatar em uma região do interior. Enfim, um quadro complexo para o candidato da oposição, que precisa decifrar o eleitorado, avaliar sua campanha e redirecionar ações em busca de reação. Como já disse aqui, se a segunda rodada da pesquisa, na próxima semana, não mostrar mudanças em favo de Giovatan, Edir ganha a eleição e o direito a um segundo mandato como prefeito de Palmeira.

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Pesquisa espontânea mostra eleitorado tímido e estimulada revela decisão na escolha entre candidatos a prefeito

A pesquisa eleitoral sobre a disputa pela Prefeitura de Palmeira, divulgada na última terça-feira (13) pelo portal CIDADE PALMEIRA, realizada pelo Instituto Inppel, revela algumas situações bastante interessantes quanto ao comportamento do eleitorado do município. Uma delas, a que mais se ressalta é o grande percentual de indecisos quando os entrevistados foram questionados, de forma espontânea, a responder em quem votariam para prefeito. Dos 528 eleitores ouvidos na pesquisa, 55,11% disseram não saber ou não responderam. O dado é interessante porque quando a mesma pergunta foi feita e foram oferecidas as opções dos nomes dos dois candidatos a prefeito, além de votar em branco ou anular o voto, o índice de indecisos sofre uma considerável queda, ficando em 10,98%. Isto mostra que há uma distância desconfiada do eleitor quanto à eleição municipal quando o assunto é tratado de forma velada, mas que o comportamento se desfaz quando o assunto é tratado de forma aberta, com opções para escolha. Ou seria timidez? Embora necessária uma análise mais aprofundada de tal comportamento do eleitorado, fato relevante é que na preferência entre um e outro candidato o prefeito Edir Havrechaki, do PSC, que tenta a reeleição, supera o adversário, Giovatan de Souza Bueno (PSD), em quase 19% na espontânea (tem preferência de 31,63% contra 10,80% do adversário) e em quase 33% na estimulada (com 56,82% contra 23,86% do rival). São vantagens consideráveis e robustas, praticamente consolidando o objetivo da reeleição, que só não acontecerá caso ocorra um fato extraordinariamente negativo para abalar a candidatura do prefeito e jogá-lo no descrédito.

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Eleição de 2012: prefeito de Palmeira consegue eleger seu sucessor repete-se depois de 54 anos

Desde 1958, quando o empresário José Antônio Bordignon, do PSD, candidato único, foi eleito prefeito de Palmeira com o apoio do então prefeito Benjamin Malucelli, um prefeito não conseguia eleger seus sucessor. Em 2012, ou seja, 54 anos depois, o então prefeito Altamir Sanson, do PSC, conseguiu repetir o feito de Malucelli e emplacou seu sucessor, o correligionário Edir Havrechaki, vereador, para ocupar a principal cadeira da Prefeitura Municipal. Dos 25.388 eleitores aptos a votar para eleger prefeito, vice-prefeito e nove vereadores, 21.836 compareceram às seções eleitorais no dia 7 de outubro e registraram 20.573 votos válidos para a eleição majoritária. Destes, o vencedor da eleição recebeu 8.972 votos, ou 43,61% dos votos válidos. O segundo colocado, Giovatan de Souza Bueno, do PSDB, teve 7.832 votos, ou 38,06%, e o terceiro, Inácio Budziak, do PDT, conseguiu 3.769 votos, ou 18,32%. Foram registrados, ainda, 667 votos nulos e 596 votos em branco. Eleito vereador em 2008, Havrechaki passou mais tempo ocupando cargos na Prefeitura, como secretário, do que na Câmara. A proximidade com Sanson fez dele o candidato da situação para enfrentar o desafio de quebrar o tabu de 54 anos sem que um prefeito de Palmeira conseguisse eleger seu sucessor. Fundamental para o êxito da missão foi a aliança com o PT, que ofereceu o candidato a vice-prefeito, Marcos Levandoski.

Quantas mulheres as mulheres de Palmeira elegerão em 2 de outubro para a Câmara Municipal?

No dia 17 de abril, quando a Câmara dos Deputados aprovou a admissibilidade do processo de impeachment contra a presidente Dilma Roussef, o médico e escritor Drauzio Varella manifestou-se assim: "E pensar que aqueles homens brancos enfatuados, com gravatas de mau gosto, os cabelos pintados de acaju e asa de graúna, com a prosperidade a transbordar-lhes por cima do cinto, passaram pelo crivo de 90 milhões de eleitores que os escolheram para representá-los. Para aqueles que não viveram como nós as trevas da ditadura, manter a crença na democracia brasileira chega a ser um ato de fé". Atrai a atenção na fala do renomado médico o trecho “homens brancos enfatuados”, que é uma menção direta aos excelentíssimos deputados de cor branca e barrigudos, que compõem a maioria do Legislativo visto sob o aspecto forma física. Sim, são os homens que se preocupam mais com o crescimento de suas contas bancária (na Suiça e outros paraísos fiscais) do que com o crescimento do país e não estão nem aí para o aumento desproporcional de seus abdomens. Mas quem vota em gente assim? Homens do mesmo naipe e de outros perfis e mulheres, muitas mulheres. Mulheres que não votam em mulheres. Por quê? Porque a absoluta maioria das mulheres não gosta de votar em mulher. Por isso, os “homens brancos enfatuados” que o Dr. Drauzio cita e critica estão lá, a conduzir o Brasil para um abismo de desigualdades, de injustiças e tragédias. E as mulheres que não votam em mulheres dão seu aval a eles. Há, porém possibilidade para mudar, mas nada tão urgente. No curto prazo. Na realidade de Palmeira, por exemplo, as mulheres deveriam ocupar, de direito, pelo menos 30% das vagas nas chapas de candidatos a vereador e 50% das vagas, de fato. Na lista de candidatura, estão lá, todas elas, mas boa parte apenas fazendo número. Não são candidatas pra valer, com vontade e motivação para disputar a eleição e conquistar no voto o seu lugar na Câmara Municipal.

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Eleição de 2008: Altamir Sanson vence nas urnas e ganha batalha nos tribunais para assumir seu terceiro mandato de prefeito

Com 23.945 eleitores aptos a votar na eleição municipal de 2008, o então prefeito Altamir Sanson (PSC) buscava a reeleição e o seu terceiro mandato, agora tendo o vereador Domingos Everaldo Kuhn (PSC) como candidato a vice-prefeito. Depois de quase quatro anos assistindo à uma administração marcada pela recuperação financeira e investimentos em obras e equipamentos, a oposição não demonstrava muito ânimo para enfrentar o prefeito. Tanto é que lançou como seus candidatos Giovatan de Souza Bueno (PP) e João Alberto Gaiola (PDT), este tendo o ex-prefeito Mussoline Mansani (PSDB) como seu candidato a vice-prefeito, pelo menos até a véspera da eleição, quando ele foi substituído pelo advogado Carlos Eduardo Rocha Mezzadri em virtude de impedimento legal para concorrer.http://www.gazetadepalmeira.com.br/wp-includes/js/tinymce/plugins/wordpress/img/trans.gif No dia 5 de outubro de 2008, compareceram para votar 20.668 eleitores, que proporcionaram 19.532 votos nominais aos candidatos a prefeito, dos quais 8.728 para Sanson, ou seja, 44,69% dos votos válidos. De forma surpreendente, o até então politicamente desconhecido Bueno arrebatou 6.841 votos, ou 35,02%. Para Gaiola, restaram 3.963 votos, ou 20,29%. Foram registrados ainda 645 votos nulos e 491 votos em branco. Estava assim sacramentada a vitória de Sanson e começava uma batalha judicial contra a sua diplomação e posse para assumir o terceiro mandato de prefeito de Palmeira.