segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Eleição de 2012: prefeito de Palmeira consegue eleger seu sucessor repete-se depois de 54 anos

Desde 1958, quando o empresário José Antônio Bordignon, do PSD, candidato único, foi eleito prefeito de Palmeira com o apoio do então prefeito Benjamin Malucelli, um prefeito não conseguia eleger seus sucessor. Em 2012, ou seja, 54 anos depois, o então prefeito Altamir Sanson, do PSC, conseguiu repetir o feito de Malucelli e emplacou seu sucessor, o correligionário Edir Havrechaki, vereador, para ocupar a principal cadeira da Prefeitura Municipal. Dos 25.388 eleitores aptos a votar para eleger prefeito, vice-prefeito e nove vereadores, 21.836 compareceram às seções eleitorais no dia 7 de outubro e registraram 20.573 votos válidos para a eleição majoritária. Destes, o vencedor da eleição recebeu 8.972 votos, ou 43,61% dos votos válidos. O segundo colocado, Giovatan de Souza Bueno, do PSDB, teve 7.832 votos, ou 38,06%, e o terceiro, Inácio Budziak, do PDT, conseguiu 3.769 votos, ou 18,32%. Foram registrados, ainda, 667 votos nulos e 596 votos em branco. Eleito vereador em 2008, Havrechaki passou mais tempo ocupando cargos na Prefeitura, como secretário, do que na Câmara. A proximidade com Sanson fez dele o candidato da situação para enfrentar o desafio de quebrar o tabu de 54 anos sem que um prefeito de Palmeira conseguisse eleger seu sucessor. Fundamental para o êxito da missão foi a aliança com o PT, que ofereceu o candidato a vice-prefeito, Marcos Levandoski.

Ao tomar posse, em 1º de janeiro de 2013, Havrechaki inicia, segundo ele próprio, uma administração ‘diferente’ daquela que Sanson conduziu por oito anos. As diferenças começam a ficar evidentes nos primeiros movimentos, muito mais voltados a aspectos técnicos e legais. A agilidade na elaboração de projetos e a constante busca por recursos externos, especialmente do governo federal, que já vinha abastecendo o município com empréstimos e a fundo perdido para a execução de diversas obras e aquisição de equipamentos e veículos, além da cessão destes, permitiram mais realizações significativas. Entre o que foi conseguido, destacam-se a renovação da frota do transporte escolar, construção de três Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs), construção e reforma de unidades de saúde, pavimentação de ruas e, mais recentemente, a construção do tão reivindicado e esperado viaduto sobre a BR 277, ligando o Centro da cidade ao bairro da Colônia Francesa. Este bairro, por sinal, recebeu uma das mais importantes obras viárias de Palmeira de todos os tempos, que foi a pavimentação e urbanização da avenida das Palmeiras, ligando a BR 277 à PR 151.
Embora tenha sido eleito graças ao apoio do ex-prefeito, Havrechaki logo sentiu o estremecimento da relação política. Bastou que a Câmara Municipal votasse pela irregularidade das prestações de contas da Prefeitura dos anos de 2005 e 2006, sob a responsabilidade de Sanson, para que a ruptura entre os dois ocorresse. Sanson acusava o sucessor de não ter feito esforços para convencer os vereadores a reformar o parecer do Tribunal de Contas do Estado. Havrechaki alegou que foi Sanson quem falhou, pois não conversou com os vereadores e vinha de um relacionamento tenso e conflituoso com três deles desde quando era prefeito e tinha opositores entre os vereadores novatos.
Câmara Municipal tem renovação de 60%
Na eleição para a Câmara Municipal, o fato relevante foi a renovação de 60% na composição do Legislativo. Apenas três vereadores conseguiram a reeleição: Eliezer Borcoski, do PSB, Pastor Anselmo, do PSD, e Mário Wieczorek, do PP. Além disso, Domingos Everaldo Kuhn, do PSC, que era vice-prefeito, conseguiu voltar para a Câmara ao eleger-se para o terceiro mandato como vereador. E pela segunda eleição consecutiva um candidato consegue ultrapassar, por pouco, os 1.000 votos: Fabiano Cassanta, do PR. Ele e mais quatro tomaram posse no dia 1º de janeiro de 2013 para cumprir o primeiro mandato em cargo eletivo.
Candidato
Votação
Fabiano Bishop Cassanta (PDT)
1.002
Arildo dos Santos Zaleski (PSC)
957
Eliezer Borcoski (PSB)
761
Domingos Everaldo Kuhn (PSC)
727
Rogério Czelusniak (PTB)
727
Pastor Anselmo (PSD)
721
José Aílton Vasco (PTN)
632
Mário Antônio Wieczorek (PP)
537
João Alberto Gaiola (PDT)
454

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