Indagado sobre os resultados da
pesquisa eleitoral realizada pelo Instituto Inppel e divulgada pelo portal
CIDADE PALMEIRA no último dia 13, tenho a dizer que pesquisa eleitoral é como
uma fotografia. Em síntese, ela revela um determinado momento. A pesquisa em
questão mostra o comportamento do eleitorado de Palmeira no período
compreendido entre os dias 7 e 9, quando foram entrevistados 528 eleitores do município,
tanto na cidade como no interior. Naquele instante, tanto na pesquisa espontânea
como na estimulada, havia uma clara e manifesta vantagem em favor do candidato
à reeleição, o prefeito Edir Havrechaki, do PSC. Por outro lado, com uma desvantagem
considerável e um índice de rejeição nada confortável, Giovatan de Souza Bueno,
do PSD, aparecia em condição preocupante. No momento em que faltavam pouco mais
de duas semanas para a eleição de 2 de outubro, o cenário detectado pela
pesquisa colocava os adversários em posições diametralmente opostas. Por
exemplo: alta intenção de votos para Edir e rejeição maior para Giovatan. Edir tem
preferência em todos as regiões da cidade e Giovatan só conseguindo empatar em
uma região do interior. Enfim, um quadro complexo para o candidato da oposição,
que precisa decifrar o eleitorado, avaliar sua campanha e redirecionar ações em
busca de reação. Como já disse aqui, se a segunda rodada da pesquisa, na
próxima semana, não mostrar mudanças em favo de Giovatan, Edir ganha a eleição
e o direito a um segundo mandato como prefeito de Palmeira.
Além das situações explanadas e
comentadas no artigo anterior, a pesquisa publicada no último dia 13 mostra que
Edir tem aceitação um pouco maior entre o eleitorado do sexo masculino. Em uma
sociedade como a de Palmeira, na qual ainda são presentes fortes traços de domínio
masculino, há que se ver isto como um voto praticamente consolidado e com
potencial de reverter votos femininos do adversário.
Quando observamos o recorte da
faixa etária, percebe-se que Edir tem preferência em todas elas, sendo que
entre os eleitores novatos, de 16 e 17 anos, chega a ter cinco vezes mais
intenções de voto que Giovatan. Este somente se aproxima um pouco do adversário
na faixa de 18 a 24, mas depois a preferência vai abrindo em favor de Edir até
atingir quase três vezes mais intenções de voto entre os eleitores com 60 anos
ou mais.
A pesquisa revela que no recorte
grau de instrução há novamente preferência em favor de Edir em todos eles.
Curioso é que entre os eleitores não alfabetizados Edir tem duas vezes mais
intenções de votos que Giovatan, entre os que têm ensino fundamental incompleto
– a maior fatia do eleitorado do município – a vantagem em favor de Edir é quase
três vezes maior e entre os que têm ensino superior completo esta vantagem é pouco
mais de três vezes maior. Nas faixas de instrução intermediárias, Edir dobra as
intenções de votos em Giovatan, que só tem desempenho mais próximo do
adversário quando se trata de eleitor com ensino superior incompleto, quando
tem 1 voto para cada 1,5 voto do adversário.
Por fim, no recorte renda ocorre
uma repetição do recorte grau de instrução. Edir dobra a intenção de votos em
Giovatan entre os que têm renda de até um salário mínimo, mas abre vantagens
mais consideráveis entre o eleitorado com renda de um a dois salários mínimos,
triplicando as intenções de votos em Giovatan, de dois a três salários mínimos,
dobrando as intenções de voto, e com renda de mais de cinco salários mínimos,
faixa na qual triplica as intenções de voto no adversário.
Os dois candidatos a prefeito de
Palmeira têm pela frente 11 dias de campanha eleitoral. Para um deles, o
período será de duras provas e muitas ações para chegar a 2 de outubro em situação
bem melhor do que mostra a pesquisa realizada entre 7 e 9 de setembro. Para o
outro, bastaria a tarefa de manter as intenções de voto, preservando-as como
garantia de vitória nas urnas. São condições distintas que levam um a buscar
proximidade e até suplantar o concorrente e o outro a buscar distância ainda
maior do que a apontada na pesquisa. Afinal, os dois querem ganhar, mas só um
terá tal privilégio. A hora é de ação, de muita ação, por sinal!
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