quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Eleição de 2008: Altamir Sanson vence nas urnas e ganha batalha nos tribunais para assumir seu terceiro mandato de prefeito

Com 23.945 eleitores aptos a votar na eleição municipal de 2008, o então prefeito Altamir Sanson (PSC) buscava a reeleição e o seu terceiro mandato, agora tendo o vereador Domingos Everaldo Kuhn (PSC) como candidato a vice-prefeito. Depois de quase quatro anos assistindo à uma administração marcada pela recuperação financeira e investimentos em obras e equipamentos, a oposição não demonstrava muito ânimo para enfrentar o prefeito. Tanto é que lançou como seus candidatos Giovatan de Souza Bueno (PP) e João Alberto Gaiola (PDT), este tendo o ex-prefeito Mussoline Mansani (PSDB) como seu candidato a vice-prefeito, pelo menos até a véspera da eleição, quando ele foi substituído pelo advogado Carlos Eduardo Rocha Mezzadri em virtude de impedimento legal para concorrer.http://www.gazetadepalmeira.com.br/wp-includes/js/tinymce/plugins/wordpress/img/trans.gif No dia 5 de outubro de 2008, compareceram para votar 20.668 eleitores, que proporcionaram 19.532 votos nominais aos candidatos a prefeito, dos quais 8.728 para Sanson, ou seja, 44,69% dos votos válidos. De forma surpreendente, o até então politicamente desconhecido Bueno arrebatou 6.841 votos, ou 35,02%. Para Gaiola, restaram 3.963 votos, ou 20,29%. Foram registrados ainda 645 votos nulos e 491 votos em branco. Estava assim sacramentada a vitória de Sanson e começava uma batalha judicial contra a sua diplomação e posse para assumir o terceiro mandato de prefeito de Palmeira.

Já durante o período de registro de candidaturas Sanson enfrentou pedido de impugnação feita pela coligação de apoio a Bueno devido à desaprovação de contas dos anos de 1995 e 1996, em seu primeiro mandato. Com base em medida judicial de caráter liminar, que cancelava a desaprovação das contas, ele conseguiu o registro. Porém, ainda antes da diplomação, houve novo pedido dos adversários pela não diplomação do prefeito reeleito, negado pela Justiça Eleitoral. Assim, Sanson recebeu o diploma e tomou posse em 1º de janeiro de 2009.
A batalha judicial não terminou nos dois pedidos de impedimento de Sanson ao cargo de prefeito pela terceira vez, pois uma ação pedindo a cassação de seu mandato, novamente iniciativa de Bueno e aliados, foi julgada procedente no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) e motivou recurso junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em Brasília, entre idas e vindas, o caso terminou apenas em meados de 2011, quando decisão monocrática de um ministro da corte eleitoral deu ganho de causa a Sanson e garantiu a ele a permanência no cargo até o final do mandato.
Além da disputa judicial pelo cargo, o prefeito em seu terceiro mandato também enfrenta crises políticas, como o afastamento de um grupo de quatro vereadores que atuavam como aliados, deixando-o com minoria no Legislativo, onde passou a enfrentar resistências.
No âmbito da administração municipal, o terceiro mandato de Sanson vem sendo marcado por manifestações de insatisfação de categorias de servidores do setor da Educação, culminando com redução do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) do município, avaliados pelo Ministério da Educação, que baixou de 5,3 em 2009 para 5 em 2011. No entanto, a pavimentação de ruas de bairros é a marca do setor de obras, que tem ainda investimentos de R$ 7,3 milhões em recursos do PAC para pavimentação e urbanização de ruas.
Os nove mais votados garantem vagas na Câmara
Diferente de eleições anteriores, nas quais alguns dos vereadores eleitos não figuravam entre os candidatos com as maiores votações, a eleição municipal de 2008 fez justiça aos nove candidatos com as maiores votações para ocuparem vagas na Câmara Municipal. Os partidos aliados na coligação que reelegeu Altamir Sanson a prefeito conseguiram quatro vagas. As cinco restantes foram divididas entre os partidos de grupos adversários. O 10º candidato com maior votação, Eliezer Borcoski, assumiu o cargo de vereador ainda em 2009, quando o titular da vaga, Edir Havrechaki, saiu para assumir o cargo de Secretário de Saúde. Havrechaki retornou ao Legislativo no final de 2010 e saiu novamente em 2011, para ser secretário de Governo e Planejamento, ficando na função até início de 2012. Porém, Borcoski voltou à Câmara em abril de 2012, agora para assumir em definitivo a vaga deixada por Max Vida Santos, que deu preferência à carreira militar como integrante do Corpo de Bombeiros.

Candidato
Votação
Inácio Budziak (PDT)
1.083
Max Vida Santos (PSB)
810
Edir Havrechaki (PSB)
778
Ivano Cherobim (PMDB)
777
Mário Antônio Wieczorek (PP)
696
Sérgio Luiz Belich (DEM)
677
Anselmo Heimbecker Osório (PR)
672
Josiel Jacob Caldas (PMDB)
664
Gilberto Martins (PTB)
578

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