Com 23.945 eleitores aptos a votar na
eleição municipal de 2008, o então prefeito Altamir Sanson (PSC) buscava a
reeleição e o seu terceiro mandato, agora tendo o vereador Domingos Everaldo
Kuhn (PSC) como candidato a vice-prefeito. Depois de quase quatro anos
assistindo à uma administração marcada pela recuperação financeira e
investimentos em obras e equipamentos, a oposição não demonstrava muito ânimo
para enfrentar o prefeito. Tanto é que lançou como seus candidatos Giovatan de
Souza Bueno (PP) e João Alberto Gaiola (PDT), este tendo o ex-prefeito
Mussoline Mansani (PSDB) como seu candidato a vice-prefeito, pelo menos até a
véspera da eleição, quando ele foi substituído pelo advogado Carlos Eduardo
Rocha Mezzadri em virtude de impedimento legal para concorrer. No dia 5 de outubro de 2008, compareceram
para votar 20.668 eleitores, que proporcionaram 19.532 votos nominais aos
candidatos a prefeito, dos quais 8.728 para Sanson, ou seja, 44,69% dos votos
válidos. De forma surpreendente, o até então politicamente desconhecido Bueno
arrebatou 6.841 votos, ou 35,02%. Para Gaiola, restaram 3.963 votos, ou 20,29%.
Foram registrados ainda 645 votos nulos e 491 votos em branco. Estava assim
sacramentada a vitória de Sanson e começava uma batalha judicial contra a sua
diplomação e posse para assumir o terceiro mandato de prefeito de Palmeira.
Já durante o período de registro de
candidaturas Sanson enfrentou pedido de impugnação feita pela coligação de
apoio a Bueno devido à desaprovação de contas dos anos de 1995 e 1996, em seu
primeiro mandato. Com base em medida judicial de caráter liminar, que cancelava
a desaprovação das contas, ele conseguiu o registro. Porém, ainda antes da
diplomação, houve novo pedido dos adversários pela não diplomação do prefeito
reeleito, negado pela Justiça Eleitoral. Assim, Sanson recebeu o diploma e
tomou posse em 1º de janeiro de 2009.
A batalha judicial não terminou nos dois
pedidos de impedimento de Sanson ao cargo de prefeito pela terceira vez, pois
uma ação pedindo a cassação de seu mandato, novamente iniciativa de Bueno e
aliados, foi julgada procedente no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná
(TRE-PR) e motivou recurso junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em
Brasília, entre idas e vindas, o caso terminou apenas em meados de 2011, quando
decisão monocrática de um ministro da corte eleitoral deu ganho de causa a
Sanson e garantiu a ele a permanência no cargo até o final do mandato.
Além da disputa judicial pelo cargo, o
prefeito em seu terceiro mandato também enfrenta crises políticas, como o afastamento
de um grupo de quatro vereadores que atuavam como aliados, deixando-o com
minoria no Legislativo, onde passou a enfrentar resistências.
No âmbito da administração municipal, o
terceiro mandato de Sanson vem sendo marcado por manifestações de insatisfação
de categorias de servidores do setor da Educação, culminando com redução do
Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) do município, avaliados
pelo Ministério da Educação, que baixou de 5,3 em 2009 para 5 em 2011. No
entanto, a pavimentação de ruas de bairros é a marca do setor de obras, que tem
ainda investimentos de R$ 7,3 milhões em recursos do PAC para pavimentação e
urbanização de ruas.
Os nove mais votados
garantem vagas na Câmara
Diferente de eleições anteriores, nas
quais alguns dos vereadores eleitos não figuravam entre os candidatos com as
maiores votações, a eleição municipal de 2008 fez justiça aos nove candidatos
com as maiores votações para ocuparem vagas na Câmara Municipal. Os partidos
aliados na coligação que reelegeu Altamir Sanson a prefeito conseguiram quatro
vagas. As cinco restantes foram divididas entre os partidos de grupos
adversários. O 10º candidato com maior votação, Eliezer Borcoski, assumiu o
cargo de vereador ainda em 2009, quando o titular da vaga, Edir Havrechaki,
saiu para assumir o cargo de Secretário de Saúde. Havrechaki retornou ao
Legislativo no final de 2010 e saiu novamente em 2011, para ser secretário de
Governo e Planejamento, ficando na função até início de 2012. Porém, Borcoski
voltou à Câmara em abril de 2012, agora para assumir em definitivo a vaga
deixada por Max Vida Santos, que deu preferência à carreira militar como
integrante do Corpo de Bombeiros.
Candidato
|
Votação
|
Inácio Budziak (PDT)
|
1.083
|
Max Vida Santos (PSB)
|
810
|
Edir Havrechaki (PSB)
|
778
|
Ivano Cherobim (PMDB)
|
777
|
Mário Antônio Wieczorek (PP)
|
696
|
Sérgio Luiz Belich (DEM)
|
677
|
Anselmo Heimbecker Osório (PR)
|
672
|
Josiel Jacob Caldas (PMDB)
|
664
|
Gilberto Martins (PTB)
|
578
|
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