segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Prefeitos e ex-prefeitos na mira do TCE pela terceirização de serviços públicos

Para resguardar a lei e garantir o bom uso dos recursos públicos, o Tribunal de Contas do estado (TCE) tem frequentemente agido contra a terceirização dos serviços públicos prestados por Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) e empresas. Muitos prefeitos de todo o Paraná já foram sentenciados a devolver recursos aos cofres municipais.

O caso recente do ex-prefeito de Castro, Moacir Fadel, coloca no alvo Altamir Sanson, ex-prefeito de Palmeira, e Edir Havrechaki, o atual prefeito. A mesma Oscip – Instituto Confiancce – que prestou serviços na área de saúde em Castro também atuou em Palmeira, nas mesmas condições. Pela contratação do Instituto Confiancce, o ex-prefeito de Castro foi condenado a devolver mais de R$ 400 mil aos cofres da Prefeitura, além de ter aplicada multa contra si.


O Instituto Confiancce atuou em Palmeira entre 2011 e 2013, período em que recebeu cerca de R$ 5 milhões para fornecer profissionais de saúde para serviços em unidades de saúde da cidade e do interior. Isto ainda pode trazer problemas, como ocorreu em Castro, pois o TCE está analisando o contrato da Prefeitura de Palmeira com a Oscip e o órgão fiscalizador pode não deixar impune a terceirização de mão de obra. O TCE entende que em casos assim a contratação de profissionais acontece sem concurso público, único meio legal admitido para isto. Além do que, vê na terceirização manobra para reduzir o percentual da despesa com pessoal.

Porto Amazonas

Na semana que passou, a Prefeitura de Porto Amazonas foi notificada pelo TCE porque aproximou-se perigosamente do limite máximo da despesa com pessoal. Um dos itens que leva a tal situação é a terceirização de mão de obra. Neste caso, a Prefeitura paga para uma empresa fornecer profissionais que atuam no Hospital Municipal.


O prefeito Ademir Schuhli informou que já esteve em reunião com o presidente do TCE, Ivan Bonilha, ocasião em que solicitou que as despesas que a Prefeitura tem com a empresa que fornece os médicos que prestam serviço no hospital não sejam contabilizadas como despesas com pessoal. Mas para não corre o risco de não ter atendido tal pedido, o prefeito já determinou a adoção de políticas de redução de horas extras e estuda a exoneração de funcionários que ocupam cargos comissionados.

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