No dia 15 de novembro de 1972 foi
realizada a eleição municipal que confirmou a primeira e única vitória do MDB
em eleição majoritária em Palmeira. De forma surpreendente, o vereador Diogo
Antônio Marins Capraro, candidato único do partido, derrota por apenas 86 votos
de vantagem os dois candidatos adversários, da ARENA, o ex-prefeito Daniel
Mansani e o dentista Aroldo dos Santos França. Capraro conquistou 3.447 votos
contra os 3.361 dados aos dois candidatos a prefeito pela situação – 1.745 para
França e 1.616 para Mansani. Foi a primeira e única vitória do
MDB porque o partido mudaria de nome em 1978, passando a se chamar PMDB. Com a
nova sigla, somente dez anos depois voltaria a vencer uma eleição para a
Prefeitura de Palmeira. A vitória do MDB em 1972 surpreendeu porque Capraro era
o único vereador do partido na Câmara Municipal e um jovem advogado, que tinha
na chapa majoritária, como candidato a vice-prefeito, outro jovem advogado,
Lineu Ramos Ribeiro.
Com 7.911 eleitores aptos a votar naquela
eleição municipal, 7.097 compareceram às urnas e 814 deixaram de votar. Além
dos votos dados aos três candidatos a prefeito, também foram registrados 134
votos em branco e 155 votos nulos.
Naqueles anos que marcaram os períodos
mais duros da repressão política pelo regime militar, um governo de oposição
era visto com desconfiança. Com os parcos recursos financeiros e as exigências
cada vez maiores de um município que crescia, ficou difícil para a
administração municipal dar um ritmo adequado às obras e serviços necessários
para atender aos interesses da população.
Um dos marcos daqueles anos foi a
instalação em Palmeira, oficialmente no ano de 1975, do então 5º Depósito
Regional de Armas e Munições (DRAM/5), unidade do Exército Brasileiro que foi
precedida de uma grande movimentação durante a sua construção e, depois, com a
chegada dos primeiros militares a servirem na mesma. Palmeira ganhou,
inclusive, um novo núcleo residencial, que abrigava residências de oficiais do
DRAM/5, para o que a rua 15 de Novembro teve que ser aberta a partir do rio
Forquilha, nos fundos do Colégio Estadual Dom Alberto Gonçalves.
A expansão da cidade exigiu da
administração municipal a abertura de ruas em bairros, como na Vila Rosa e
Rocio, onde também foram estendidas as redes de abastecimento de água e energia
elétrica. Já na zona rural, com a adoção da agricultura tecnificada, que
começava a ganhar adeptos e proporcionar aumento da produção agrícola, foi
necessário investir na melhoria e adequação de estradas para o transporte dos
produtos agrícolas, com destaque para a soja, que ia ocupando, ano a ano, áreas
cada vez maiores.
ARENA consegue manter
maioria na Câmara Municipal
A eleição para a Câmara Municipal de
Palmeira não foi tão surpreendente quanto a eleição para prefeito. Com uma boa
margem de vantagem, a ARENA conseguiu manter a maioria das cadeiras no
Legislativo, apesar de o MDB reduzir a esmagadora presença anterior dos
adversários. Foram seis vagas para candidatos eleitos pela ARENA e as três
restantes para os candidatos do MDB, com o que, o prefeito eleito teria que
administrar o Município sem contar com a maioria no Legislativo. Os vereadores,
na época, não recebiam remuneração pelo exercício do mandato e, por isso, ao
longo da legislatura, aconteceram algumas alterações na composição do Legislativo,
com suplentes assumindo as vagas abertas pela saída dos titulares.
Candidato
eleito
|
Votação
|
Odilon
Gonçalves Cordeiro (ARENA)
|
629 votos
|
Jair
Agottani Stadler (ARENA)
|
464 votos
|
Berillo
Capraro (ARENA)
|
451 votos
|
Amadeu Mário
Margraf (MDB)
|
438 votos
|
Antônio
Mayer Swiech (MDB)
|
317 votos
|
Durval
Assunção (ARENA)
|
316 votos
|
Valdomiro
Serra Buhões (ARENA)
|
312 votos
|
Augusto Budziak
(ARENA)
|
302 votos
|
Gumercindo
Borges (MDB)
|
266 votos
|
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