quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Eleição de 1972: MDB elege Diogo Capraro prefeito de Palmeira no primeiro embate contra a ARENA

No dia 15 de novembro de 1972 foi realizada a eleição municipal que confirmou a primeira e única vitória do MDB em eleição majoritária em Palmeira. De forma surpreendente, o vereador Diogo Antônio Marins Capraro, candidato único do partido, derrota por apenas 86 votos de vantagem os dois candidatos adversários, da ARENA, o ex-prefeito Daniel Mansani e o dentista Aroldo dos Santos França. Capraro conquistou 3.447 votos contra os 3.361 dados aos dois candidatos a prefeito pela situação – 1.745 para França e 1.616 para Mansani. http://www.gazetadepalmeira.com.br/wp-includes/js/tinymce/plugins/wordpress/img/trans.gifFoi a primeira e única vitória do MDB porque o partido mudaria de nome em 1978, passando a se chamar PMDB. Com a nova sigla, somente dez anos depois voltaria a vencer uma eleição para a Prefeitura de Palmeira. A vitória do MDB em 1972 surpreendeu porque Capraro era o único vereador do partido na Câmara Municipal e um jovem advogado, que tinha na chapa majoritária, como candidato a vice-prefeito, outro jovem advogado, Lineu Ramos Ribeiro.

Com 7.911 eleitores aptos a votar naquela eleição municipal, 7.097 compareceram às urnas e 814 deixaram de votar. Além dos votos dados aos três candidatos a prefeito, também foram registrados 134 votos em branco e 155 votos nulos.
Naqueles anos que marcaram os períodos mais duros da repressão política pelo regime militar, um governo de oposição era visto com desconfiança. Com os parcos recursos financeiros e as exigências cada vez maiores de um município que crescia, ficou difícil para a administração municipal dar um ritmo adequado às obras e serviços necessários para atender aos interesses da população.
Um dos marcos daqueles anos foi a instalação em Palmeira, oficialmente no ano de 1975, do então 5º Depósito Regional de Armas e Munições (DRAM/5), unidade do Exército Brasileiro que foi precedida de uma grande movimentação durante a sua construção e, depois, com a chegada dos primeiros militares a servirem na mesma. Palmeira ganhou, inclusive, um novo núcleo residencial, que abrigava residências de oficiais do DRAM/5, para o que a rua 15 de Novembro teve que ser aberta a partir do rio Forquilha, nos fundos do Colégio Estadual Dom Alberto Gonçalves.
A expansão da cidade exigiu da administração municipal a abertura de ruas em bairros, como na Vila Rosa e Rocio, onde também foram estendidas as redes de abastecimento de água e energia elétrica. Já na zona rural, com a adoção da agricultura tecnificada, que começava a ganhar adeptos e proporcionar aumento da produção agrícola, foi necessário investir na melhoria e adequação de estradas para o transporte dos produtos agrícolas, com destaque para a soja, que ia ocupando, ano a ano, áreas cada vez maiores.
ARENA consegue manter maioria na Câmara Municipal
A eleição para a Câmara Municipal de Palmeira não foi tão surpreendente quanto a eleição para prefeito. Com uma boa margem de vantagem, a ARENA conseguiu manter a maioria das cadeiras no Legislativo, apesar de o MDB reduzir a esmagadora presença anterior dos adversários. Foram seis vagas para candidatos eleitos pela ARENA e as três restantes para os candidatos do MDB, com o que, o prefeito eleito teria que administrar o Município sem contar com a maioria no Legislativo. Os vereadores, na época, não recebiam remuneração pelo exercício do mandato e, por isso, ao longo da legislatura, aconteceram algumas alterações na composição do Legislativo, com suplentes assumindo as vagas abertas pela saída dos titulares.
Candidato eleito
Votação
Odilon Gonçalves Cordeiro (ARENA)
629 votos
Jair Agottani Stadler (ARENA)
464 votos
Berillo Capraro (ARENA)
451 votos
Amadeu Mário Margraf (MDB)
438 votos
Antônio Mayer Swiech (MDB)
317 votos
Durval Assunção (ARENA)
316 votos
Valdomiro Serra Buhões (ARENA)
312 votos
Augusto Budziak (ARENA)
302 votos
Gumercindo Borges (MDB)
266 votos



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