A eleição municipal de 2000 trouxe como
principal novidade o prefeito disputando a reeleição, possibilidade que foi
efetivada legalmente no Brasil em 1997 para ocupantes de cargos no Poder
Executivo, em nível federal, estadual e municipal. Assim, o prefeito Mussoline
Mansani, candidato pelo PTB, tornou-se o primeiro prefeito de Palmeira eleito
para dois mandatos consecutivos.Pessoalmente, elegeu-se na ocasião
para o seu terceiro mandato à frente da Prefeitura Municipal, igualando-se a
Benjamin Malucelli, até então o único prefeito com três mandatos conquistados
nas urnas. Foi uma vitória até certo ponto apertada, é verdade, com 37% dos
votos válidos, facilitada pela divisão da oposição, que apresentou outros
quatro candidatos a prefeito. O eleitorado oficial de Palmeira era de 21.171
eleitores, dos quais 18.348 compareceram para votar no dia 1º de outubro
daquele ano. Mussoline Mansani, candidato pela coligação que tinha PTB, PFL,
PPB, PL, PRN e PRP, e que tinha a ex-vereadora Dulce de Freitas (PFL) como
candidata a vice-prefeita, obteve 6.788 votos. O segundo colocado, com 5.173
votos, foi o ex-prefeito Altamir Sanson, candidato pela coligação integrada por
PPS, PSB, PST e PRTB. João Alberto Gaiola, da coligação formada por PDT, PMDB e
PSC, somou 2.155 votos. Depois, com 1.867 votos, ficou Álvaro Bacila, candidato
pelo PSDB, e com 1.136 votos, Berillo Capraro, candidato pelo PSL, fechou a
lista de votação. Foram registrados ainda 864 votos nulos e 365 votos em
branco. A eleição de 2000 foi a última realizada em Palmeira com uso de cédulas
impressas em papel.
Incontestável é o fato que Mansani só
venceu a eleição devido à aliança que fez com antigos e tradicionais
adversários políticos, incluindo o ex-prefeito Baptista Cherobim, que levou o
PFL a compor a coligação eleitoral em seu apoio, juntamente com PPB, PL e PRN.
A transição do primeiro para o segundo
mandato aconteceu em situação delicada, visto as inúmeras denúncias que a
administração municipal recebeu durante a campanha eleitoral e que estavam na
ordem do dia das conversas públicas. A principal delas dizia respeito a saques
de dinheiro do Fundo Municipal de Previdência e Assistência Social, o Fundão, comprovadas
através de extratos das contas bancárias. Também os atrasos no pagamento dos
salários do funcionalismo público municipal pesavam contra o prefeito e sua
equipe prestes a iniciar um novo mandato de mais quatro anos.
Inconformados com a quantidade de
denúncias e a confirmação de algumas delas, adversários políticos ingressaram
com ação judicial contra o prefeito reeleito, alegando que o dinheiro sacado do
Fundão teria influído diretamente no resultado da eleição. A ação foi subscrita
por Altamir Sanson, João Alberto Gaiola e Berillo Capraro. Dos quatro
adversários na eleição de 2000, somente Álvaro Bacila não assinou a denúncia
feita ao Ministério Público. Capítulo à parte, este episódio terminou com a
decisão judicial pela improcedência da denúncia, baseada no fato de que o
dinheiro sacado das contas da previdência municipal, utilizado para inúmeros
fins, inclusive pagamento de salários, teria sido devolvido.
A última gestão de Mansani foi marcada por
desencontros, como a saída intempestiva de ocupantes de cargos do primeiro
escalão. Porém, algumas realizações podem ser citadas, como a instalação do
Condomínio Palmeira, no barracão cedido pela União em comodato, que desencadeou
o processo de industrialização que até hoje tem reflexos positivos no município.
Grupo do prefeito
reeleito elege sete dos 11 vereadores
A eleição de 2000 para a Câmara
Municipal de Palmeira não foi exatamente um reflexo da eleição para a
Prefeitura. Tanto é que, de forma tranquila, o grupo de partidos e apoiadores
de Mussoline Mansani conseguiu eleger sete dos 11 vereadores eleitos. A maioria
absoluta foi possível pelo fato de o grupo do candidato segundo colocado no
pleito, Altamir Sanson, não eleger nenhum vereador e as outras quatro vagas no
Legislativo serem destinadas duas ao PSDB, do grupo de apoio a Álvaro Bacila, uma
ao PDT e outra ao PMDB, que integravam a coligação de apoio a João Alberto
Gaiola e eram partidos de oposição ao prefeito reeleito. Foram cinco vereadores
reeleitos e dos outros seis um deles já havia cumprido mandato como vereador
anteriormente.
Candidato eleito
|
Votação
|
Mário Antônio Wieczorek (PPB)
|
940 votos
|
Juarez Francisco Bornancin (PSDB)
|
694 votos
|
José Caldas (PTB)
|
603 votos
|
Ivano Cherobim (PFL)
|
489 votos
|
Solange Bacila Acras (PTB)
|
448 votos
|
Sérgio Luiz Belich (PFL)
|
397 votos
|
Egon Krambeck (PPB)
|
338 votos
|
José Przybysewski (PT)
|
330 votos
|
Rubens Borcoski (PMDB)
|
314 votos
|
Domingos Everaldo Kuhn (PSDB)
|
285 votos
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Henrique Daniel Leobet (PDT)
|
262 votos
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