quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Eleição de 2000: Mussoline Mansani é o primeiro prefeito reeleito de Palmeira e ganha terceiro mandato

A eleição municipal de 2000 trouxe como principal novidade o prefeito disputando a reeleição, possibilidade que foi efetivada legalmente no Brasil em 1997 para ocupantes de cargos no Poder Executivo, em nível federal, estadual e municipal. Assim, o prefeito Mussoline Mansani, candidato pelo PTB, tornou-se o primeiro prefeito de Palmeira eleito para dois mandatos consecutivos.http://www.gazetadepalmeira.com.br/wp-includes/js/tinymce/plugins/wordpress/img/trans.gifPessoalmente, elegeu-se na ocasião para o seu terceiro mandato à frente da Prefeitura Municipal, igualando-se a Benjamin Malucelli, até então o único prefeito com três mandatos conquistados nas urnas. Foi uma vitória até certo ponto apertada, é verdade, com 37% dos votos válidos, facilitada pela divisão da oposição, que apresentou outros quatro candidatos a prefeito. O eleitorado oficial de Palmeira era de 21.171 eleitores, dos quais 18.348 compareceram para votar no dia 1º de outubro daquele ano. Mussoline Mansani, candidato pela coligação que tinha PTB, PFL, PPB, PL, PRN e PRP, e que tinha a ex-vereadora Dulce de Freitas (PFL) como candidata a vice-prefeita, obteve 6.788 votos. O segundo colocado, com 5.173 votos, foi o ex-prefeito Altamir Sanson, candidato pela coligação integrada por PPS, PSB, PST e PRTB. João Alberto Gaiola, da coligação formada por PDT, PMDB e PSC, somou 2.155 votos. Depois, com 1.867 votos, ficou Álvaro Bacila, candidato pelo PSDB, e com 1.136 votos, Berillo Capraro, candidato pelo PSL, fechou a lista de votação. Foram registrados ainda 864 votos nulos e 365 votos em branco. A eleição de 2000 foi a última realizada em Palmeira com uso de cédulas impressas em papel.

Incontestável é o fato que Mansani só venceu a eleição devido à aliança que fez com antigos e tradicionais adversários políticos, incluindo o ex-prefeito Baptista Cherobim, que levou o PFL a compor a coligação eleitoral em seu apoio, juntamente com PPB, PL e PRN.
A transição do primeiro para o segundo mandato aconteceu em situação delicada, visto as inúmeras denúncias que a administração municipal recebeu durante a campanha eleitoral e que estavam na ordem do dia das conversas públicas. A principal delas dizia respeito a saques de dinheiro do Fundo Municipal de Previdência e Assistência Social, o Fundão, comprovadas através de extratos das contas bancárias. Também os atrasos no pagamento dos salários do funcionalismo público municipal pesavam contra o prefeito e sua equipe prestes a iniciar um novo mandato de mais quatro anos.
Inconformados com a quantidade de denúncias e a confirmação de algumas delas, adversários políticos ingressaram com ação judicial contra o prefeito reeleito, alegando que o dinheiro sacado do Fundão teria influído diretamente no resultado da eleição. A ação foi subscrita por Altamir Sanson, João Alberto Gaiola e Berillo Capraro. Dos quatro adversários na eleição de 2000, somente Álvaro Bacila não assinou a denúncia feita ao Ministério Público. Capítulo à parte, este episódio terminou com a decisão judicial pela improcedência da denúncia, baseada no fato de que o dinheiro sacado das contas da previdência municipal, utilizado para inúmeros fins, inclusive pagamento de salários, teria sido devolvido.
A última gestão de Mansani foi marcada por desencontros, como a saída intempestiva de ocupantes de cargos do primeiro escalão. Porém, algumas realizações podem ser citadas, como a instalação do Condomínio Palmeira, no barracão cedido pela União em comodato, que desencadeou o processo de industrialização que até hoje tem reflexos positivos no município.
Grupo do prefeito reeleito elege sete dos 11 vereadores
A eleição de 2000 para a Câmara Municipal de Palmeira não foi exatamente um reflexo da eleição para a Prefeitura. Tanto é que, de forma tranquila, o grupo de partidos e apoiadores de Mussoline Mansani conseguiu eleger sete dos 11 vereadores eleitos. A maioria absoluta foi possível pelo fato de o grupo do candidato segundo colocado no pleito, Altamir Sanson, não eleger nenhum vereador e as outras quatro vagas no Legislativo serem destinadas duas ao PSDB, do grupo de apoio a Álvaro Bacila, uma ao PDT e outra ao PMDB, que integravam a coligação de apoio a João Alberto Gaiola e eram partidos de oposição ao prefeito reeleito. Foram cinco vereadores reeleitos e dos outros seis um deles já havia cumprido mandato como vereador anteriormente.

Candidato eleito
Votação
Mário Antônio Wieczorek (PPB)
940 votos
Juarez Francisco Bornancin (PSDB)
694 votos
José Caldas (PTB)
603 votos
Ivano Cherobim (PFL)
489 votos
Solange Bacila Acras (PTB)
448 votos
Sérgio Luiz Belich (PFL)
397 votos
Egon Krambeck (PPB)
338 votos
José Przybysewski (PT)
330 votos
Rubens Borcoski (PMDB)
314 votos
Domingos Everaldo Kuhn (PSDB)
285 votos
Henrique Daniel Leobet (PDT)
262 votos

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