Acredito que todos
os motoristas já passaram pela complicada situação de ter que desviar, de
repente, um caminhão estacionado em espaço para automóveis e outros veículos
menores. Aí, se obriga a jogar o carro para o lado, correndo o risco de
provocar acidente. Isto pode estar com os dias contados em Palmeira. É que
durante a 6º Conferência das Cidades, que aconteceu no sábado (11), a população
teve a oportunidade de opinar e propor medidas para uma cidade mais justa e
igualitária. Pouca gente participou, porém, o espaço de diálogo entre o governo
municipal e a sociedade foi bem aproveitado, especialmente porque sugestões
interessantes e necessárias foram apresentadas e aprovadas. Entre elas a que
pede a proibição de estacionamento por tempo prolongado – além do tempo
necessário para carga e descarga – de caminhões em ruas da cidade. Para algumas
ruas, inclusive, há sugestão de proibição de acesso de caminhões. Por ser fato
recorrente na cidade, a presença de caminhões, alguns de grande porte, acaba atrapalhando
a circulação de veículos menores e causando transtornos, além de oferecer
riscos de acidentes, por diversos motivos, e danificar a pavimentação das ruas,
que é dimensionada para suportar grande peso.
No ano passado,
foi aprovado projeto de lei na Câmara Municipal, depois sancionado e
transformado em lei pelo prefeito Edir Havrechaki, que proíbe o trânsito e
estacionamento de caminhões em ruas do Núcleo Habitacional Parque dos Papiros.
A iniciativa da proposta foi dos moradores daquele núcleo, preocupados com os
danos que tais veículos pesados pudessem causar na pavimentação das ruas, que
receberam asfalto há pouco tempo. O fato despertou interesse de moradores de
outros locais da cidade, que procuraram vereadores solicitando que a lei fosse
estendida para outras ruas. Agora, no fórum adequado, a Conferência das
Cidades, a proposta é oficialmente apresentada e a tendência é que seja levada
em frente, até que lei municipal regulamente o trânsito e estacionamento de
caminhões na cidade.
O Conselho das
Cidades, que coordenou a conferência, tem desenvolvido grande empenho para
avançar na agenda urbana e rural, atuando segundo uma diretiva baseada na
democracia e no pluralismo, privilegiando a participação de todos os cidadãos
no debate. Um dado interessante apresentado na conferência foi de que Palmeira
cumpriu 80% das medidas propostas na 5º Conferência das Cidades. O conselho
assumiu o compromisso de seguir cumprindo as proposições feitas pela população,
com um olhar atento às reivindicações que emanam do povo, com objetivo de uma
democracia plena e que vá de encontro com os anseios sociais.
Além da questão sobre proibição de estacionamento
de caminhões em ruas da cidade, outras duas sugestões apresentadas que são
relevantes. Uma delas trata da construção de ciclovia no trecho que margeia a
PR 151 desde o viaduto da BR 277 até a ligação com a Avenida das Palmeiras,
fazendo a interligação com a ciclovia recentemente construída na via que passa
pela Colônia Francesa e vai até a BR 277, no novo viaduto. Também foi
apresentada e aprovada a proposta pela implantação de transporte público para estudantes do período noturno que se deslocam
dos bairros para o centro da cidade.
Durante a
conferência foram aprovadas três propostas de Palmeira para serem apresentadas
na etapa estadual, em março do ano que vem, em Foz do Iguaçu. São elas: a inclusão dos jovens no desenvolvimento
das cidades, através de conselhos estudantis secundaristas escolares; a criação
de cotas, como regras para liberação de verbas para construção de habitação de
interesse social, baseado no déficit habitacional; e reorganizar a oferta de
cursos técnicos na modalidade ensino médio, de acordo com a necessidade e
realidade de cada município. Da mesma forma, foram eleitos nove
delegados locais para representar Palmeira em Foz do Iguaçu.
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