segunda-feira, 27 de junho de 2016

PT estadual proíbe alianças com partidos a favor do impeachment de Dilma. Como fica em Palmeira?

O diretório estadual do PT do Paraná esteve reunido no último final de semana em Maringá, e decidiu que o partido irá restringir as alianças às eleições municipais de 2 de outubro. O partido quer salvar o que lhe resta de dignidade e proibiu a participação em alianças nas quais estejam presentes PSDB, DEM, PPS e SD. Xi, parece que podem ocorrer problemas para o PT de Palmeira, que hoje tem o vice-prefeito Marcos Levandoski candidato à reeleição, juntamente com o prefeito Edir Havrechaki, do PSC. No mínimo, caberá à direção estadual avaliar e avalizar a aliança neste caso. Mas não é só isto, pois a coligação que vai sustentar a candidatura à reeleição do prefeito terá, com absoluta certeza, a participação do PSDB. Os ‘tucanos’ de Palmeira têm na presidência Marcos Ribas, ex-secretário de Obras e Infraestrutura e um dos amigos mais próximos do prefeito. Se for para alguém descer do ônibus, saem o PT e o vice-prefeito ou desembarcam o PSDB e o amigo dileto? Querem um palpite? Não sei, mas acredito que a situação será acomodada pelo diretório estadual em nome da boa convivência do partido em Palmeira com siglas adversárias. É só um palpite, baseado em situações anteriores. Só isso!
Os dirigentes petistas do Paraná também decidira em Maringá que o partido não pode fazer alianças ou apoiar candidaturas nos municípios com candidatos que se manifestaram aberta e publicamente em favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff. Pelo menos isto o prefeito Edir não fez e uma possível – porém improvável – ausência do PT da coligação não deverá ser creditada na conta do alcaide. De acordo com o presidente do PT paranaense, deputado federal Ênio Verri, o partido dará prioridade a candidaturas próprias a prefeito. Até o momento, segundo ele, “mais de 70 petistas já se dispuseram a se candidatar às prefeituras municipais no estado, com grandes chances de saírem vitoriosos das urnas”. São petistas destemidos e corajosos que estão dispostos a enfrentar de peito aberto a possíveis manifestações de ódio, tão comuns utilmente, resultado da execração pública a que o partido vem sendo submetido nos últimos tempos.

Mais palpite: nas coligações proporcionais, para candidaturas a vereador, o PT de Palmeira deve buscar uma posição que não afronte as diretrizes do diretório estadual. Com o PSDB, então, não vai de jeito nenhum, nem amarrado. Iria com o PSC? Iria com o PP? Tudo vai depender do resultado das conversas que a direção municipal do partido deve travar com a direção estadual. Sabido é que as imposições superiores nem sempre são tão impositivas quanto possa se imaginar. Pelo contrário, mostram-se flexíveis quando há interesse em manter o status quo e acomodar interesses pontuais e pessoais. Para quem pensa que não é assim, uma breve volta ao passado, há 16 anos, mostra um cenário armado para a eleição municipal de 2000. O PT de Palmeira, mesmo contra determinação do diretório estadual, apoia a candidatura à reeleição do ex-prefeito Mussoline Mansani, do PTB, partido adversário vetado para coligações na ocasião. A desobediência não acarretou nenhuma penalidade ou qualquer punição a quem quer que seja, pelo mesmo até o momento. Em síntese, levando-se em consideração o histórico, o PT de Palmeira vai compor na coligação com o PSDB e outros partidos adversário em nível municipal. Também é só um palpite. Nada mais que isso!

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