O diretório estadual do PT do Paraná
esteve reunido no último final de semana em Maringá, e decidiu que o partido
irá restringir as alianças às eleições municipais de 2 de outubro. O partido
quer salvar o que lhe resta de dignidade e proibiu a participação em alianças nas
quais estejam presentes PSDB, DEM, PPS e SD. Xi, parece que podem ocorrer
problemas para o PT de Palmeira, que hoje tem o vice-prefeito Marcos Levandoski
candidato à reeleição, juntamente com o prefeito Edir Havrechaki, do PSC. No mínimo,
caberá à direção estadual avaliar e avalizar a aliança neste caso. Mas não é só
isto, pois a coligação que vai sustentar a candidatura à reeleição do prefeito
terá, com absoluta certeza, a participação do PSDB. Os ‘tucanos’ de Palmeira
têm na presidência Marcos Ribas, ex-secretário de Obras e Infraestrutura e um
dos amigos mais próximos do prefeito. Se for para alguém descer do ônibus, saem
o PT e o vice-prefeito ou desembarcam o PSDB e o amigo dileto? Querem um
palpite? Não sei, mas acredito que a situação será acomodada pelo diretório
estadual em nome da boa convivência do partido em Palmeira com siglas
adversárias. É só um palpite, baseado em situações anteriores. Só isso!
Os dirigentes petistas do Paraná também decidira
em Maringá que o partido não pode fazer alianças ou apoiar candidaturas nos
municípios com candidatos que se manifestaram aberta e publicamente em favor do
impeachment da presidente Dilma Rousseff. Pelo menos isto o prefeito Edir não
fez e uma possível – porém improvável – ausência do PT da coligação não deverá
ser creditada na conta do alcaide. De acordo com o presidente do PT paranaense,
deputado federal Ênio Verri, o partido dará prioridade a candidaturas próprias
a prefeito. Até o momento, segundo ele, “mais de 70 petistas já se dispuseram a
se candidatar às prefeituras municipais no estado, com grandes chances de
saírem vitoriosos das urnas”. São petistas destemidos e corajosos que estão
dispostos a enfrentar de peito aberto a possíveis manifestações de ódio, tão
comuns utilmente, resultado da execração pública a que o partido vem sendo
submetido nos últimos tempos.
Mais palpite: nas coligações
proporcionais, para candidaturas a vereador, o PT de Palmeira deve buscar uma
posição que não afronte as diretrizes do diretório estadual. Com o PSDB, então,
não vai de jeito nenhum, nem amarrado. Iria com o PSC? Iria com o PP? Tudo vai
depender do resultado das conversas que a direção municipal do partido deve
travar com a direção estadual. Sabido é que as imposições superiores nem sempre
são tão impositivas quanto possa se imaginar. Pelo contrário, mostram-se
flexíveis quando há interesse em manter o status
quo e acomodar interesses pontuais e pessoais. Para quem pensa que não é
assim, uma breve volta ao passado, há 16 anos, mostra um cenário armado para a eleição
municipal de 2000. O PT de Palmeira, mesmo contra determinação do diretório
estadual, apoia a candidatura à reeleição do ex-prefeito Mussoline Mansani, do
PTB, partido adversário vetado para coligações na ocasião. A desobediência não acarretou
nenhuma penalidade ou qualquer punição a quem quer que seja, pelo mesmo até o
momento. Em síntese, levando-se em consideração o histórico, o PT de Palmeira
vai compor na coligação com o PSDB e outros partidos adversário em nível
municipal. Também é só um palpite. Nada mais que isso!
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