segunda-feira, 27 de junho de 2016

Gaiola sinaliza que pode aparecer uma ‘grande novidade’ como candidato a vice-prefeito

Para quem pensa que as candidaturas majoritárias (para prefeito e vice) já estão consolidadas em Palmeira, é bom lembrar de uma frase do inesquecível deputado federal Ulysses Guimarães, um dos últimos políticos brasileiros com P maiúsculo: “Política é como nuvem. Você olha e ela está de um jeito. Olha de novo e já mudou”. O Sr. Diretas falou com propriedade da atividade na qual esteve envolvido por quase toda a vida. Tão atual a observação que pode se aplicar no processo das eleições municipais em Palmeira, uma vez que muita coisa ainda pode mudar daquilo que é possível ver hoje. Um exemplo é o que sinaliza o vereador João Alberto Gaiola. Do PDT, pré-candidato a prefeito, quando fala sobre seu possível companheiro de chapa majoritária. Embora tenha dois nomes em evidência – o vereador José Aílton Vasco, do PTN, e o professor Eduardo Kardush, do PMDB – para a candidatura a vice-prefeito, ele aponta que pode ocorrer uma mudança surpreendente, com uma ‘grande novidade’. Porém, não vai além de apontar quem seria o seu par na dança da eleição para prefeito de Palmeira. Enquanto o prefeito Edir Havrechaki, do PSC, mantém-se fiel ao vice-prefeito Marcos Levandoski, do PT, buscando a reeleição, e o dentista e bi-candidato a prefeito Giovatan de Souza Bueno, do PSD, faz pose ao lado do ex-vereador Inácio Budziak, do SD, como seu par, Gaiola faz mistério. Mistério, por sinal, que aumenta com a possibilidade de um terceiro nome – que seria o definitivo – na disputa pela última vaga nas chapas majoritárias. Fica a pergunta: “Quem será?”.

Entre cogitações, uma que aflora é a de que Gaiola pode ter Giovatan como seu parceiro na chapa majoritária. Mas a dúvida que fica é: “quem conseguiria convencer o dentista a abrir mão de sua terceira candidatura a prefeito para figurar como mero candidato a vice-prefeito na chapa do vereador em sua quarta candidatura a prefeito?”. Talvez nem seu novo parceiro de empreitadas políticas e correligionário, o tri-prefeito Altamir Sanson, seja capaz de convencê-lo a tão árdua tarefa. Fato é que Gaiola e Giovatan, cada um à sua maneira, não abrem mão de suas candidaturas a prefeito este ano. Não querem mesmo, de forma algum, postergar para daqui a quatro anos a participação destacada no pleito municipal. Os dois são protagonistas, concorrentes ao Oscar da política de Palmeira de melhor ator e não de melhor ator coadjuvante. Acontece que ambos pensam que está chegada a sua hora de brilhar, e assim seguem rumo a uma divisão aparentemente fatal para as oposições ao prefeito. Nem mesmo os número das pesquisas para consumo interno que provavelmente têm conseguem demovê-los disto.
O que Gaiola julga ter de vantagem em relação a Giovatan no atual momento, além do cargo eletivo que hoje ocupa, é um nome de candidato a vice-prefeito em sua chapa que suplanta o nome do candidato a vice-prefeito na chapa de Giovatan. E, além disso, cogita uma ‘grande novidade’ na forma de uma terceira opção para ocupar o posto em sua chapa. Se é ou não uma estratégia para criar dúvidas, não se pode dizer com certeza, mas Gaiola fala e convence no que fala, inclusive dando pistas que levam a imaginar nomes de dentro do próprio PDT, partido que preside, que poderiam transformar o cenário eleitoral em seu favor. Porém, ainda paira obre ele e sobre Giovatan a onipresente figura do prefeito em busca da reeleição, com todas as vantagens que o cargo lhe proporciona. Neste período em que cautela e caldo de galinha são mais do que recomendações, e sim obrigações para quem não quer perder o bonde da história da eleição municipal de 2016, é bom ficar de olho na nuvem que o Dr. Ulysses mencionou. Acontece que ela pode mudar de forma, sem que se precise muito tempo para que isto aconteça.

Nenhum comentário:

Postar um comentário