Para quem pensa que as
candidaturas majoritárias (para prefeito e vice) já estão consolidadas em
Palmeira, é bom lembrar de uma frase do inesquecível deputado federal Ulysses
Guimarães, um dos últimos políticos brasileiros com P maiúsculo: “Política é
como nuvem. Você olha e ela está de um jeito. Olha de novo e já mudou”. O Sr.
Diretas falou com propriedade da atividade na qual esteve envolvido por quase
toda a vida. Tão atual a observação que pode se aplicar no processo das
eleições municipais em Palmeira, uma vez que muita coisa ainda pode mudar
daquilo que é possível ver hoje. Um exemplo é o que sinaliza o vereador João
Alberto Gaiola. Do PDT, pré-candidato a prefeito, quando fala sobre seu
possível companheiro de chapa majoritária. Embora tenha dois nomes em evidência
– o vereador José Aílton Vasco, do PTN, e o professor Eduardo Kardush, do PMDB –
para a candidatura a vice-prefeito, ele aponta que pode ocorrer uma mudança
surpreendente, com uma ‘grande novidade’. Porém, não vai além de apontar quem
seria o seu par na dança da eleição para prefeito de Palmeira. Enquanto o
prefeito Edir Havrechaki, do PSC, mantém-se fiel ao vice-prefeito Marcos
Levandoski, do PT, buscando a reeleição, e o dentista e bi-candidato a prefeito
Giovatan de Souza Bueno, do PSD, faz pose ao lado do ex-vereador Inácio
Budziak, do SD, como seu par, Gaiola faz mistério. Mistério, por sinal, que
aumenta com a possibilidade de um terceiro nome – que seria o definitivo – na disputa
pela última vaga nas chapas majoritárias. Fica a pergunta: “Quem será?”.
Entre cogitações, uma que aflora
é a de que Gaiola pode ter Giovatan como seu parceiro na chapa majoritária. Mas
a dúvida que fica é: “quem conseguiria convencer o dentista a abrir mão de sua
terceira candidatura a prefeito para figurar como mero candidato a vice-prefeito
na chapa do vereador em sua quarta candidatura a prefeito?”. Talvez nem seu
novo parceiro de empreitadas políticas e correligionário, o tri-prefeito
Altamir Sanson, seja capaz de convencê-lo a tão árdua tarefa. Fato é que Gaiola
e Giovatan, cada um à sua maneira, não abrem mão de suas candidaturas a
prefeito este ano. Não querem mesmo, de forma algum, postergar para daqui a
quatro anos a participação destacada no pleito municipal. Os dois são
protagonistas, concorrentes ao Oscar da política de Palmeira de melhor ator e
não de melhor ator coadjuvante. Acontece que ambos pensam que está chegada a
sua hora de brilhar, e assim seguem rumo a uma divisão aparentemente fatal para
as oposições ao prefeito. Nem mesmo os número das pesquisas para consumo
interno que provavelmente têm conseguem demovê-los disto.
O que Gaiola julga ter de
vantagem em relação a Giovatan no atual momento, além do cargo eletivo que hoje
ocupa, é um nome de candidato a vice-prefeito em sua chapa que suplanta o nome
do candidato a vice-prefeito na chapa de Giovatan. E, além disso, cogita uma ‘grande
novidade’ na forma de uma terceira opção para ocupar o posto em sua chapa. Se é
ou não uma estratégia para criar dúvidas, não se pode dizer com certeza, mas
Gaiola fala e convence no que fala, inclusive dando pistas que levam a imaginar
nomes de dentro do próprio PDT, partido que preside, que poderiam transformar o
cenário eleitoral em seu favor. Porém, ainda paira obre ele e sobre Giovatan a
onipresente figura do prefeito em busca da reeleição, com todas as vantagens
que o cargo lhe proporciona. Neste período em que cautela e caldo de galinha são
mais do que recomendações, e sim obrigações para quem não quer perder o bonde
da história da eleição municipal de 2016, é bom ficar de olho na nuvem que o
Dr. Ulysses mencionou. Acontece que ela pode mudar de forma, sem que se precise
muito tempo para que isto aconteça.
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