Com seus direitos políticos
suspensos até 2023, período em que não pode se candidatar a nenhum cargo
eletivo, por conta de desaprovações de prestações de contas da Prefeitura de
Palmeira sob sua responsabilidade, o ex-prefeito Altamir Sanson, do PSD, começa
a ter julgadas pela Câmara Municipal, nesta terça-feira (26), mais três
prestações de contas. A expectativa desta feita é diferente, pois os três
processos receberam da Comissão de Economia, Orçamento, finanças e Fiscalização
pareceres pela regularidade. Os pareceres, assim, devem ser acatados e
aprovados, culminando com a aprovação das prestações de contas dos anos de
2009, 2010 e 2011. O Tribunal de Contas do Estado (TCE), por sua vez, já havia
emitido pareceres prévios pela regularidade, embora com ressalvas para as
contas de 2011, fato que não impede a aprovação do conjunto do processo daquele
ano. Para quem já teve desaprovadas as contas de 2005, 2006, 2007 e 2012, a
aprovação de três prestações de contas representa um alívio relativo, visto que
ainda faltam ser apreciadas as contas de 2008, ambas com indicativos de emissão
de pareceres pela irregularidade. Nesta terça acontece e votação em primeiro
turno das três prestações de contas, que será concluída no próximo dia 2 de
agosto, com a votação final, em segundo turno.
O presidente da Comissão de
Economia, Orçamento, Finanças e Fiscalização, vereador Eliezer Borcoski, do
PSB, disse que a comissão acatou os pereceres prévios do TCE por entender que a
análise técnica criteriosa do órgão deve ser respeitada. Porém, cabe aos
vereadores o julgamento definitivo dos processos, podendo votar, inclusive,
contrários aos pareceres do TCE. Todos os três processos com os pareceres
prévios ficaram durante 60 dias à disposição do público para eventuais
consultas. Depois, a Comissão analisou e emitiu seus respectivos pareceres, com
o que foram convocadas as sessões extraordinárias do Legislativo para a votação
dos mesmos, o que acontece nas duas próximas terças-feiras. Caso aconteça – o que
é pouco provável – a votação pela desaprovação de uma das prestações de contas,
o ex-prefeito teria aumentado o período de sua inelegibilidade de 2023 para
2024, ou seja, oito anos após a votação.
A inelegibilidade de Altamir até
2023 é resultado da desaprovação da prestação de contas de 2012, julgada pela
Câmara em setembro do ano passado. Nas duas votações daquele processo, sete dos
nove vereadores votaram pela desaprovação, enquanto apenas os vereadores
Fabiano Cassanta, do PR, e Rogério Czelusniak, do PTB, opinaram contrariamente
aos pareceres prévios tanto do TCE como da Comissão de Economia, Orçamento, Finanças
e Fiscalização, ambos pela irregularidade. Após a votação, a Câmara Municipal
informou o TCE sobre a decisão e também o Ministério Público do Paraná e o
Ministério Público Federal.
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