terça-feira, 26 de julho de 2016

Coligação da oposição ganha 'reforço' e quatro partidos fazem convenção na próxima sexta-feira à noite

A coligação de partidos que vai apoiar a candidatura de Giovatan de Souza Bueno, do PSD, a prefeito de Palmeira na eleição municipal deste ano, em oposição ao prefeito Edir Havrechaki, do PSC, ganhou reforço do PRTB, partido que no município tem como presidente da comissão provisória Amadeu Ferreira Padilha, o Deva, que foi candidato a deputado estadual em 2014. O que representa o PRTB para o grupo? Mais 38 filiados e prováveis candidatos a vereador, incluindo o próprio presidente. É o segundo maior em número de filiados, somente abaixo do PSDC, que tem 82 filiados, superando SD, com 29, e o PSD, com seus 24 filiados. No total, o grupo tem 173 filiados nos quatro partidos que devem compor a coligação. O número não é nada expressivo perto do total de filiados a partidos que compõem na coligação situacionista. Mesmo com o seu restrito exército de filiados, os quatro partidos convocaram convenções para sexta-feira (29), às 19 horas, na Câmara Municipal, quando definem candidaturas a prefeito, vice-prefeito e vereador. Giovatan deve ter como par na chapa majoritária o ex-vereador Inácio Budziak, do SD. Deve ser formada uma chapa única de candidatos a vereador, que muito provavelmente não chegará a ser completa, com 18 candidatos. É possível que fique bem aquém do número máximo de candidatos e com reduzido número de candidatas à Câmara Municipal, se é que terá alguma.

Diante da fragilidade do grupo de oposição, há quem já dê como certa a possibilidade de acontecer um fato inédito na história política de Palmeira, que é o grupo da situação eleger todos os nove vereadores para a legislatura 2017 a 2020. A hipótese é absolutamente palpável visto a densidade eleitoral dos candidatos que compõem as três chapas do grupo contra a ausência de teste de urna para a maioria dos candidatos da oposição e até as dificuldades para que seu votos somados atinjam o quociente eleitoral, que estará próximo a 2.400 votos, que determina o direito a ter representação no Legislativo. Os dois nomes mais expressivos que têm sido apontados como prováveis candidatos a vereador são do ex-vereador e ex-presidente da Câmara, Heinz Ewert, do SD, representante de Witmarsum, e o advogado Denis Sanson, presidente do PSDC de Palmeira e filho do ex-prefeito Altamir Sanson.
Um grupo de candidatos a vereador reduzido em termos de número representa dificuldades para os candidatos a prefeito e vice-prefeito. Tudo é uma questão de presença, de trabalho eleitoral na prospecção de votos e na propaganda eleitoral. O eleitorado, diante da pouca visibilidade e diminuta densidade cria uma imagem de fraqueza e baixa aceitação dos candidatos, fato que pode resultar em insucesso. Porém, como toda eleição tem suas particularidades, esta de 2016 em Palmeira dá indícios de que será sui generis. Nunca antes na história da política local se viu um grupo tão encorpado a apoiar um candidato a prefeito. No caso, o próprio prefeito candidato à reeleição, contando com um contingente de candidatos a vereador capaz de determinar um fato extraordinário, que seria a eleição de todos os nove vereadores. Se isto realmente acontecer, a partir daí a política de Palmeira passa a viver uma fase emblemática, pois a oposição estaria praticamente aniquilada e seria necessário iniciar as bases para a formação de novo ou novos grupos oposicionistas, se é que alguém teria motivação para tanto. O grupo do prefeito é de uma heterogeneidade ímpar, reunindo representantes de todos os espectros, que, no cenário e na perspectiva atuais, somente uma dissidência permitiria tal episódios.

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