terça-feira, 19 de julho de 2016

Nem bloqueio do WhatsApp impede que candidatos conversem no nervoso período pré-convenções

Com o WhatsApp bloqueado em todo o Brasil, não teve quem não resistisse à boa e velha conversa olho no olho. Nem mesmo os políticos resistiram e, como faziam os bons articuladores de antigas eleições, foram ao encontro de quem interessa para uma prosa sobre a eleição municipal. Inclusive em Palmeira foi assim.Candidatos enfrentam a impossibilidade da conversa pelo aplicativo com um bom papo sobre o nervoso e agitado período pré-convenções. Um marcante e agora não secreto colóquio entre dois dos principais personagens do próximo pleito aconteceu na tarde desta terça-feira (19). Quem ficou curioso para saber quem são eles, continue lendo. Personagens principais porque ambos estão com os olhos totalmente voltados para a principal cadeira do Palácio da Viscondessa, na qual pretendem sentar a partir de 1º de janeiro de 2017. Por enquanto, pretendem porque antes terão que passar pela prova das urnas, no dia 3 de outubro. Preocupados com o desenho do cenário que vai se compondo, Giovatan de Souza Bueno, do PSD, convocou o vereador João Alberto Gaiola, do PDT, para uma amistosa troca de ideias e projeções. Os assuntos tratados? Estes sim são segredo, porque se vazar um já sabe que foi o outro quem deu com a língua nos dentes. E aí, a confiança se quebra e uma possível – mas ainda pouco provável – aliança da oposição estará irremediavelmente natimorta.

Giovatan e Gaiola conversaram, conversaram e conversaram. Depois conversaram mais um pouco e, com certeza, um perguntou para o outro se abrir mão da candidatura a prefeito, já posta e disposta por ambos, como forma de facilitar as negociações e dar sequência para que continuem conversando. Se um ou outro respondeu ‘sim’, ninguém sabe, ninguém ouviu. Mas é importante ficar atento para os desdobramentos, como um possível e provável segundo encontro entre eles, o que começaria a dar forma à tão almejada coligação de oposição ao prefeito Edir Havrechaki, do PSD, que é candidatíssimo à reeleição. E o quanto antes acontecer a conversa, sinal de que as abóboras estão se acomodando conforme o andar da carroça. Se depois do primeiro colóquio decidirem voltar para o WhatsApp, é sinal de que da cartola da oposição não deve sair nenhum coelho, ficando tudo como está agora.
Antes que se fechem as conversas dos oposicionistas, dá para imaginar o que cada um tem para oferecer e, mais ainda, o que não tem para oferecer para o outro como forma de convencer que é melhor candidato a prefeito do que a vice-prefeito. As vantagens e principalmente desvantagens pesam e pesam significativamente quando se enreda uma negociação política de tal calibre. Giovatan não oferece um grupo tão consistente quanto ao que Gaiola dispõe. Gaiola não oferece um histórico de eleições para prefeito tão robusto em votos quanto Giovatan dispõe. Giovatan não oferece a possibilidade de mais que uma chapa de candidatos a vereador que Gaiola pode dispor, sim. Gaiola não oferece apoios tão significativos eleitoralmente quanto Giovatan dispõe do ex-prefeito Altamir Sanson, seu correligionário. Giovatan não oferece a mesma quantidade de minutos no rádio na propaganda eleitoral que Gaiola dispõe. Enfim, entre o que um oferece e o outro oferece, cabe a eles e seus grupos providenciar uma balança capaz de medir o que pesa mais quando o assunto é eleição municipal e o adversário pela frente tem peso tão considerável quanto um prefeito que vai tentar a reeleição e dispõe de poderio quase absoluto para bancar ver o jogo do adversário sem ter que gastar todas as suas fichas.  

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