Não se trata de milagre porque em
política não acontecem milagres. Pelo contrário. Mas o fato relevante do atual
momento do período pré-eleitoral em Palmeira é que um cadáver foi ressuscitado.
O PPS, dado como morto e quase enterrado, eis que, de repente, ressurge no
cenário político, vivo e motivado para participar da eleição municipal. Mal
cuidado, desprezado e abandona pelo grupo do ex-prefeito Altamir Sanson,
primeiro, e pelo grupo do bi-candidato a prefeito Giovatan de Souza Bueno,
depois – com o detalhe de que ambos hoje estão abrigados sob o PSD – o partido faz
sua reaparição pública pelas mãos do grupo do prefeito Edir Havrechaki, do PSC.
Se por um lado Edir ganha com a conquista do PPS, com alguns minutos de tempo
na propaganda eleitoral no rádio e possíveis candidatos a vereador, Giovatan e
Altamir perdem na mesma proporção e, ainda, são submetidos a uma indesejável
humilhação por serem eles, exatamente, os pivôs da troca de comando do partido
em Palmeira. Como é fato sabido, Altamir desprezou o PPS de Rubens Bueno, pelo
qual disputou a eleição municipal de 2000, para ingressar no PSC de Ratinho
Junior. E como todos estão carecas de saber, Giovatan também desprezou o PPS de
Rubens Bueno, recentemente, para ingressar no PSD de.... isto mesmo, Ratinho
Junior. Assim, o deputado e capo do
PPS do Paraná nem titubeou ao dar a canetada fatal às pretensões da dupla que
lhe virou as costas. De pronto, autorizou a passagem do comando para o grupo do
prefeito, que indicou Josiel Caldas, ex-vereador e atual secretário de Espore e
Cultura, para carregar a tocha com o fogo do PPS em Palmeira.
De forma rápida, como exigia o
caso de urgência urgentíssima, o indicado para assumir a condução do PPS em
Palmeira, na condição de presidente de uma comissão provisória municipal, fez
contatos e conseguiu a confirmação de manutenção de alguns dos antigos filiados
e, mais que isso, a presença de alguns na própria direção. Assim, Josiel fica
na presidência e os demais cargos estão distribuídos para Bruna Teixeira –
secretária, Maikel Maidl – tesoureiro, Tatiana Padilha Oliveira – delegada á
convenção estadual, Divonsir da Cruz e Augusto Ferrando – membros. Nas próximas
horas a executiva estadual do PPS (entenda-se, Rubens Bueno) deve confirmar e
oficializar a nova comissão provisória de Palmeira, encaminhando informação
para registro no Tribunal Regional Eleitoral (TRE). O ‘7 a 1’ que o grupo do
prefeito aplica na oposição deve ter provocado muito choro e incontrolável
ranger de dentes. São ossos, duros, do ofício da política.
O novo comandante do PPS em
Palmeira disse que não tem pretensão de ser candidato na eleição municipal
desta ano. Inclusive, não se desincompatibilizou a tempo para ter condições de
registrar candidatura. Porém, observou que está verificando junto aos filiados
se já alguém que deseje concorrer à Câmara Municipal. Sem adiantar nomes, disse
que o PPS pode, sim, ter candidato ou candidatos a vereador. Sobre sua
indicação à presidência do partido, Josiel teve que deixar o PMDB, partido ao
qual era filiado desde o início dos anos 1990 e pelo qual cumpriu dois mandatos
de vereador (de 2005 a 2008 e de 2009 a 2012). Em um momento de mudanças, disse
que sai tranquilo do PMDB, que cumpriu sua missão no partido, mas que, agora,
vai atuar no sentido de fortalecer o PPS e colaborar na campanha à reeleição do
prefeito Edir Havrechaki. Se Josiel não é o artilheiro do ‘7 a 1’, deixou sua
marca nas redes da oposição, que enrola a bandeira, põe embaixo do braço e vai pra casa 'chorar na cama, que é lugar quente'.
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