terça-feira, 26 de julho de 2016

Eleição de 1958: Candidato único e de consenso entre partidos, José Antônio Bordignon é eleito prefeito

Capítulo à parte na história das eleições municipais em Palmeira, o pleito de outubro de 1958 teve como peculiaridade a candidatura única a prefeito, obtida a partir de acordo consensual entre as lideranças dos partidos políticos. O empresário José Antônio Bordignon, do PSD, agregou apoios também do tradicional aliado PR e dos até então adversários PTB e UDN.http://www.gazetadepalmeira.com.br/wp-includes/js/tinymce/plugins/wordpress/img/trans.gifObtendo a maioria dos votos, somando 2.879 sufrágios favoráveis à sua candidatura, Bordignon é eleito prefeito. Foram contabilizados 772 votos em branco e 21 votos foram considerados nulos, totalizando 3.672 votantes naquela eleição, realizada no dia 3 de outubro, quando os eleitores foram às urnas para também eleger nove vereadores e o governador do Estado.

Prefeito eleito na eleição de 1958, Bordignon tomou posse no dia 1º de fevereiro de 1959. Recebeu o cargo das mãos do então prefeito Bejmanin Malucelli, seu correligionário, para assumir o quarto mandato seguido sob comando do PSD desde o restabelecimento do regime democrático, em 1945, e da eleição municipal de 1947. A solenidade de transmissão do cargo aconteceu na sede da Câmara Municipal, que funcionava no mesmo edifício da Prefeitura, na praça Mal. Floriano Peixoto.
A gestão de Bordignon deu continuidade às ações iniciadas e desenvolvidas pelo antecessor, com atenção tanto à área urbana como à rural, que já apresentava maiores exigências quanto à infraestrutura, especialmente com relação às estradas. Também foi dada atenção especial à estrutura administrativa da Prefeitura Municipal, com criação de cargos e abertura de vagas para novos servidores, com objetivo de melhorar a oferta e qualidade dos serviços públicos de responsabilidade do Município, que não eram tantos e restringiam-se á conservação de ruas e estradas, fornecimento de energia elétrica e outros.
O então prefeito recebeu homenagem ainda em vida, a pedido de moradores que encaminharam abaixo-assinado à Câmara Municipal, solicitando denominar com o nome de José Antônio Bordignon uma das ruas que estava sendo aberta em sentido paralelo à antiga estrada de ferro, no local onde atualmente é o bairro Regina Vitória, cujo nome se mantém até hoje.
PSD mantém maioria na Câmara com eleição de cinco dos nove vereadores
Apesar da candidatura única a prefeito, a eleição para a Câmara Municipal voltou a ter o embate político entre os tradicionais adversários. Partido do prefeito eleito e da situação, o PSD elegeu cinco vereadores e manteve a maioria no Legislativo. Por sua vez, a coligação entre PTB e UDN conseguiu manter as quatro cadeiras que ocupava na Câmara Municipal. Entre os vereadores eleitos estavam Daniel Mansani, do PTB, e Baptista Cherobim, do PSD, que seriam candidatos a prefeito adversários na eleição municipal de 1962. Os mandatos legislativos começaram em 1959 e terminaram em 1963.
Candidato eleito
Votação
Tadeu Grox (UDN)
382 votos
Daniel Mansani (PTB)
355 votos
Benjamin Malucelli (PSD)
347 votos
Baptista Cherobim (PSD)
261 votos
Arthur F. de Albuquerque (PSD)
235 votos
Henrique Leôncio Stadler (PSD)
200 votos
Gabriel M. Carazzai (PSD)
163 votos
Petrônio R. Carneiro de Souza (UDN)
146 votos
João Franco Sobrinho (PTB)
128 votos

Brasil atravessava era JK dos 50 anos em cinco
Em 1959, Juscelino Kubitschek de Oliveira era o presidente do Brasil. Foi o primeiro presidente do Brasil a nascer no século 20 e o primeiro presidente eleito pelo voto direto nascido após a Proclamação da República. Foi o último político mineiro eleito para a presidência da república pelo voto direto, antes de Dilma Rousseff. Casado com Sarah Kubitschek, com quem teve as filhas Márcia Kubitschek e Maria Estela Kubitschek, foi o responsável pela construção de uma nova capital federal, Brasília, executando, assim, um antigo projeto, já previsto em três constituições brasileiras, da mudança da capital federal do Brasil para promover o desenvolvimento do interior do Brasil e a integração do país.
Durante todo o seu mandato como presidente da República, (1956-1961), o Brasil viveu um período de notável desenvolvimento econômico e relativa estabilidade política. Com um estilo de governo inovador na política brasileira, Juscelino construiu em torno de si uma aura de simpatia e confiança entre os brasileiros.
Segundo seu adversário José Sarney, Juscelino foi o melhor presidente que o Brasil já teve, por sua habilidade política, por suas realizações e pelo seu respeito às instituições democráticas. O governo de JK tinha como slogan “Cinquenta anos em cinco”, justificado pelas realizações que empreendeu.

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