Com um vereador como
seu representante na Câmara Municipal – José Aílton Vasco – e 44 filiados no
município de Palmeira, o PTN teve destituída no último dia 11 a sua comissão
provisória, poucos dias após anunciar que integraria o grupo de apoio à
candidatura à reeleição do prefeito Edir Havrechaki, do PSC. Sem comissão provisória,
o partido não pode realizar convenção para escolher, uma vez que é a direção
municipal, em forma de diretório ou de comissão provisória, quem tem a
prerrogativa de convocar a convenção. Sem convenção, até mesmo o vereador pode
ver inviabilizada a sua intenção de disputar a reeleição. Caso o PTN não tenha
uma nova comissão provisória que convoque a convenção eleitoral dentro do prazo
legal, é provável que fique fora da eleição municipal deste ano. Mas, há
motivos para tanta preocupação? Aparentemente não. Uma vez que o PTN tem um único
e solitário vereador na Câmara e talvez o único candidato a vereador com
chances reais de eleição, por que o partido abriria mão de continuar tendo um representante
no Legislativo? Hoje, colocar o PTN de Palmeira sob comando de um grupo
diferente é praticamente destiná-lo à morte. Afinal, dependendo de quem seja o big boss do partido no município, o único
e solitário vereador não tenha ânimo para concorrer à reeleição. Simples assim,
mas com complexidades.
Entre a notícia de
destituição da comissão provisória, que era presidida por Toni Carneiro, e o
momento atual, passaram-se poucos dias e pouco movimento houve, pelo menos
naquilo que transparece aos olhos de quem está de fora. Internamente, com
certeza, há uma refrega pelo comando do PTN. Sabe-se que nem sempre quem busca
comandar um partido ou colocar algum aliado político para comandá-lo tem
intenção apenas de dar destino a ele no processo eleitoral. Muitas vezes, e há
exemplos disso, a intenção é justamente evitar que o partido participe do
processo eleitoral, numa neutralização de adversários políticos por
conveniência. No entanto, não é bem isto que está acontecendo em Palmeira, onde
a disputa nem tanto é interna nem tanto externa. Uma palavra que cabe bem no
episódio é ‘acomodação’. E isto deve acontecer já, daqui a alguns poucos dias.
Muito poucos dias, diga-se, e sem surpresas.
Cogitado pelo vereador
João Alberto Gaiola, do PDT, como seu provável candidato a vice-prefeito, o
vereador Zé Aílton nunca se manifestou positivamente neste sentido. Pelo
contrário, permaneceu fechado, refratário a qualquer questionamento sobre o
assunto. Nem sim nem não, o vereador foi contornando os espinhos do caminho da
política e agora chega às vésperas do momento de decidir para que lado vai
seguir. Além de pensar em si, Zé Aílton tem que pensar também no grupo que
comanda, mesmo não sendo presidente do PTN. Agora, sendo presidente, o que é
bastante provável que aconteça nesse processo de ‘acomodação’, ele poderá não
só pensar como também se manifestar em alto e bom som. Para onde ele vai? Com pequena
margem de erro de alguns pontos para um lado ou para outro, o destino
preferencial do PTN em Palmeira é mesmo apoiar a candidatura à reeleição do
prefeito. Desde 2013, após um ensaio de rebeldia pela independência, o único e
solitário vereador do partido nunca ficou em distância tão longa que não
pudesse ser rapidamente trazido de volta como nunca ficou tão perto que não
pudesse afastar-se um pouco. Pelo menos um pouco para não ficar tão perto.
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