domingo, 3 de julho de 2016

Engenheiro de Palmeira debate no Senado construção de ferrovia bioceânica que liga Atlântico ao Pacífico

Engenheiro que trabalha em Brasília há quase três anos, nascido em Palmeira, Guilherme Luiz Bianco é coordenador-geral de Ferrovias e Hidrovias do Ministério do Planejamento. No último dia 29 de junho, ele participou no Senado Federal de audiência pública para debater a construção da Ferrovia Transcontinental Bioceânica, também chamada de Ferrovia Intercontinental (Fico), cujo projeto tem como objetivo ligar o Oceano Atlântico, no Brasil, ao Oceano Pacífico, no Peru, com um trajeto de 5 mil quilômetros de extensão, que será executado por meio de uma parceria entre Brasil, Peru e China, firmada em maio de 2015, por ocasião da vinda do primeiro-ministro chinês ao Brasil e ao Peru. Durante a audiência pública, o engenheiro destacou que o projeto é extremamente desafiador e vai representar 10% de toda a malha ferroviária do país. Segundo ele, a execução vai trazer não apenas desenvolvimento regional para os estados que a ferrovia cruzar, mas para o Brasil como um todo. A audiência pública conjunta das Comissões de Serviços de Infraestrutura (CI), de Assuntos Econômicos (CAE) e de Relações Exteriores (CRE) teve a participação dos senadores Jorge Viana (PT-AC), Wellington Fagundes (PR-MT), Roberto Muniz (PP-BA), Hélio José (PMDB-DF), Lasier Martins (PDT-RS) e Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), que demonstraram preocupação em acelerar o processo de construção da ferrovia, especialmente porque o comércio entre Brasil e China tem aumentado muito nos últimos anos. A Fico, que terá cerca de 5 mil quilômetros, será construída por meio de uma parceria entre Brasil, Peru e China, firmada em maio de 2015, por ocasião da vinda do primeiro-ministro chinês ao Brasil e ao Peru.

Também participou da audiência pública o engenheiro-chefe do grupo de trabalho da ferrovia, o chinês Bi Qiang, que informou que o Memorando de Entendimentos Trilateral, realizado em maio de 2015, previu três relatórios de estudos básicos da viabilidade de construção da ferrovia. O preliminar foi entregue em agosto de 2015, o intermediário em fevereiro deste ano e o final está em andamento. Até agora, o governo chinês investiu US$ 40 milhões nestes estudos. O senador Tião Viana disse que o Congresso tem trabalhado em apoio à construção da ferrovia, informando que desde de novembro de 2015, houve reuniões com os embaixadores da China e do Peru e um encontro com 20 empresários chineses. No recesso de julho, uma delegação de senadores irá à China para conhecer a estrutura de ferrovias do país. Segundo Viana, dos US$ 35 bilhões exportados pelo Brasil, US$ 18,6 bilhões foram para o mercado chinês e na importação, de US$ 30 bilhões, US$ 17,9 vieram da China. O secretário de Fomento para Ações de Transportes do Ministério dos Transportes, Dino Batista, comprometeu-se a enviar o cronograma e as funções de cada órgão no projeto, com participação da empresa de engenharia Valec e da Empresa de Planejamento e Logística (EPL).
O engenheiro Guilherme Luiz é filho do empresário Luiz Bianco e da professora Sueli Breda Bianco. Ele cursou o ensino fundamental e o ensino médio em Palmeira e depois graduou-se Engenharia Civil na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Em 2012 prestou concurso público para o cargo de Analista do Ministério do Planejamento, foi aprovado e começou a trabalhar em Brasília no ano seguinte. Tem título de mestrado em Transportes pela Universidade de Brasília (UnB). Com menos de três anos de atuação no órgão federal, foi promovido a coordenador-geral de Ferrovias e Hidrovias, com o que tem a atribuição de avaliar todos os projetos públicos e também público-provados referentes a estes dois modais de transporte. Destaque-se que o projeto do ramal ferroviário que deve ligar futuramente a cidade de Maracaju (MS) à região Sul, com os portos de Paranaguá (PR), São Francisco do Sul (SC) e Itajaí (SC), para escoamento da produção agrícola da região Centro Oestes, com parte do trecho passando pelo território do município de Palmeira, também está sob avaliação da coordenadoria sob responsabilidade do engenheiro palmeirense.

Nenhum comentário:

Postar um comentário