Engenheiro que trabalha em
Brasília há quase três anos, nascido em Palmeira, Guilherme Luiz Bianco é coordenador-geral
de Ferrovias e Hidrovias do Ministério do Planejamento. No último dia 29 de
junho, ele participou no Senado Federal de audiência pública para debater a
construção da Ferrovia Transcontinental Bioceânica, também chamada de Ferrovia
Intercontinental (Fico), cujo projeto tem como objetivo ligar o Oceano Atlântico,
no Brasil, ao Oceano Pacífico, no Peru, com um trajeto de 5 mil quilômetros de
extensão, que será executado por meio de uma parceria entre Brasil, Peru e
China, firmada em maio de 2015, por ocasião da vinda do primeiro-ministro
chinês ao Brasil e ao Peru. Durante a audiência pública, o engenheiro destacou
que o projeto é extremamente desafiador e vai representar 10% de toda a malha
ferroviária do país. Segundo ele, a execução vai trazer não apenas
desenvolvimento regional para os estados que a ferrovia cruzar, mas para o
Brasil como um todo. A audiência pública conjunta das Comissões de Serviços de
Infraestrutura (CI), de Assuntos Econômicos (CAE) e de Relações Exteriores
(CRE) teve a participação dos senadores Jorge Viana (PT-AC), Wellington
Fagundes (PR-MT), Roberto Muniz (PP-BA), Hélio José (PMDB-DF), Lasier Martins
(PDT-RS) e Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), que demonstraram preocupação em
acelerar o processo de construção da ferrovia, especialmente porque o comércio
entre Brasil e China tem aumentado muito nos últimos anos. A Fico, que terá
cerca de 5 mil quilômetros, será construída por meio de uma parceria entre
Brasil, Peru e China, firmada em maio de 2015, por ocasião da vinda do
primeiro-ministro chinês ao Brasil e ao Peru.
Também participou da audiência
pública o engenheiro-chefe do grupo de trabalho da ferrovia, o chinês Bi Qiang,
que informou que o Memorando de Entendimentos Trilateral, realizado em maio de
2015, previu três relatórios de estudos básicos da viabilidade de construção da
ferrovia. O preliminar foi entregue em agosto de 2015, o intermediário em
fevereiro deste ano e o final está em andamento. Até agora, o governo chinês
investiu US$ 40 milhões nestes estudos. O senador Tião Viana disse que o
Congresso tem trabalhado em apoio à construção da ferrovia, informando que desde
de novembro de 2015, houve reuniões com os embaixadores da China e do Peru e um
encontro com 20 empresários chineses. No recesso de julho, uma delegação de
senadores irá à China para conhecer a estrutura de ferrovias do país. Segundo
Viana, dos US$ 35 bilhões exportados pelo Brasil, US$ 18,6 bilhões foram para o
mercado chinês e na importação, de US$ 30 bilhões, US$ 17,9 vieram da China. O
secretário de Fomento para Ações de Transportes do Ministério dos Transportes,
Dino Batista, comprometeu-se a enviar o cronograma e as funções de cada órgão
no projeto, com participação da empresa de engenharia Valec e da Empresa de
Planejamento e Logística (EPL).
O engenheiro Guilherme Luiz é
filho do empresário Luiz Bianco e da professora Sueli Breda Bianco. Ele cursou
o ensino fundamental e o ensino médio em Palmeira e depois graduou-se
Engenharia Civil na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Em 2012 prestou concurso público para o cargo de Analista do Ministério do
Planejamento, foi aprovado e começou a trabalhar em Brasília no ano seguinte. Tem
título de mestrado em Transportes pela Universidade de Brasília (UnB). Com
menos de três anos de atuação no órgão federal, foi promovido a coordenador-geral
de Ferrovias e Hidrovias, com o que tem a atribuição de avaliar todos os
projetos públicos e também público-provados referentes a estes dois modais de
transporte. Destaque-se que o projeto do ramal ferroviário que deve ligar
futuramente a cidade de Maracaju (MS) à região Sul, com os portos de Paranaguá
(PR), São Francisco do Sul (SC) e Itajaí (SC), para escoamento da produção
agrícola da região Centro Oestes, com parte do trecho passando pelo território
do município de Palmeira, também está sob avaliação da coordenadoria sob
responsabilidade do engenheiro palmeirense.
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