terça-feira, 26 de julho de 2016

Julho tem o menor valor de repasse mensal do ICMS para a Prefeitura de Palmeira em 2016

Apesar de o mês de julho ainda não ter terminado, a secretaria de Estado da Fazenda (SEFA) fez nesta terça-feira (26) o último repasse de recursos do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para as prefeituras paranaenses. Para a Prefeitura de Palmeira, somados os valores dos quatro repasse ao longo do mês, foi creditado o valor bruto de R$ 1.725.861,05. Aplicados os descontos para formação do Fundo de Desenvolvimento da Ecucação Básica e Valorização do Magistério (Fundeb) e Fundo de Saúde, além de eventuais retenções, o valor líquido que a Prefeitura recebeu foi de R$ 1.380.688,86. O valor bruto é o menor já a Palmeira repassado dentro do período de um mês neste ano de 2016. Até então, o menor valor de repasses foi registrado no mês de abril, com bruto de R$ 1.735.593,98. O valor líquido de junho também foi o menor do ano, que até aqui era também o repasse de abril, de R$ 1.388.475,20. Mas nem tudo leva a expectativa por mais notícias ruins a partir de agora. Os valores dos repasses dos meses do meio do ano, historicamente, são menores do que aqueles registrados nos primeiros e nos últimos meses. Porém, a atividade econômica vem sofrendo constantes abalos, com o que a arrecadação do ICMS também acaba afetada negativamente.

Com uma cenário atual apresentando mais nuvens negras do que aberturas de sol, não é só em Palmeira que prefeito e gestores municipais têm se debruçado sobre planilhas e estudos para tentar prognosticar o que a economia reserva para os cofres públicos nos próximos meses, até o final do ano. Obviamente não é nada tão assustador que tire o sono, mas é bom ficarem atentos. Afinal, em ano eleitoral, consciente ou distraidamente, os gastos das prefeituras têm aumentos. Dizem que é devido ao último ano de mandato, do cumprimento de metas e execução de projetos que estavam programados, etecétera e tal. Só uma observação que fiz pela pertinência do momento, nada mais.
Riscos? Não, não há riscos. Pelo menos riscos que possam ser seriamente considerados. E tomo os valores dos repasses do Imposto sobre a Propriedade de Veículo Automotor (IPVA) para comprovar. Em todo o ano passado, a Prefeitura de Palmeira recebeu pouco mais de R$ 3.4 milhões do IPVA, tributo do qual tem direito à metade de tudo o que o Estado recolhe junto a proprietários de veículos com placas do município. Este ano, nos sete primeiro meses, de janeiro a julho, o valor já creditado em favor da Prefeitura de Palmeira chega a mais de R$ 3.3 milhões. Nos próximos meses vai superar com folga o valor de 2015, garantindo uma receita significativa para Palmeira.
Voltando ao ICMS, a preocupação reside no fato de os valores repassados este ano continuarem teimando em ficar abaixo dos valores repassados em 2015. A continuar e a se confirmar o viés de redução, dificilmente o valor dos repasses, tanto bruto como líquido, em 2016, consigam superar os do ano passado. Para comparar e acompanhar: em 2015, o valor bruto do ICMS repassado a Palmeira foi de R$ 24.5 milhões e o valor líquido chegou a R$ 19.6 milhões. Em 2016, nos sete primeiros meses do ano, o valor bruto soma R$ 14.2 milhões e o valor bruto repassado está em R$ 11.4 milhões, Então, para não ficar abaixo de 2015, os valores brutos a serem repassados entre agosto e dezembro, em média, devem ficar acima de R$ 2 milhões por mês. Pode? Poder, até pode, mas existe um detalhe que incomoda: não há indícios de que a economia ganhe ritmo crescente, pois não há incentivo para a produção e muito menos para o consumo. Como a economia é influenciada pela política e esta se encontra em um estado lastimável no país, é melhor nem esperar muito mais do que já está acontecendo.

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