Todos já sabem que a campanha eleitoral deste ano será mais curta, começando
apenas no dia 16 de agosto, nas ruas, nos becos, nas praças, nas pontes e nos
viadutos. E no rádio? O ‘palanque eletrônico’ começa no dia 26 de agosto,
segundo a prevê a legislação, e termina rapidinho, no dia 29 de setembro. Só um
mês e poucos dias, não dói nada e é de graça mesmo. O que talvez poucos tenham
se atentado é que a propaganda dos candidatos no rádio sofreu mudanças. Aliás,
consideráveis mudanças, a começar pelo tempo de duração dos programas. Agora, ao
invés de dois blocos de 30 minutos cada, totalizando intermináveis 60 minutos –
exatamente uma hora – como nas campanhas anteriores, serão dois blocos de apenas
10 minutos, que somados chegam a 20 minutinhos. É vapt-vupt! Mais que isso, somente
os candidatos a prefeito poderão usar este tempo, que será dividido
proporcionalmente à representação de cada partido no Congresso Nacional. Daí,
fica óbvio que uns terão mais tempo e outros menos. Em Palmeira, pelo andar do
carroção, o prefeito candidato à reeleição deve abocanhar e usar a maior fatia
dos 10 minutos, graças a PT, PSDB, PP e PTB, entre outros. Depois dele virá o
vereador João Alberto Gaiola, do PDT, que ainda carrega o PMDB e garante uns
precisos minutos. Por fim, o dentista Giovatan de Souza Bueno, do PSD, que pode
ficar com apenas alguns segundos.
Para os candidatos a vereador estão reservadas apenas as inserções ao
longo da programação normal das emissoras de rádio. Em inserções aleatórias de
1 minuto estarão desfilando os mais variados tipos, dos assustados aos
escrachados, dos afobados aos falsamente engraçados, enfim, exatamente como o
eleitor já se acostumou a ver em campanhas eleitorais anteriores. Vai dizer que
você não escuta a propaganda eleitoral para vereador só para ouvir seus amigos e
conhecidos ‘pagando mico’?
Para quem quer entender como funciona a divisão do tempo da propaganda eleitoral
no rádio, é simples. Basta acompanhar o que diz a legislação: “90% distribuídos
proporcionalmente ao número de representantes na Câmara dos Deputados,
considerados, no caso de coligação para eleições majoritárias, o resultado da
soma do número de representantes dos seis maiores partidos que a integrem e,
nos casos de coligações para eleições proporcionais, o resultado da soma do
número de representantes de todos os partidos que a integrem; e 10%
distribuídos igualitariamente”. Fácil, fácil, não é mesmo? Não!? Acontece que
as regras usadas na eleição municipal de 2012 foram mudadas com a minirreforma
política aprovada pelo Congresso Nacional no ano passado. Mas, para que você
não fique com cara de quem não sabe de nada, saiba que os programas irão ao ar no
rádio de segunda-feira a sábado, das 7 às 7h10 e das 12 às 12h10. É menos que o
tempo de tomar o café da manhã e ainda menos do que o tempo de almoçar. A
digestão agradece!
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