terça-feira, 3 de maio de 2016

Altamir afastou-se de Edir por mágoa com desaprovações de prestações de contas

Com as mudanças nos prazos de realização das convenções partidárias para escolha dos candidatos e de registro das candidaturas, a previsão é de que a campanha eleitoral oficial, com propaganda dos candidatos, comece pra valer no final de agosto. Daí, serão pouco mais de 30 dias para a eleição, em 2 de outubro. Preocupante? Não para todos os pretendentes a cargos eletivos, em especial o prefeito Edir Havrechaki, do PSC, que vai disputar a reeleição, e tem em seu favor exatamente o tempo da campanha. Acontece que Edir não precisará fazer muito força – apesar de ele afirmar que vai, sim, dedicar-se integralmente à campanha eleitoral. Com quase três anos e meio de seu primeiro mandato como prefeito de Palmeira, tem nas realizações de sua gestão a principal arma de marketing para manter os 8.972 votos que obteve em 2012 e conquistar novos eleitores. Além do mais, a presença do ex-mentor e ex-prefeito Altamir Sanson, do PSD, na oposição, aparenta não causar grandes abalos. Para Edir, Altamir faz oposição, apoiando a candidatura a prefeito de Giovatan de Souza Bueno, do PSD, porque carrega mágoas de ter suas prestações de contas desaprovadas pela Câmara Municipal, acusando-o de não ter se empenhado em convencer os vereadores a aprovarem as suas contas. Será? Continue lendo para entender a trama.

A história das prestações de contas desaprovadas começou logo após a eleição de 2012, quando Edir já estava eleito prefeito e Altamir cumpria seus últimos dias de mandato, encerrando um ciclo de oito anos que culminou na eleição do sucessor. Alegria, alegria e só alegria. Mas eis que chega à Câmara Municipal o parecer prévio do Tribunal de Contas do Estado (TCE) sobre a prestação de contas de 2005, opinando pela irregularidade, ou seja, que os vereadores desaprovassem as contas sob responsabilidade de Altamir. O processo começou seu trâmite interno no Legislativo, mas houve um episódio que obrigou a retomada do início da tramitação. Assim, somente em maio de 2013, já com Edir prefeito e Altamir ex, os vereadores julgaram o processo de 2005, mantendo o parecer do TCE e desaprovando de forma terminativa aqueça prestação de contas. Enquanto aquela tramitava, a Câmara recebeu também o parecer prévio do TCE sobre as contas de 2006, igualmente pela irregularidade. Antes da votação de julgamento, Altamir pediu a Edir para que intercedesse junto aos vereadores, agora como prefeito, buscando reverter a opinião do TCE. Porém, o ex-prefeito esqueceu-se de um fato: entre 2009 e 2012 ele perdeu, por atos seus, o apoio de cinco vereadores que se elegeram em 2008 por partidos que compunham a coligação que lhe garantiu a vitória. Por quê? É o que veremos no próximo parágrafo.
Dos vereadores, cinco deles: Ivano Cherobim, Josiel Caldas, Max Vida Santos, Eliezer Borcoski e Pastor Anselmo, além de Edir, foram eleitos em 2008 em chapas da coligação que reelegeu Altamir prefeito. No desenrolar do mandato, ainda em 2009, aconteceram os primeiros abalos no relacionamento político do prefeito com os vereadores, que resultaram em uma fratura exposta quando um secretário municipal jogou toda a culpa das críticas que recebia sobre um dos cinco vereadores. Como o grupo dos cinco estava coeso, unido por Superbonder legislativo, as dores foram tomadas pelo grupo. O prefeito tentou apaziguar o ambiente, mas foi infeliz ao defender o secretário mais do que devia, demonstrando dar a ele razões que não teve quando do quiproquó com o vereador. Pouco afeito ao ritual do cargo que ocupava e sem dar o braço a torcer, reconhecendo seus erros, o tal secretário conseguiu jogar cinco vereadores contra o prefeito. Assim, eram os cinco mais Mário Wieczorek e Sérgio Belich – eleitos pela oposição em 2008 – formando um bloco de sete oposicionistas na Câmara.  E dos cinco vereadores, dois foram reeleitos em 2012 – Eliezer e Pastor Anselmo. Mário também foi reeleito. A legislatura 2013 a 2016 começava com estes três já contra o ex-prefeito, marcados pelo episódio confuso com o secretário e pela confusão que o assessor jurídico de Altamir fez no final de 2012, interrompendo o trâmite do processo de julgamento da prestação de contas de 2005. Dá para adivinhar no isso tudo deu? No último capítulo da história você vai ficar sabendo.
Retomado em 2013 o processo de julgamento da prestação de contas de 2005 e já em andamento o processo das contas de 2006, Altamir pediu a Edir que intercedesse junto aos vereadores, viando derrubar o parecer do TCE pela irregularidade, com o que teria aprovadas as suas contas. Edir diz que tentou. Que foi mais longe, marcou uma conversa de Altamir com os vereadores desafetos, mas que no dia marcado, o ex-prefeito estava viajando e não compareceu ao colóquio. Foi a gota d’água de um balde já cheio de mágoas. Diante de todo o ocorrido, sem devotos suficientes em favor de sua causa, Altamir viu sucumbir duplamente suas intenções de ter aprovadas as contas de 2005 e 2006. Para piorar, o ex-secretário, pivô do caso da diáspora de Altamir com os vereadores, engrossava o coro de vozes protestando contra os vereadores que votariam pela desaprovação das contas do ex-patrão. O clima azedou ainda mais, tanto que até a Polícia Militar compareceu à Câmara para garantir a integridade física dos vereadores. Em resumo e sem rodeios, um atrás do outro os dois processos de prestações de contas, de 2005 e de 2006, foram desaprovadas de forma acachapante. Quando precisavam de seis votos favoráveis à aprovação, tiveram seis votos contrários. Por conta disso, Edir ficou marcado por Altamir acusado de ‘fazer corpo mole’. Não bastasse, em 2014 viu desaprovadas as contas de 2007 e em 2015 teve decretada a desaprovação, também, das contas de 2012. E assim termina a história de culpas e inocências!

Um comentário:

  1. Boa Noite Rogério & ao Povo da Palmeira! Mas se Edir diz que tentou. Que foi mais longe, marcou uma conversa de Altamir com os vereadores desafetos,
    Então ??? Por conta disso, Edir ficou marcado por Altamir acusado de ‘fazer corpo mole’. Não bastasse, em 2014 viu desaprovadas as contas de 2007 e em 2015.
    É uma situação muito difícil Rogério, para ambos os lados ser Político muitas vezes é pisar em ovos,mas tem que discernir como Gestor Público & para o bem comum de uma Sociedade, exercer uma Liderança,e ter a tua volta Pessoas que comungue as mesmas diretriz, por que o mandato finda, mas as responsabilidades continuam, Civil & Criminal, e quanto ao Associativo comunitário.

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