Desde a sessão do último dia 12 de abril, a Câmara
Municipal de Palmeira vinha funcionando com oito vereadores. Número par e risco
de empate em alguma votação que criaria impasse em uma eventualidade. Mas o
risco acabou na terça-feira (24), quando João Savi, do PDT, finalmente, sentou
na cadeira que estava vaga desde a saída do vereador Mário Wieczorek, do PP,
que foi atender convite feito pelo prefeito Edir Havrechaki, do PSC, assumindo
a Secretaria de Assistência Social, Cidadania e Direitos Humanos. Savi, trajado
com terno e gravata, enfim, pode dizer que é vereador, quase três anos e meio
depois de ter acumulado votação que o deixou na condição de primeiro suplente
do PP, partido ao qual estava filiado na época. Com seu conhecido e marcante
duplo assobio, Savi, investido na vereança, vai ficar até 31 de dezembro no
Legislativo, visto que o PP não vai recorrer da sentença da Justiça Eleitoral que
determinou a posse do vereador hoje filiado ao PDT. Serão, assim, pouco mais de
oito meses para mostrar trabalho, além do que, disputará a eleição para a
Câmara, em outubro, na condição de vereador. Isto pode garantir a ele algumas
vantagens em relação aos demais candidatos? Só os votos serão capazes de dar a
resposta.
A posse de Savi só aconteceu em virtude de sentença
proferida pela Justiça Eleitoral ,no último dia 19, pelo juiz Gabriel Ribeiro
de Souza Lima. O juiz, que substitui a juíza Cláudia Sanine Ponich Bosco,
entendeu que Savi mudou de partido - trocou o PP pelo PDT - sem incorrer em
condição de perda de direito à posse. Da mesma forma que detentores de mandatos
poderiam trocar de partido durante período estabelecido em lei, o suplente
também poderia usufruir da situação, segundo o entendimento do magistrado.
Assim o único vereador do PP na Câmara, Pastor Anselmo, disse na tribuna, em
nome de Wieczorek, presidente do partido, que mesmo não concordando com a
decisão do judiciário, a sigla não apresentará recurso em outras esferas,
acatando a determinação. “Esta decisão se dá pelo fato de João Savi ser pessoa
íntegra, trabalhadora e contribuir nas duas últimas eleições como candidato a
vereador pelo PP”, disse representante do partido no Legislativo.
Se, por um lado, o PP deixou de contar com dois
representantes na Câmara, o PDT passa a contar com dois vereadores a partir da
posse de Savi. Ele e João Alberto Gaiola agora somam forças para a oposição ao
prefeito Edir Havrechaki, se bem que Savi, devido ao pouco tempo em que
exercerá o mandato e a pouca experiência, não deverá representar o papel de um
opositor ferrenho. Mesmo assim, colocado na 'vitrine', ganha projeção e
visibilidade, com o que pode almejar uma votação ainda mais expressiva na eleição
municipal de outubro e, quem sabe, retornar à Câmara Municipal em janeiro de
2017 para um mandato completo de quatro anos.
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