A decisão do
‘novo’ governo federal em extinguir alguns ministérios fundindo-os com outros
já existentes, provocou reações contrárias. Uma delas partiu da Federação dos
Trabalhadores e Trabalhadoras da Agricultura Familiar do Brasil (Fetraf-Brasil),
que representa milhões de agricultores familiares de todo o país e que tem como
coordenador geral o palmeirense Marcos Rochinski. Através de nota, a entidade
diz: “neste momento triste, complicado e preocupante da história do nosso país,
vem expressar, de forma pública, o seu sentimento de insatisfação, revolta e
indignação com o que temos presenciado no ato de instalação do governo golpista
de Michel Temer”. Rochinski tem longa atuação no segmento, já foi presidente do
Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Palmeira e passou por outras entidades
antes de assumir o posto de comando na Fetraf-Brasil.
Na nota pública, a
Fetraf-Brasil afirma que: “tem orgulho de representar a categoria social e
econômica mais antiga e mais e mais numerosa desse país. Excluída, explorada e
massacrada ao longo dos 500 anos da nossa história, mas que agora é capaz de
levantar a cabeça e dizer com alegria e felicidade: eu sou agricultor familiar...
eu sou agricultora familiar”.
Em uma rápida
avaliação, a entidade afirma que “as conquistas que a agricultura familiar
obteve nos últimos 13 anos, frutos de intensas lutas e da compreensão e
definição política de um processo de governo democrático-popular, iniciado com
o presidente Lula e continuado pela presidenta Dilma, possibilitaram a
construção e um novo marco histórico na vida de mais de 20 milhões de pessoas
que vivem da terra e da dignidade do seu trabalho, em família, produzindo a sua
sobrevivência, mas também a segurança alimentar e nutricional de toda a
sociedade brasileira”.
A Fetraf-Brasil destaca
a prioridade que foi dada à categoria com políticas públicas consistentes,
citando o crédito do Pronaf, o Crédito Fundiário, o Garantia-Safra, o Seguro da
Agricultura Familiar, o Programa de Garantia de Preços, o Programa de Compras
Institucionais da Agricultura Familiar, como o PAA e o PNAE, o Programa de
ATER, os Programas de fortalecimento da agroindustrialização familiar e do
cooperativismo, aliado a programas que foram marcos históricos, como o Bolsa
Família, o Luz para Todos, o Minha Casa Minha Vida, Programa Mais Médicos, o
ProUni, PronaCampo, Pronatec, Programa Água para Todos, onde as Cisternas para
consumo humano e para produção, mudaram a realidade e vida da agricultura
familiar e do espaço rural. Ainda, ressalta os “processos ousados e inovadores”
como o Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica, o Plano Nacional de
Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário e o Plano Nacional de Juventude e
Sucessão Rural. Não esquece, porém, de destacar os avanços no processo da
reforma agrária.
Dia a nota da Fetraf-Brasil:
“Ao demonstrar a nossa gratidão e alegria por tudo o que conquistamos, vimos
expressar por outro lado, nossa indignação e revolta com os primeiros atos do
governo Temer. A reforma ministerial feita por ele não só ataca toda a classe
trabalhadora, como também as populações do campo e dos povos mais frágeis do
nosso Brasil. A extinção do Ministério Desenvolvimento Agrário, coloca em risco
um conjunto de políticas públicas para a agricultura familiar, além de ir na
contramão do desenvolvimento do país. Repudiamos também a extinção de
ministérios de grande importância na área social e de inclusão social como o
Ministério da Previdência Social e o Ministério das Mulheres, da Igualdade
Racial e dos Direitos Humanos”.
Em tom de revolta
e indignação, a nota pública da Fetraf-Brasil afirma a contrariedade da
entidade “com a tentativa de golpe que setores da burguesia industrial, financeira,
comercial e agrária estão colocando em curso. Mas estamos muito conscientes de
que se trata de um golpe que vai muito além da usurpação do direito de cumprir
integralmente o mandato presidencial de uma mulher digna e honrada, eleita
democraticamente pelo voto popular”.
Em outro trecho, a
nota denuncia que a Fetraf-Brasil sente um golpe contra a classe trabalhadora,
contra a agricultura familiar, contra os povos do campo, das águas e das
florestas, contra as mulheres, contra a juventude, contra a população negra,
contra os povos indígenas e os povos tradicionais. Enfim, classifica como “um
golpe contra os avanços sociais e contra nossos direitos e nossas conquistas”.
Destacando os ideais de construção e um Brasil verdadeiramente livre e justo, sustentável e solidário, aliados aos compromissos assumidos de forma muito firme pelas gestões do governo democrático-popular de construir um Brasil Para Todos, a nota diz que estes ideais “não serão abalados pelos processos comandados pela elite entreguista, corrupta, sem ética e sem pátria”. Encerrando, a Fetraf-Brasil afirma que “os agricultores e agricultoras familiares do Brasil farão nas ruas, na roça, no campo, nas águas, nas florestas a defesa dos nossos direitos conquistados, e não aceitará pacificamente o retrocesso”.
Destacando os ideais de construção e um Brasil verdadeiramente livre e justo, sustentável e solidário, aliados aos compromissos assumidos de forma muito firme pelas gestões do governo democrático-popular de construir um Brasil Para Todos, a nota diz que estes ideais “não serão abalados pelos processos comandados pela elite entreguista, corrupta, sem ética e sem pátria”. Encerrando, a Fetraf-Brasil afirma que “os agricultores e agricultoras familiares do Brasil farão nas ruas, na roça, no campo, nas águas, nas florestas a defesa dos nossos direitos conquistados, e não aceitará pacificamente o retrocesso”.
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