Quem experimenta, nunca esquece e volta a beber NatBier. Por quê?
Porque a cerveja NatBier é cerveja de verdade. Sim, é feita com puro malte,
segue a lei alemã de pureza do malte, a Reinheitsgebot, que foi promulgada pelo
duque Guilherme IV da Baviera, no distante 23 de abril de1516. Isto quando no
Brasil não se tinha notícia alguma da bebida fermentada feita na Alemanha, que
já preservava a qualidade da sua cerveja. Os cerca de 3 mil litros produzidos
por mês são vendidos na própria cervejaria, em Palmeira. Clientes locais, de
Ponta Grossa, de Curitiba e de outras cidades disputam as cervejas NatBier. Dá
gosto e vontade beber porque é uma cerveja completamente diferente das industrializadas,
tanto em sabor e aroma como na cor e na consistência. Uma das vantagens é que
se pode degustar os 23 tipos da NatBier, entre os quais a Pilsen, o tipo de
cerveja mais conhecido dos brasileiros. Cada um tem suas características e seus
encantos. Para descobrir qual é a melhor para cada paladar, só mesmo bebendo. Então:
Ein prosit!
O mestre cervejeiro Heraldo Gillung foi agricultor, produziu
cevada na propriedade da família, em Witmarsum, que era vendida para maltarias
da região que forneciam as grandes cervejarias nacionais. Interessou-se pelo malte
produzido a partir dos grãos da cevada e consequentemente, pela fabricação da
cerveja. Até então, conhecia pouco sobre produção de cervejas. Porém, já sabia
que cervejas fabricadas com puro malte apresentavam muitas vantagens sobre as
industrializadas, que lavam em sua formulação, além da água, malte, lúpulo e
fermento, também cereais não maltados, como arroz e milho.
Todos os tipos de cervejas NatBier são feitos apenas com água,
malte, lúpulo e fermento. Não levam aditivos como conservantes e antioxidantes,
comuns nas cervejas industrializadas. Isto não impede que as cervejas NatBier,
armazenadas em temperaturas entre 0,5°C e 8°C, segundo Heraldo, tenham prazo e
condições para consumo de até um ano a mais do que as industrializadas.
Heraldo descobriu na prática a vantagem do puro malte. Em 1971,
ainda jovem, ouvia o pai, natural da Alemanha, falar sobre as cervejas alemãs
feitas com puro malte que não davam ressaca. Na época, comprou no Paraguai 24
garrafas de 500 ml de cerveja alemã da marca Paulaner. Em uma noite, tomou 18
delas e no dia seguinte acordou sem ressaca e sem a incômoda dor de cabeça. “O
que proporciona a ressaca é a fermentação dos cereais não maltados, pois o
fígado não consegue processar mais de um álcool por vez”, observa o mestre
cervejeiro. Foi aí que resolveu aprender a fazer cerveja. Tentou muitas vezes,
mas não conseguia chegar naquilo que pretendia.
Em 2002, Heraldo frequentou o curso de Tecnologia Cervejeira, ofertado
pelo Departamento de Biotecnologia da Pontifícia Universidade Católica do
Paraná (PUC-PR) e ministrados por cinco mestres cervejeiros da Alemanha. Foi
quando aprendeu como utilizar o puro malte para fazer cerveja. Daquela ocasião
até hoje, Heraldo dedica-se exclusivamente à produção de cervejas com puro
malte. Mesmo com pesquisas e estudos e participação em cursos, Heraldo confessa
que “para aprender como se faz, só mesmo fazendo”. Mas é preciso tempo e
paciência para se chegar aos resultados desejados, bem como matérias primas
especiais, como o malte e o lúpulo importados de vários países, especialmente
da Alemanha, da República Tcheca, da Bélgica, da Polônia e outros. Exceções
para produtos nacionais ele só abre para o malte defumado e o malte de trigo,
aos quais não impõe restrições. Observe-se que no Brasil não é produzido
lúpulo.
Entre os 23 tipos de cervejas que levam a marca NatBier, Heraldo
fala de todos com propriedade, citando componentes, aroma e sabores. Exemplos:
Barley Wine, Rauch Bier e Stout, nomes que soam estranhos para os brasileiros,
mesmos àqueles acostumados e conhecedores de cervejas. Até os sabores e
consistência são excêntricos ao paladar brasileiro. A Barley Wine, feita com
alta concentração de malte, precisa de cinco anos de maturação a baixas
temperaturas, quando se torna licorosa. Aí passa a ser a Liquer Bier, levemente
adocicada e com marcante sabor maltado. O que pensar de uma cerveja defumada.
Ou melhor, feita com malte defumado, recomendada para acompanhar carnes assadas
e defumadas e embutidos. É a Rauch Bier. E quem já pensou em tomar cerveja com
leve sabor de café? Pois a Stout tem esta característica, conferida pelo uso de
malte torrado, mas sem qualquer vestígio de café na formulação. Além desses
tipos, há muitos outros para serem provados e apreciados, especialmente por
quem gosta de beber cerveja de qualidade, o que a NatBier tem sobra porque,
sempre é bom lembrar, é feita com puro malte.
A Cervejaria NatBier está localizada em Palmeira, na rua Cel.
Ottoni Ferreira Maciel, 595. Para contato, o telefone é (42) 3252-3766. Para
conhecer um pouco mais, acesse o site www.natbier.com.br.
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