Após o ex-superintendente
regional da Caixa Econômica Federal, Luiz Henrique Borgo, defender e assumir o compromisso
de viabilizar a construção de 500 casas para famílias com renda mensal de até
R$ 3.600,00, pelo Programa Minha Casa Minha Vida, o que também foi assumido
como compromisso pela senadora paranaense Gleisi Hoffmann, do PT, é muito sério
o risco de nenhuma casa ser construída em Palmeira pelo programa habitacional
do governo federal. Os motivos? O ‘novo’ governo federal está fazendo ‘ajustes’
financeiros e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, anunciou que serão
cancelados os subsídios para as faixas 1 e 2 do programa de habitação,
justamente as que beneficiam famílias com renda mensal de até R$ 1.800,00 e R$
3.600,00, respectivamente. Quer dizer: o governo não colocará mais dinheiro a
fundo perdido no programa. E o que estava em fase de intenções para Palmeira
seria para beneficiar famílias destas faixas de rendimento. Assim, podem estar
inviabilizadas as 500 unidades projetadas para o município. Para aqueles que desejarem
utilizar recursos do Minha Casa Minha Vida para realizar o ‘sonho da casa
própria’, o caminho será a faixa 3 do programa, que não tem subsídios e os
juros são de 8,5% ao ano.
O que estava em tratativas para
Palmeira seria um conjunto habitacional com 500 casas em área a ser cedida pela
Prefeitura. Seriam beneficiadas 500 famílias com renda mensal até R$ 3.600,00,
inclusas nas faixas 1, com os imóveis 90% custeados pelo governo federal, e
faixa 2, com prestações de baixos valores e juros menores. Com as mudanças no
Minha Casa Minha Vida, tudo fica suspenso, inclusive as negociações da
Prefeitura com proprietários de áreas onde o conjunto habitacional seria
construído, com frente para a avenida Daniel Mansani, próximo à empresa
Palagro.
O programa Minha Casa Minha Vida
foi criado em 2009 e sua repercussão foi grande em todo o Brasil. Em Palmeira,
muitos imóveis – casas e sobrados – foram construídos com benefícios e recursos
do programa. Segundo dados do governo federal, mais de 2,6 milhões de unidades
habitacionais foram construídas em todo o país, beneficiando mais de 10 milhões
de pessoas, além de ter aquecido o mercado da construção civil, com a oferta de
empregos e aumento das vendas de materiais de construção.
Na semana passada, o Ministro das
Cidades, Bruno Araújo, divulgou nota na qual afirma que “O Ministério das
Cidades nunca alterou o compromisso com a continuação e prioridade do Programa
Minha Casa Minha Vida, sem qualquer interrupção”. Entretanto, os subsídios e
juros reduzidos aplicados nas faixas 1 e 2 deixam de ser utilizados nos futuros
contratos do programa, incluindo o do possível conjunto habitacional em
Palmeira.
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