Quarta-feira (4), faltando
150 dias para as eleições municipais, foi o último prazo para inscrição de
novos eleitores e para transferências de domicílio eleitoral. Os números ainda
provisórios do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) projetam que Palmeira deve ter
26.202 eleitores aptos a votar no próximo dia 2 de outubro para eleger
prefeito, vice-prefeito e nove vereadores. Ao fazer uma comparação com os
números da última eleição municipal, que aconteceu em 2012, e quando 25.546 eleitores
estavam aptos a votar, chegamos à conclusão de que, quatro anos depois, apenas
656 eleitores a mais devem votar este ano. Hipoteticamente, se todos os novos
eleitores votarem em um único candidato a vereador, é possível que ele não seja
eleito. Adiante trataremos disto. O crescimento do eleitorado do município foi
pouco superior a 2,5%. Como os números do TSE ainda são provisórios, é possível
que aconteçam algumas mudanças, para mais ou para menos, até o próximo mês de
julho, quando o TSE deve divulgar os números oficiais sobre o eleitorado.
Com os dados
iniciais projetados pelo TSE, Palmeira continua na 51ª posição entre os
municípios do Paraná com maior número de eleitores. Em um mês, foram realizadas
199 novas inscrições eleitorais, visto que até março eram 26.003 os eleitores
cadastrados pela Justiça Eleitoral no município. Mesmo nesta posição, Palmeira
não está entre os 65 municípios do estado que terão eleição pelo sistema
biométrico, aquele no qual o eleitor é identificado pelas impressões digitais.
A mais recente tecnologia de identificação só deve chegar por aqui na próxima
eleição, em 2018. O recadastramento e o processo de registro por biometria devem
acontecer no ano que vem, segundo o calendário do Tribunal Regional Eleitoral
do Paraná (TRE-PR). Sendo assim, este ano o eleitor terá que apresentar o
título de eleitor e um documento com foto no momento em que comparecer à seção
eleitoral para votar. Tudo como tem feito nas mais recentes eleições, sem
mistérios e sem surpresas.
Quanto ao fato de
656 eleitores não conseguirem eleger um vereador em Palmeira, é a mais pura
verdade. Acontece que na eleição proporcional – para vereador – as chapas de
candidatos, que podem ter 18 nomes se forem coligações de dois ou mais partidos
ou 14 nomes, se for chapa de um só partido – precisam atingir o chamado
quociente eleitoral para ter o direito de eleger vereador. O quociente
eleitoral é a soma dos votos nominais e nas legendas, dados aos candidatos ou
aos partidos, dividida pelo número de vagas na Câmara, que no caso de Palmeira
são nove. Supondo que em 2 de outubro sejam 22.000 votos válidos, dividindo
este total por nove temos 2.444. É este o número mínimo de votos que as chapas
de candidatos a vereador devem atingir para eleger um vereador. Supondo, ainda,
que um determinado candidato consiga obter 656 votos, mas a chapa não consiga
atingir 2.444 votos, ele não será eleito porque não foi atingido o quociente
eleitoral. Assim como pode derrubar
candidato bem votado, o quociente eleitoral pode eleger candidato com menor
número de votos. Tudo o que ultrapassar o quociente é considerado sobra, e
algumas chapas elegem um segundo ou terceiro vereador devido à quantidade de
votos que conseguem.
Voltando à questão
do quantitativo do eleitorado, o Paraná, com 7.888.539 eleitores, mantém-se
como o sexto maior colégio eleitoral do Brasil. Na frente estão São Paulo,
Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia e Rio Grande do Sul. E apenas cinco
municípios do estado poderão realizar eleição de segundo turno para prefeito:
Curitiba, Londrina, Maringá, Ponta Grossa e Cascavel, que têm mais de 200 mil
eleitores. Desde que, segundo a legislação eleitoral, um dos candidatos a
prefeito não consiga obter 50% mais um dos votos válidos.
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