sexta-feira, 6 de maio de 2016

Eleição municipal deste ano deve ter apenas 656 eleitores a mais do que a eleição de 2012

Quarta-feira (4), faltando 150 dias para as eleições municipais, foi o último prazo para inscrição de novos eleitores e para transferências de domicílio eleitoral. Os números ainda provisórios do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) projetam que Palmeira deve ter 26.202 eleitores aptos a votar no próximo dia 2 de outubro para eleger prefeito, vice-prefeito e nove vereadores. Ao fazer uma comparação com os números da última eleição municipal, que aconteceu em 2012, e quando 25.546 eleitores estavam aptos a votar, chegamos à conclusão de que, quatro anos depois, apenas 656 eleitores a mais devem votar este ano. Hipoteticamente, se todos os novos eleitores votarem em um único candidato a vereador, é possível que ele não seja eleito. Adiante trataremos disto. O crescimento do eleitorado do município foi pouco superior a 2,5%. Como os números do TSE ainda são provisórios, é possível que aconteçam algumas mudanças, para mais ou para menos, até o próximo mês de julho, quando o TSE deve divulgar os números oficiais sobre o eleitorado.

Com os dados iniciais projetados pelo TSE, Palmeira continua na 51ª posição entre os municípios do Paraná com maior número de eleitores. Em um mês, foram realizadas 199 novas inscrições eleitorais, visto que até março eram 26.003 os eleitores cadastrados pela Justiça Eleitoral no município. Mesmo nesta posição, Palmeira não está entre os 65 municípios do estado que terão eleição pelo sistema biométrico, aquele no qual o eleitor é identificado pelas impressões digitais. A mais recente tecnologia de identificação só deve chegar por aqui na próxima eleição, em 2018. O recadastramento e o processo de registro por biometria devem acontecer no ano que vem, segundo o calendário do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR). Sendo assim, este ano o eleitor terá que apresentar o título de eleitor e um documento com foto no momento em que comparecer à seção eleitoral para votar. Tudo como tem feito nas mais recentes eleições, sem mistérios e sem surpresas.
Quanto ao fato de 656 eleitores não conseguirem eleger um vereador em Palmeira, é a mais pura verdade. Acontece que na eleição proporcional – para vereador – as chapas de candidatos, que podem ter 18 nomes se forem coligações de dois ou mais partidos ou 14 nomes, se for chapa de um só partido – precisam atingir o chamado quociente eleitoral para ter o direito de eleger vereador. O quociente eleitoral é a soma dos votos nominais e nas legendas, dados aos candidatos ou aos partidos, dividida pelo número de vagas na Câmara, que no caso de Palmeira são nove. Supondo que em 2 de outubro sejam 22.000 votos válidos, dividindo este total por nove temos 2.444. É este o número mínimo de votos que as chapas de candidatos a vereador devem atingir para eleger um vereador. Supondo, ainda, que um determinado candidato consiga obter 656 votos, mas a chapa não consiga atingir 2.444 votos, ele não será eleito porque não foi atingido o quociente eleitoral.  Assim como pode derrubar candidato bem votado, o quociente eleitoral pode eleger candidato com menor número de votos. Tudo o que ultrapassar o quociente é considerado sobra, e algumas chapas elegem um segundo ou terceiro vereador devido à quantidade de votos que conseguem.
Voltando à questão do quantitativo do eleitorado, o Paraná, com 7.888.539 eleitores, mantém-se como o sexto maior colégio eleitoral do Brasil. Na frente estão São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia e Rio Grande do Sul. E apenas cinco municípios do estado poderão realizar eleição de segundo turno para prefeito: Curitiba, Londrina, Maringá, Ponta Grossa e Cascavel, que têm mais de 200 mil eleitores. Desde que, segundo a legislação eleitoral, um dos candidatos a prefeito não consiga obter 50% mais um dos votos válidos.

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