quinta-feira, 12 de maio de 2016

Giovatan mateia com o Vivente e modera na fala para não ‘morrer pela boca’

O Vivente é muito vivo e, nesta condição, tem entrevistado os pretendentes a candidaturas a prefeito de Palmeira e também os que estão de olho nas vagas da Câmara Municipal. Já ouviu alguns deles e o que dizem vai para o ar no seu programa de rádio, no quadro “mateando com o Vivente”, toda quinta-feira, bem cedinho, a partir das 6h30. O Vivente, como fazem os pescadores, foi cevando e agora está pegando peixe graúdo. O candidato, tal qual peixe, pode morrer pela boca. O Vivente sabe disso e vai perguntando, perguntando, perguntando... Pode ser que alguém morda a isca e ele fisgue. Na quinta-feira passada, jogou o anzol para o dentista Giovatan de Souza Bueno, o bi-candidato a prefeito que agora está abrigado sob a mesma sigla, o PSD, e é aliado do ex-adversário Altamir Sanson. Este é agora adversário do ex-aliado Edir Havrechaki, do PSC. Mas voltando ao Giovatan, ele falou como político. Foi duro contra o governo federal do momento, que está longe e não vai reagir. Deve mudar de discurso nos próximo seis meses, com certeza. Bateu e assoprou o governador Beto Richa, de quem continua aliado e acredita que lhe vai dar apoio na campanha. Falou com certa cautela sobre o prefeito Edir, seu mais temido concorrente na eleição para a Prefeitura, criticando de forma comedida as ações da administração municipal. Parece estar guardando munição para os embates mais acirrados da campanha. Giovatan não quer morrer pela boca e controlou-se durante os quase 50 minutos de conversa com o Vivente, que não teve muitas oportunidades para fisgá-lo.

Para não cair na tentação de criticar de forma contundente o adversário – o prefeito Edir, Giovatan fez o que temos visto os políticos mais experientes fazer: elogiou a mulher, falou bem da família e enalteceu a cidade, lembrando que reside em Palmeira há 25 anos. Foi o jeito de dizer que não é um forasteiro aventureiro, predicado que tentaram colar a ele nas duas eleições que disputou. Natural de Santa Catarina, veio com a família para o Paraná e formou-se em Odontologia. Como dentista chegou a Palmeira para prestar serviços ao Exército Brasileiro, nos tempos do DRAM/5, hoje 2ª Companhia de Suprimento. E 25 anos é tempo mais que suficiente para conhecer razoavelmente bem o município e seus problemas. Problemas que ele afirma que resolverá com soluções criativas e ousadas, mas que não adianta, porque quer ter munição durante a campanha ao fazer o confronto do que pretende fazer com o que o prefeito já fez e vai dizer que pretende fazer caso consiga a reeleição. Ao menos no campo das proposições a campanha eleitoral para prefeito promete bons duelos verbais.
Giovatan candidato a prefeito não deve criar ilusões sobre facilidades na campanha. Este ano, nada será igual a 2012, quando começou a corrida eleitoral em condições amplamente favoráveis: tinha o nome em evidência devido ao bom resultado que conseguiu na eleição para prefeito em 2008; compôs coligação com dez partidos e teve apoio de seis vereadores na época, um deles candidato a vice-prefeito, além de um grande número de empresários e lideranças comunitárias a empurrá-lo. Giovatan era apontado como ‘prefeito eleito’ na largada da eleição. Porém, percalços e tropeços pelo caminho fizeram com que fosse perdendo espaços e deixou escapar a vitória pelo vão dos dedos das duas mãos. Com os 7.832 votos que conseguiu, ficou a 1.140 votos de distância dos 8.972 do então candidato a prefeito Edir, que contava com o apoio de Altamir. Muitos dos votos que talvez tenham faltado para Giovatan ganhar aquela eleição foram computados para Inácio Budziak, então candidato do PDT a prefeito, que guardou em seu bocó 3.769 sufrágios. Tem gente que jura que Inácio foi decisivo para a eleição de Edir. Agora, Inácio pode ser o candidato a vice-prefeito na chapa de Giovatan. Pelo menos não vai tirar votos dele desta vez. E Giovatan quer manter Inácio por perto que disparou elogio a ele na conversa com o Vivente, disse que os dois tem “muitos pontos em comum”. Aí ele fisgou o novo companheiro e pode ter enchido seu bocó com aqueles votos que não teve em 2012! Será que é bem assim?

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