sábado, 9 de abril de 2016

Eleição pode ter só dois candidatos a prefeito, fato que não acontece em Palmeira há 48 anos

Palmeira já teve eleição municipal com candidato único a prefeito, em 1959, quando José Antônio Bordignon reuniu apoio de todos os partidos de situação e oposição e foi apresentado como candidato de consenso. Também já teve eleição com cinco candidatos disputando a Prefeitura Municipal, em 2000, quando Mussoline Mansani, do PTB, venceu Altamir Sanson, João Alberto Gaiola, Álvaro Bacila e Berillo Capraro. Eleição com dois candidatos a prefeito, foram poucas. A última delas em 1968, há 48 anos, portanto. Naquela ocasião, eram dois candidatos da ARENA e Benjamin Malucelli venceu a disputa contra o médico Tadeu Grox por 70 votos de diferença. Sim, eleições polarizadas geralmente têm resultados apertados. Até os prognósticos ficam mais difíceis quando o embate é de um contra outro, dividindo tudo, especialmente o eleitorado, em a favor e contra. E em 2016 a eleição para prefeito de Palmeira pode ter apenas dois candidatos a prefeito. Se fosse para fazer uma aposta hoje, diria que é mais provável que sim do que não. Por sinal, os dois candidatos têm nome, sobrenome e já disputaram um contra o outro. O primeiro é o prefeito Edir Havrechaki, do PSC, que busca a reeleição, e o segundo é Giovatan de Souza Bueno, do PSD, que vai tentar pela terceira vez a autorização do eleitorado palmeirense para sentar na cadeira mais importante do agora Palácio da Viscondessa. Quanto à candidatura a prefeito do vereador João Alberto Gaiola, do PDT, como já foi informado aqui no Blog, está em banho-maria, nem quente nem fria.

Se, por um lado, o prefeito tem a seu favor mais de três anos de uma administração que conseguiu realizar e tem o que mostrar, tem o apoio de oito dos nove vereadores, tem um considerável e significativo grupo de virtuais candidatos a vereador que irão pedir votos para ele, do outro lado o bi-candidato a prefeito Giovatan trabalha na reaglutinação do grupo que esteve com ele em 2012, filiou-se ao PSD que tem como presidente em Palmeira o ex-prefeito Altrmir Sanson e tem apoio dele, bem como está apostando quase todas as suas fichas que vai conseguir demover Gaiola da ideia de candidatura a prefeito e ganhar apoio dele e de seu grupo. Se a situação tem o que contabilizar favoravelmente quando o assunto é eleição municipal, a oposição também tem. E se a disputa por polarizada – dois candidatos a prefeito – entra em cena a imprevisibilidade. Aí, apontar favorito é tão difícil quanto foi sonhar, no intervalo do jogo, que o Brasil poderia virar para cima da Alemanha na Copa de 2014.
O dado de que na eleição de 1968 Benjamin Malucelli venceu por 70 votos de diferença pode ser reforçado com os 335 votos de diferença em favor de Daniel Mansani sobre Baptsita Cherobim na eleição polarizada de 1962, bem como com os 247 votos a mais para Alfredo Bertoldo Klas contra Daniel Mansani para garantir a vitória na eleição de 1950. Cada eleição é uma história diferente, mas eleições polarizadas são, geralmente, decididas nos detalhes, nas minúcias, apresentando um quê a mais de expectativa e de emoção. Se em 2016 acontecer mesmo a disputa entre apenas dois candidatos a prefeito, a maioria do eleitorado vai assistir e participar pela primeira vez de algo assim. Inclusive eu, que em 1968 ainda não morava em Palmeira, tinha apenas cinco anos de idade e nem sabia o que era eleição. Se isto realmente acontecer, espero que não seja somente a eleição da situação contra oposição, do ‘nós contra eles’, dos ‘bons contra os maus’. Que seja a eleição seja o momento democrático para se debater propostas e planos, projetos de governo, o futuro de Palmeira, sem agressões de parta a parte. E mais, que o vencedor saiba interpretar o resultado das urnas com humildade, visto que sua vitória não se dá por unanimidade, e que o derrotado não extrapole e entenda que eleição é decidida no voto e não nos tribunais ou com artimanhas e subterfúgios.

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