Informei, aqui no Blog, que a
candidatura a prefeito do vereador João Alberto Gaiola, do PDT, ainda não é um
assunto encerrado, que faltaria o arremate para confirmá-la. Do lado de lá, o
próprio vereador protestou, disse que não está fazendo blefe com o tema
candidatura a prefeito e que trata com seriedade a questão e que está em
análise o candidato ideal a vice-prefeito para compor a chapa majoritária de
uma coligação que já tem confirmadas as presenças do seu PDT e mais do PMDB e
do PHS. Ainda, cogita alguns outros partidos na composição e que já são mais de
30 os pré-candidatos a vereador, em duas chapas: uma em coligação do PDT e do
PHS e outra, por enquanto, pura, do PMDB. Então, 18 candidatos da primeira mais
14 candidatos da segunda – com nomes colocados em duas listas – são 32
postulantes à Câmara Municipal e cabos eleitorais ativos na campanha a pedir
votos para si e para o seu candidato a prefeito, o próprio Gaiola. O número de
candidatos à Câmara pode aumentar se confirmada a adesão de outros partidos,
incluindo o que pode oferecer o candidato a vice-prefeito. As listas têm nomes
até certo ponto surpreendentes, gente que já fez o teste das urnas e saiu-se
bem, assim como gente que vai estrear em eleição como candidato e reúne
condições de atingir votação significativa. É verdade, a candidatura de Gaiola
a prefeito não é blefe, apesar de ele reconhecer as dificuldades em enfrentar o
prefeito candidato à reeleição com a máquina pública funcionando em seu favor.
No momento em que os possíveis
adversários já têm consolidadas as suas chapas majoritárias – Edir Havrechaki,
do PSC, e Marcos Levandoski, do PT, pela situação, e Giovatan de Souza Bueno,
do PSD, e Inácio Budziak, do SD, por uma vertente da oposição – é que Gaiola
coloca-se em debate sobre a melhor composição para a sua chapa. Ele é o candidato
a prefeito. Mas a quem cabe ou em quem cabe melhor o personagem de candidato a
vice-prefeito? Segurando nas mãos a imagem e o histórico dos possíveis
companheiros de chapa, Gaiola improvisa uma cena como se encenasse ‘Hamlet’, em
homenagem aos 400 anos de William Shakespeare. Dramático e obtuso, profere: ‘É
este ou não é este? Eis a questão’.
Veterano na política, portanto
sem espaços para aventuras, Gaiola já foi candidato a prefeito de Palmeira em
três ocasiões: 1996, 2000 e 2008. Também já foi candidato a vice-prefeito, em
2004. E já foi também candidato a vereador em três eleições: 1988 (em Rio
Branco do Sul, onde trabalhava e residia), 1992 e 2012, quando conseguiu uma
das nove vagas na Câmara Municipal de Palmeira, que ocupa até o próximo dia 31
de dezembro, fazendo oposição à atual administração municipal, frequentemente
como voz solitária no Legislativo. O vereador do PDT não comanda exatamente ‘O
incrível exército de Brancaleone’, mas coloca-se na história da eleição deste
ano mais como um Davi diante do gigante filisteu Golias, armado de uma funda e
com uma única pedra, com o que se obriga usar de toda a precisão para atingir o
adversário de modo a derrubá-lo com um único e certeiro golpe.
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