A
eleição para a Câmara Municipal de Palmeira, que tem nove vagas em disputa,
pode ter registrados mais de 120 candidatos. 122, para ser exato, e a absoluta
maioria deles apoiando a candidatura à reeleição do prefeito Edir Havrechaki ,
do PSC. Desenha-se um cenário com sete chapas de postulantes ao Legislativo,
algumas com 18 candidatos e outras com 14 candidatos. Quatro destas chapas
devem ter candidatos a vereador do grupo do prefeito, duas devem ser as chapas
de candidatos apoiando Giovatan de Souza Bueno, do PSD, e a candidatura a
prefeito do vereador João Alberto Gaiola, do PDT, se confirmada, deve ter
apenas uma chapa de candidatos a vereador. Em caso de Gaiola não ser candidato
a prefeito, a chapa vai engrossar o apoio a Giovatan, o que é mais provável, ou
a Edir, o que não é de todo descartado. De qualquer forma, o prefeito que busca
a reeleição terá a vantagem de ter nos candidatos a vereador um interessante
exército de cabos eleitorais, a pedir votos para ele diuturnamente durante o
período da campanha eleitoral.
Com
23 partidos políticos devidamente registrados e com atividade regular em
Palmeira, o prefeito Edir já tem confirmados para compor em sua coligação 13
deles: PSC, PT, PTB, PR, PP, PTN, PTC, PSDB, PCdoB, PROS, PTdoB, PV e PMB.
Estes devem formar três chapas em coligações de partidos, as quais podem
registrar até 18 candidatos a vereador, com exceção do PTC, que já anunciou que
apresentará chapa completa com 14 candidatos à Câmara Municipal, que é o número
máximo permitido para casos de chapa de partido único. Então, é possível que a
coligação situacionista tenha até 68 candidatos a vereador.
Na
oposição, Giovatan deve contar em sua coligação de apoio com de pelo menos
quatro partidos: PSD, PP, PSDC e PPS. A intenção manifesta do grupo é ter duas
chapas de candidatos a vereador formando coligações, com o que será possível
registrar até 36 postulantes às vagas na Câmara Municipal. Na mesma situação de
oposição ao grupo do prefeito, Gaiola deve contra em sua coligação com pelo
menos três partidos: PDT, PMDB e PHS. Até o momento, o que se cogita é a
apresentação de apenas uma chapa de partidos coligados com candidatos a
vereador, ou seja, com 18 nomes. E ainda sem definição sobre quem apoiar e em
qual coligação atuar, o PMN e o PRTB podem reforçar tanto um como outro grupo.
Calculadora
em mãos... Melhor, nem precisa de calculadora. O grupo do prefeito pode
registrar até 68 candidatos a vereador. Os grupos da oposição – separados em
dois ou unidos – podem registrar até 64 candidatos à Câmara Municipal. Querendo
ou não, independente de nomes e siglas partidárias, o prefeito já sai com
grande vantagem neste quesito. Historicamente, as coligações que apresentaram
maior número de candidatos a vereador conseguiram eleger o prefeito e, de
quebra, a maior bancada de vereadores na Câmara.
Na
eleição municipal de 2012, o candidato a prefeito Edir contava com apoio de 45
candidatos à Câmara Municipal. O adversário Giovatan tinha apoio de 37
candidatos a vereador, enquanto a coligação que tinha o então vereador Inácio
Budziak, na ocasião no PDT, como candidato a prefeito registrou 17 candidatos a
vereador. Uma pesquisa nas eleições anteriores, de 2008, 2004, 2000 e outras,
vai revelar praticamente a mesma situação. É inevitável que isto aconteça
porque a vantagem de se ter um contingente de candidatos a vereador é que eles
trabalham por eles e pelo candidato a prefeito, com propaganda vinculada, além
de agir contra os adversários, em menor número. É como no futebol, quando um
time tem jogadores expulsos e passa a jogar com menor número de homens em
campo. Leva pressão o tempo todo e corre o sério risco de sofrer uma goleada.
Porém, como no futebol, em eleição também ocorrem exceções. E isto, ninguém
pode prever quando vai acontecer.
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