sexta-feira, 22 de abril de 2016

Prefeito deve aplicar goleada em adversários com maioria de candidatos a vereador

A eleição para a Câmara Municipal de Palmeira, que tem nove vagas em disputa, pode ter registrados mais de 120 candidatos. 122, para ser exato, e a absoluta maioria deles apoiando a candidatura à reeleição do prefeito Edir Havrechaki , do PSC. Desenha-se um cenário com sete chapas de postulantes ao Legislativo, algumas com 18 candidatos e outras com 14 candidatos. Quatro destas chapas devem ter candidatos a vereador do grupo do prefeito, duas devem ser as chapas de candidatos apoiando Giovatan de Souza Bueno, do PSD, e a candidatura a prefeito do vereador João Alberto Gaiola, do PDT, se confirmada, deve ter apenas uma chapa de candidatos a vereador. Em caso de Gaiola não ser candidato a prefeito, a chapa vai engrossar o apoio a Giovatan, o que é mais provável, ou a Edir, o que não é de todo descartado. De qualquer forma, o prefeito que busca a reeleição terá a vantagem de ter nos candidatos a vereador um interessante exército de cabos eleitorais, a pedir votos para ele diuturnamente durante o período da campanha eleitoral.

Com 23 partidos políticos devidamente registrados e com atividade regular em Palmeira, o prefeito Edir já tem confirmados para compor em sua coligação 13 deles: PSC, PT, PTB, PR, PP, PTN, PTC, PSDB, PCdoB, PROS, PTdoB, PV e PMB. Estes devem formar três chapas em coligações de partidos, as quais podem registrar até 18 candidatos a vereador, com exceção do PTC, que já anunciou que apresentará chapa completa com 14 candidatos à Câmara Municipal, que é o número máximo permitido para casos de chapa de partido único. Então, é possível que a coligação situacionista tenha até 68 candidatos a vereador.
Na oposição, Giovatan deve contar em sua coligação de apoio com de pelo menos quatro partidos: PSD, PP, PSDC e PPS. A intenção manifesta do grupo é ter duas chapas de candidatos a vereador formando coligações, com o que será possível registrar até 36 postulantes às vagas na Câmara Municipal. Na mesma situação de oposição ao grupo do prefeito, Gaiola deve contra em sua coligação com pelo menos três partidos: PDT, PMDB e PHS. Até o momento, o que se cogita é a apresentação de apenas uma chapa de partidos coligados com candidatos a vereador, ou seja, com 18 nomes. E ainda sem definição sobre quem apoiar e em qual coligação atuar, o PMN e o PRTB podem reforçar tanto um como outro grupo.
Calculadora em mãos... Melhor, nem precisa de calculadora. O grupo do prefeito pode registrar até 68 candidatos a vereador. Os grupos da oposição – separados em dois ou unidos – podem registrar até 64 candidatos à Câmara Municipal. Querendo ou não, independente de nomes e siglas partidárias, o prefeito já sai com grande vantagem neste quesito. Historicamente, as coligações que apresentaram maior número de candidatos a vereador conseguiram eleger o prefeito e, de quebra, a maior bancada de vereadores na Câmara.

Na eleição municipal de 2012, o candidato a prefeito Edir contava com apoio de 45 candidatos à Câmara Municipal. O adversário Giovatan tinha apoio de 37 candidatos a vereador, enquanto a coligação que tinha o então vereador Inácio Budziak, na ocasião no PDT, como candidato a prefeito registrou 17 candidatos a vereador. Uma pesquisa nas eleições anteriores, de 2008, 2004, 2000 e outras, vai revelar praticamente a mesma situação. É inevitável que isto aconteça porque a vantagem de se ter um contingente de candidatos a vereador é que eles trabalham por eles e pelo candidato a prefeito, com propaganda vinculada, além de agir contra os adversários, em menor número. É como no futebol, quando um time tem jogadores expulsos e passa a jogar com menor número de homens em campo. Leva pressão o tempo todo e corre o sério risco de sofrer uma goleada. Porém, como no futebol, em eleição também ocorrem exceções. E isto, ninguém pode prever quando vai acontecer.

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