No
último dia 12, o vereador Mário Wieczorek, do PP, disse ‘tchau, queridos’ a
seus nobres pares, despedindo-se de suas atividades na Câmara Municipal,
provavelmente de forma definitiva, já que afirmou não ter mais motivação para
disputar eleições. Este ano, após seis pleitos seguidos – 1992, 1996, 2000,
2004, 2008 e 2012, seu nome não estará na lista dos candidatos a vereador nem a
prefeito nem a vice-prefeito. Mário não quer mais saber de candidatura, ao
menos por enquanto. Ele deixou aberta a vaga na Câmara, à espera de um
ocupante. Porém, isto só vai acontecer depois que a Justiça Eleitoral responder
ao Legislativo quem é o suplente qualificado para assumir a cadeira que era de
Mário. O pedido de informação chegou na sexta-feira (5) ao Fórum Eleitoral e
está nas mãos da juíza Cláudia Sanine Ponich Bosco. Quando ela definir quem é o
suplente, o Ministério Público Eleitoral vai dar seu parecer e, então, a
comunicação será feita à Câmara. Pelo andar da carruagem, a cadeira que era de
Mário vai esfriar e ninguém terá o privilégio de encostar nela os fundilhos das
calças e o que está dentro das calças até, pelo menos, o dia 3 de maio.
A
história dos suplentes já deixou muita gente ‘careca de saber’ e é conhecida
por todas as 11 janelas do Clube Palmeirense que dão para as ruas 15 de
Novembro e Juvenal Marcondes Zanardini, mas pode ser repetida, para que ninguém
esqueça e lembrando que a lei diz que a vaga pertence ao partido. É assim: finda
a apuração dos votos da eleição realizada no dia 7 de outubro de 2012, aparecia
como primeiro suplente do PP o candidato João Savi, com 483 votos. Seria dele,
então, a vaga que Mário deixou na Câmara. Seria, porque o intrépido primeiro
suplente trocou um partido com sigla de duas letras por um partido com siglas
de três letras, ou seja, saiu do PP e filiou-se ao PDT. Avisado que seria o
substituto de Mário e convidado a voltar ao antigo partido, agasalhado pelo PDT
ele disse: “Daqui não saio, daqui ninguém me tira”.
Se
o primeiro suplente está ‘bloqueado’ de assumir a vaga, ela caberia então ao
segundo suplente. No caso, ele é Juarez Baggio, que cravou 269 votos na eleição
de 2012. Acontece que ele também teria trocado o partido que tem duas letrinhas
na sigla, o PP, por um que tem não só três, mas quatro letras na sua sigla, o
PMDB. Como nestes casos tamanho de sigla não é documento, dizem que Baggio foi
avisado sobre a possibilidade de assumir a vaga de Mário na Câmara, gostou da
ideia, disse “Mamães eu quero, mamãe eu quero...” e voltou para o PP. Se o
retorno aconteceu dentro do prazo legal, só a Justiça Eleitoral poderá afirmar.
Se não foi, a vaga de Mário pode ser ocupada pelo terceiro suplente, que é
Aldemir de Lima, que somou 206 votos na eleição de 2012. Depois dele aparecem
somo suplentes: Geraldo Ferrando, com 146 votos, e Greicia Rochinski, com 41
votos.
Independente
de sua vaga ainda estar aberta na Câmara e, provavelmente, não estar muito
preocupado com o fato, Mário já está em plena atividade como secretário de
Assistência Social, Cidadania e Direito Humanos, feliz e animado com o convite
que recebeu do prefeito Edir Havrechaki, do PSC, e aceitou de muito bom grado.
Tanto que deve ser um dos bons cabos eleitorais na campanha para a reeleição do
prefeito, deixando de lado um grupo político com o qual caminhou junto em todas
as eleições que disputou. Como a política é dinâmica e, normalmente, faz com
que aliados de eleições passadas sejam os adversários das eleições atuais,
Mário continua na atividade, agora sob nova orientação política, representada e
prestada pelo prefeito e seu grupo.
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