segunda-feira, 18 de abril de 2016

Vaga de Mário Wieczorek na Câmara fica aberta até que Justiça Eleitoral indique suplente

No último dia 12, o vereador Mário Wieczorek, do PP, disse ‘tchau, queridos’ a seus nobres pares, despedindo-se de suas atividades na Câmara Municipal, provavelmente de forma definitiva, já que afirmou não ter mais motivação para disputar eleições. Este ano, após seis pleitos seguidos – 1992, 1996, 2000, 2004, 2008 e 2012, seu nome não estará na lista dos candidatos a vereador nem a prefeito nem a vice-prefeito. Mário não quer mais saber de candidatura, ao menos por enquanto. Ele deixou aberta a vaga na Câmara, à espera de um ocupante. Porém, isto só vai acontecer depois que a Justiça Eleitoral responder ao Legislativo quem é o suplente qualificado para assumir a cadeira que era de Mário. O pedido de informação chegou na sexta-feira (5) ao Fórum Eleitoral e está nas mãos da juíza Cláudia Sanine Ponich Bosco. Quando ela definir quem é o suplente, o Ministério Público Eleitoral vai dar seu parecer e, então, a comunicação será feita à Câmara. Pelo andar da carruagem, a cadeira que era de Mário vai esfriar e ninguém terá o privilégio de encostar nela os fundilhos das calças e o que está dentro das calças até, pelo menos, o dia 3 de maio.

A história dos suplentes já deixou muita gente ‘careca de saber’ e é conhecida por todas as 11 janelas do Clube Palmeirense que dão para as ruas 15 de Novembro e Juvenal Marcondes Zanardini, mas pode ser repetida, para que ninguém esqueça e lembrando que a lei diz que a vaga pertence ao partido. É assim: finda a apuração dos votos da eleição realizada no dia 7 de outubro de 2012, aparecia como primeiro suplente do PP o candidato João Savi, com 483 votos. Seria dele, então, a vaga que Mário deixou na Câmara. Seria, porque o intrépido primeiro suplente trocou um partido com sigla de duas letras por um partido com siglas de três letras, ou seja, saiu do PP e filiou-se ao PDT. Avisado que seria o substituto de Mário e convidado a voltar ao antigo partido, agasalhado pelo PDT ele disse: “Daqui não saio, daqui ninguém me tira”.
Se o primeiro suplente está ‘bloqueado’ de assumir a vaga, ela caberia então ao segundo suplente. No caso, ele é Juarez Baggio, que cravou 269 votos na eleição de 2012. Acontece que ele também teria trocado o partido que tem duas letrinhas na sigla, o PP, por um que tem não só três, mas quatro letras na sua sigla, o PMDB. Como nestes casos tamanho de sigla não é documento, dizem que Baggio foi avisado sobre a possibilidade de assumir a vaga de Mário na Câmara, gostou da ideia, disse “Mamães eu quero, mamãe eu quero...” e voltou para o PP. Se o retorno aconteceu dentro do prazo legal, só a Justiça Eleitoral poderá afirmar. Se não foi, a vaga de Mário pode ser ocupada pelo terceiro suplente, que é Aldemir de Lima, que somou 206 votos na eleição de 2012. Depois dele aparecem somo suplentes: Geraldo Ferrando, com 146 votos, e Greicia Rochinski, com 41 votos.
Independente de sua vaga ainda estar aberta na Câmara e, provavelmente, não estar muito preocupado com o fato, Mário já está em plena atividade como secretário de Assistência Social, Cidadania e Direito Humanos, feliz e animado com o convite que recebeu do prefeito Edir Havrechaki, do PSC, e aceitou de muito bom grado. Tanto que deve ser um dos bons cabos eleitorais na campanha para a reeleição do prefeito, deixando de lado um grupo político com o qual caminhou junto em todas as eleições que disputou. Como a política é dinâmica e, normalmente, faz com que aliados de eleições passadas sejam os adversários das eleições atuais, Mário continua na atividade, agora sob nova orientação política, representada e prestada pelo prefeito e seu grupo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário