quarta-feira, 6 de abril de 2016

Mário Wieczorek antecipa adeus à Câmara para assumir Secretaria de Assistência Social

No que pode ter sido a sua última atuação como vereador, Mário Wieczorek, do PP, deu adeus à Câmara Municipal com um pronunciamento na tribuna durante a sessão realizada na terça-feira (5). Anteriormente, ele já havia anunciado que não disputaria a reeleição depois de cinco mandatos consecutivos e 20 anos de presença no Legislativo. Familiares estavam presentes à sessão para acompanhar a derradeira participação do vereador em uma sessão. A despedida antecipada tem um motivo aparente: Mário vai assumir a Secretaria de Assistência Social, Cidadania e Direitos Humanos, atendendo convite feito pelo prefeito Edir Havrechaki, do PSC. A jogada também garante o apoio do veterano vereador e de seu partido à candidatura à reeleição do prefeito, que assim tem abrigados sob a futura coligação nada mais, nada menos do que oito dos nove vereadores. Se alguém acredita que não seja isso mesmo, que fale agora ou cale-se até a eleição de 2020.

Mário é, hoje, o vereador mais longevo da Câmara. Ele conquistou sua primeira eleição em 1996, depois de quase ter conseguido o objetivo na eleição de 1992, quando ficou próximo da eleição e foi prejudicado porque muitos dos votos – na época escritos – que tinham o nome ‘Mário’ foram contabilizados para o candidato Amadeu Mário Margraf, que havia registrado a variação ‘Mário’ em seu favor. A lei previa e os votos do Mário foram para outro. Sem abatimento e ciente de seu potencial, encarou a eleição seguinte e conquistou o primeiro mandato com os 450 votos que arrebanhou. Depois, em 2000, veio a reeleição, conquista de seus 940 votos, a maior votação entre todos os candidatos a vereador. Em 2004, Mário conseguiu a terceira eleição seguida, resultado dos 536 votos obtidos. Em 2008, celebra o quarto mandato, conquistado com 696 votos. Por fim, em 2012, a quinta eleição consecutiva para a Câmara Municipal é fruto dos 537 votos que recebeu.
Com um histórico invejável em termo de votos e eleições, Mário sempre atuação discreta no Legislativo. Raramente entrou em polêmicas e nunca foi intransigente. Fez o jogo da situação quando foi situação e de oposição quando nesta condição, sem, contudo, lançar mão de radicalismo. Ele próprio, em seu discursos de despedida, disse que nunca foi ‘pedra no sapato’ de nenhum dos prefeitos, sempre se posicionando a favor dos bons projetos para Palmeira. Também destacou a sua fidelidade ao PP, pois nesses 20 anos como vereador jamais cogitou trocar de partido e enfrentou adversidades sem perder a compostura e a postura, mesmo com correligionários e aliados que cobravam dele posições com as quais não concordava.
Como não podia deixar de ser, no pronunciamento derradeiro na Câmara, Mário teceu elogios ao prefeito Edir, agora mais do que aliado, ‘patrão’. Disse que Edir passou a ser visto por ele de forma diferente em relação aos prefeitos anteriores devido à sua maneira de administrar, “com respeito e visão progressista”. Com isto, nas entrelinhas embutiu o ‘sai pra lá’ a Giovatan Bueno, que foi seu correligionário na eleição de 2008, quando perder a eleição para prefeito para Altamir Sanson. Por sinal, no período pré-eleitoral daquela eleição, Mário chegou a ser cogitado candidato a vice-prefeito na chapa encabeçada por Altamir. Na eleição de 2012, Mário apoiou a candidatura de Giovatan a prefeito, pelo PSDB. Este ano, como ex-vereador e secretário municipal, ele vai de Edir e leva o PP com seus dez pré-candidatos a vereador e dois vereadores: Pastor Anselmo – que acabou de deixar o PSD – e o seu suplente, possivelmente, Juarez Baggio.

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