Gaiola bate o pé e diz que prefere ir só do que mal acompanhado na eleição municipal

Um antigo ditado diz que “as abóboras se acomodam conforme a carroça vai andando”. Agora, o vereador João Alberto Gaiola, do PDT, parece ter caído – se é que havia embarcado – da carroça da oposição ao prefeito Edir Havrechaki, do PSC, e diz que, mesmo indo à pé, pretende ser o terceiro candidato a prefeito a compor em um grupo que tem estreita ligação política com o governador Beto Richa, do PSDB. Ele faz menção à composição liderada pelo ex-prefeito Altamir Sanson e pelo bi-candidato a prefeito Giovatan de Souza Bueno, ambos do PSD, partido que no Paraná é conduzido pelo deputado estadual licenciado a secretário de Estado do Desenvolvimento Urbano, Ratinho Junior. E por que Gaiola quer tanto ser candidato a prefeito? Ele respondeu em entrevista que concedeu nesta segunda-feira, dia 11, ao Noticiário P-7, da Rádio Ipiranga, com a seguinte afirmação: “O intenso apoio popular daqueles que querem ver em Palmeira ‘área livre de corrupção’ me faz pleitear a candidatura a prefeito na eleição deste ano”. O arremate é mais direto, quando ele aponta que tanto o grupo do prefeito quanto o da oposição – Altamir e Giovatan – têm ligação política com Richa. Portanto, não seria confortável para ele tomar assento em nenhuma das duas embarcações, quanto mais ajudar a remar.

Aqui mesmo no Blog, em comentário que postou, Gaiola observa que “para não alimentar muitas especulações, reafirmo que sempre fiz política ideológica, afastado dos conchavos de bastidores, longe das barganhas de cargos e combatendo a corrupção que tanto mal nos faz”. A despeito de ter participado no último sábado, dia 9, de uma reunião convocado por Atamir e Giovatan, que contou com a presença de Inácio Budziak, do SD, Gaiola afirmou ao Blog que não tomou posição que o inclinasse a fechar questão com este grupo. Ele observa que tem em seu agrupamento político, além do seu PDT, também o PMDB, asseverando que a direção estadual deste partido não daria sinal verde aos peemedebistas palmeirenses para apoiar e quanto mais formalizar apoio do partido a candidatos sustentados pelo grupo do governador Beto Richa. Com estes argumentos, coloca um degrau abaixo uma possível adesão imediata ao grupo de oposição ao prefeito.

Candidato a prefeito – como pretende e discursa, Gaiola pode enfrentar inúmeras resistências, inclusive internas. Porém, admite que isto ocorrerá, acreditando que com o andamento da pré-campanha eleitoral e, depois, com a campanha, ficará clara a sua posição, passando a ter aceitação e apoios. Questionado quanto ao candidato a vice-prefeito, disse não ser urgente tal definição. Gaiola lembra que as convenções partidária devem acontecer no mês de julho e que, até lá, terá tempo suficiente para que sejam indicados, escolhidos os mais consistentes e definido o seu companheiro de chapa majoritária. Quanto à reunião da qual participou no último sábado, afirma que deixou claro aos demais que é candidato a prefeito e que espera a adesão deles à sua proposta de candidatura.

Quando fala em ‘área livre de corrupção’, Gaiola é abrangente. Inclusive, em seus vários pronunciamentos na Câmara Municipal repete o chavão de que ‘a corrupção é o maior mal da política brasileira’. Com isto, ele busca atingir frontalmente a administração municipal, mirando tanto o governador Beto Richa, aliado do PSC paranaense e do prefeito Edir Havrechaki, portanto, como a presidente Dilma Roussef, do PT, partido do vice-prefeito Marcos Levandoski.