Cada vez mais perto de confirmar
sua candidatura a prefeito nas eleições municipais deste ano, o ex-vereador e
atual secretário de Indústria, Comércio e Turismo da Prefeitura de Palmeira, Inácio
Budziak, do Solidariedade (SD), pode estar engajado nos interesses do prefeito
Edir Havrechaki (PSC) e de seu grupo político. Acontece que uma candidatura
alternativa como a dele não significa prejuízos eleitoral para o prefeito, que
é candidato à reeleição. A análise que fazem pessoas próximas a Edir é de que
Inácio tira votos do até agora único candidato de oposição, o vereador João
Alberto Gaiola, do PDT. É bom lembrar que na eleição de 2012, Budziak foi
candidato a prefeito pelo PDT e obteve 3.769 votos, ou 18,3% dos votos válidos.
Naquela ocasião, sem saber, foi útil às pretensões do atual prefeito, pois seus
votos impediram uma votação mais expressiva do candidato Giovatan de Souza Bueno,
do PSDB. Havrechaki venceu a eleição com 8.972 votos (43,6% dos votos válidos),
enquanto Giovatan somou 7.832 votos (38,1% dos votos válidos).
Nas circunstâncias atuais, longe
de ser ‘inocente útil’, Inácio foi convidado por Edir a compor o secretariado
municipal e aceitou sem titubear. Sem realizações mais relevantes no cargo,
executou um trabalho burocrático e não destoou, sequer no comportamento
político. Óbvio é que aproveitou a oportunidade para buscar novos filiados para
o partido que comanda, como é o caso do ex-vereador e ex-presidente da Câmara
Municipal, Heinz Ewert. Empresário do setor de turismo em Witmarsum, trata-se
de uma liderança política consolidada que vem atuando há anos no setor,
coordenando uma associação de abrangência municipal. Ewert deve ser um dos
candidatos a vereador pelo SD e, pelo histórico político, a depender do
desempenho dos demais candidatos da chapa, pode ser um dos futuros vereadores
de Palmeira.
Quanto a Inácio e sua provável candidatura
a prefeito, uma repetição do que fez em 2012 já seria dada como missão cumprida
em favor do prefeito, que veria o mais forte adversário ficar sem quase 4 mil
votos, algo significativo no universos dos possíveis 22 mil votos válidos que a
eleição municipal deste ano deve computar. Melhor ainda seria para o prefeito a
confirmação de mais um candidato a prefeito, preferencialmente Giovatan, para
subtrair votos de Gaiola e pulverizar ainda mais os votos de quem é contra ele
e sua administração. Em síntese, Edir vive a sonha com o cenário de ‘quanto
mais, melhor’, visto que mais candidatos somente conseguiriam dividir os votos que ele já não tem,
garantindo a reeleição e mais quatro anos de mandato como prefeito de Palmeira.
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