Na semana que
antecede a comemoração dos 197 anos de Palmeira, a administração municipal vai
começar a inaugurar uma série de obras executadas com recursos do governo
federal. Muitas já foram inauguradas anteriormente e estão em uso pela
população. Serão mais duas unidades de saúde – Centro e Faxinal dos Quartins –
e o Memorial Anarquista, que remete à Colônia Cecília. Em rápida e talvez
imprecisa conta, o governo federal, nos últimos anos, destinou aproximadamente
R$ 35 milhões do Orçamento Geral da União para obras e equipamentos em
Palmeira: pavimentação e urbanização de vias públicas, cerca de R$ 22 milhões;
três Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs), R$ 6 milhões; oito
Unidades de Saúde, R$ 3,5 milhões; quadras poliesportivas cobertas ou não e
equipamentos recreativos (academias ao ar livre), R$ 1 milhão; ônibus para o
transporte escolar, máquinas e veículos, R$ 3 milhões. Isto sem outros
investimentos de menor vulto. Considerado
‘maldito’ pela maioria da população, que é favor do impeachment ou da cassação
do mandato da presidente, o atual governo federal ainda tem firmados alguns
convênios com a Prefeitura de Palmeira, que, em breve, resultarão em novos investimentos
no município.
Há pontos a
considerar no momento, como a filiação partidária do prefeito de Palmeira, Edir
Havrechaki, ao PSC, partido que hoje faz oposição frontal à presidente e sua
base aliada, e a do vice-prefeito Marcos Levandoski, filiado ao PT, que carrega,
aos olhos de muitos cidadãos palmeirenses, a paternidade pela conquista de boa
parte dos recursos federais investidos no município. Há razão parcial nisto,
mas é por aí a linha de raciocínio para se chegar ao entendimento dos motivos
pelos quais Palmeira tem conseguido acessar volumes tão expressivos de recursos
federais como nunca antes havia conseguido.
Além do teor
político para a execução dos investimentos, existe o lado técnico, responsável
direto pela aprovação dos projetos e assinatura dos convênios para repasse dos
recursos. E é aqui que entra a Secretaria de Planejamento da Prefeitura de
Palmeira, que dispõe de uma equipe de técnicos de várias áreas, os quais têm
trabalhado com extremo empenho em cima de projetos diversificados. Portanto,
cabe muito mais dar créditos à equipe do Planejamento, que tem executado com
correção seu papel na administração municipal, sem se deixar contaminar por
preferências políticas, do que a agentes políticos, seja prefeito, vice ou
deputados que, por agirem no cumprimento de suas funções, qual seja, a apresentação
de emenda ao Orçamento Geral da União (OGU), individualmente ou de forma
coletiva, buscam resposta na forma de votos. Se alguém acredita que por isto
merecem seu voto, o livre arbítrio é um direito e é incontestável, mas o papel
de um parlamentar vai muito além da função de despachante.
Quanto à ação
dos políticos com mandato, ela precede todos os esforços do Planejamento e
deveria, também, estar antecipada às vontades de parlamentares dispostos a
subscrever emendas ao OGU. O que têm obrigação de fazer os eleitos é propor as
diretrizes de suas gestões, definindo prioridades para investimento dos
recursos públicos – federais, estaduais e municipais – com base nas demandas
sociais e não na vontade pessoal ou eleitoral. Desta forma, evita-se
desperdícios em obras e equipamentos desnecessários, que dificilmente terão
utilização integral e real. Basta que nos reportemos ao caso da Máfia dos
Sanguessugas, caso que distribuiu ambulâncias pelo Brasil afora, milhares delas
sem qualquer necessidade, resultando em propinas para os parlamentares que
indicaram municípios para receber os veículos, comprados com preços
superfaturados.
Só lembrando que o dinheiro não é do governo, é do povo! ;)
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