A Área de Proteção
Ambiental (APA) Estadual da Escarpa Devoniana foi criada em março de 1992,
através de decreto, e abrange mais de 392 mil hectares distribuídos por mais de
260 quilômetros de extensão nos territórios de 12 municípios paranaenses. Começa
no município da Lapa e vai até Sengés, passando por Porto Amazonas, Campo
Largo, Balsa Nova, Palmeira, Ponta Grossa, Carambeí, Castro, Tibagi, Piraí do
Sul e Jaguariaíva. A formação vai além do rio Itararé, já no estado de São
Paulo. A paisagem de toda a APA é marcada por afloramentos rochosos, vegetação
baixa com capões da floresta de araucária. Em Palmeira, a escarpa devoniana
começa no rio dos Papagaios, podendo ser vista por quem trafega pela BR 277,
passa pela localidade de Witmarsum e tem sua continuidade em Nossa Senhora das
Pedras e Cercado, onde os paredões de pedra e as grutas são os registros mais
conhecidos desta formação geomorfológica.


Considerado um ‘degrau topográfico’,
as paredes de rocha da escarpa devoniana separam o Primeiro e o Segundo
Planalto Paranaense. A escarpa foi originada pela erosão que vem esculpindo o
relevo e promovendo o aparecimento de feições tais como morros-testemunhos,
abrigos, fendas e pequenas cavernas, muitas das quais guardam vestígios
arqueológicos. A Escarpa Devoniana recebeu este nome porque é sustentada pela
Formação Furnas, do período devoniano, há mais de 400 milhões de anos.
A APA da Escarpa Devoniana
foi criada com o objetivo de assegurar a
proteção do limite natural entre o Primeiro e o Segundo Planalto paranaense,
inclusive a faixa de Campos Gerais, que se constituem em ecossistema peculiar
que alterna capões da floresta de araucária, matas de galerias e afloramentos
rochosos, além de locais de beleza cênica com os canyons e de vestígios
arqueológicos e pré-históricos registrados em paredes e grutas, que também
ficam protegidos de ações de depredação e degradação.
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