O auditório do Colégio Estadual Dom
Alberto Gonçalves, na noite de segunda-feira (21), ficou praticamente lotado
pelo público formado por convidados e estudantes para acompanhar a apresentação
do primeiro relatório quadrimestral elaborado pelo Observatório Social de
Palmeira. Havia uma expectativa quanto aos fatos a serem expostos, como
revelações de atos irregulares ou ilegais, mas não o que aconteceu. A
apresentação do relatório foi o momento menos intenso do evento, que teve presença
de autoridades do Judiciário, execução do Hino Nacional e exibição de palestra
gravada do juiz federal Sérgio Moro, que serviu para aumentar o clima de
ansiedade por algo revelador. Mas a explanação sobre o relatório quadrimestral –
setembro a dezembro de 2015 – foi fria e rápida, com apenas um momento de certo
ineditismo para alguns, sobre a intervenção em processo licitatório para
contratação de serviços de saúde, modalidade pregão, com valor de R$ 11,5
milhões, que acabou suspenso em razão da ação do Observatório Social. Em
essência, é um trabalho cauteloso e metódico de fiscalização que visa preservar
a legalidade e a moralidade das ações públicas.
Acontece que todas as abordagens na
imprensa sobre a corrupção levam as pessoas a acreditar que o mal está
disseminado em todos os lugares quando se trata de poder público. Pode até ser
verdade, mas identifica-lo não é uma tarefa tão simples quanto possa parecer. A
corrupção no poder público existe, assim como existe na iniciativa privada, entre
classes profissionais, no trânsito, na escola, no esporte, enfim, no dia a dia
de cada um, em menor ou maior grau, mas sempre corrupção. Ou você pensa que
comprar produto pirata não é corrupção? Que dar gorjeta para o policial
rodoviário para escapar da multa não é corrupção? Que cobrar a mais pelo
serviço para dar recibo ou nota fiscal não é corrupção? Que colar nas provas
escolares não é corrupção? Pois é. Por isso, querer apontar que a corrupção é
praticada só pelos outros, quando você mesmo comete atos do tipo, além da
corrupção também comete hipocrisia. Então, o melhor a fazer é começar a mudar
os hábitos e procurar eliminar a corrupção da própria vida, para, aí sim,
denunciar e combater a corrupção praticada pelos outros.
Voltando ao Observatório Social, a atuação
do órgão apenas começou em Palmeira. Bastante recente, seus membros ainda estão
em processo de habilitação para atuarem na fiscalização dos atos do poder
público local. Mesmo neste curto espaço de tempo, há avanços consideráveis a
registrar. O primeiro deles é que alguém está fiscalizando. A função essencial
dos vereadores, da Câmara Municipal, tem agora no Observatório Social um aliado
robusto. Por sinal, eu fiscaliza até mesmo a atuação dos vereadores em todas as
sessões do Legislativo, conforme relatório apresentado na segunda-feira.
Olá Everson Adrianno!!!
ResponderExcluirVocê é de Palmeira?
Entre em contato comigo 04196400618 TIM.
Abraço.