A carreira política começou com uma candidatura a prefeito em
2008 e a surpresa pelos 44,69% dos votos válidos (6.841 dos 19.532 votos
válidos), incomodando assustadoramente o candidato favorito. De desconhecido
passou a favorito na eleição seguinte, em 2012, mas viu minguar sua votação
(38% dos votos válidos) a ponto de demonstrar já no dia seguinte à eleição um
profundo descontentamento e declarar, em entrevista ao vivo no rádio, que
estava abandonando a política e que nunca mais seria candidato a nada. O tempo
passa, o tempo voa e tudo o que disse ficou no passado, creditado à mágoa gerada
pela segunda derrota consecutiva. O fato é que Giovatan de Souza Bueno figura como virtual candidato a prefeito na
eleição municipal deste ano. Para encorpar sua candidatura, porém, precisa
tomar boas doses de vitamina de popularidade.
Na última eleição municipal, quando os votos de Giovatan
encolheram, na verdade foi reflexo de uma campanha eleitoral que começou enviesada
e acabou enrolada na própria falta de capacidade de compreender aquele momento
da política de Palmeira. Apesar de ter ganhado apoios importantíssimos,
incluindo o de quatro vereadores que haviam rompido com o grupo do então
prefeito Altamir Sanson, ele não conseguiu avança. Credite-se na conta do perigoso
“já ganhou” a perda da grande maioria dos votos e a derrota para Edri
Havrechaki (PSC), apoiado por Altamir, que vinha de um segundo mandato
consecutivo com desgastes de várias ordens.
Algumas má avaliações dizem que Giovatan perdeu em 2012 porque
o também candidato a prefeito Inácio Budziak (PDT), com 18% dos votos válidos,
tirou votos seus. Balela, porque em 2008 o terceiro candidato a prefeito, João
Alberto Gaiola (PDT) fez 20% dos votos válidos. De fato, sua votação minguou
por falta de uma estratégia adequada àquela eleição especificamente e porque
teve atitudes contraditórias. Apostou em estrategistas alienígenas e chegou ao
cúmulo no famoso voo de balão sobre a cidade, na véspera da eleição, explorado
pelo adversário como ostentação de uma campanha milionária sustentada pela
elite econômica do município. Pegou tanto que custou algumas centenas de votos,
talvez determinante para o insucesso nas urnas.
As boas doses de vitamina de popularidade que Giovatan
precisa tomar caso decida pela terceira candidatura a prefeito devem ser
fortalecidas por injeções de ânimo na sua entourage partidária. Afinal, ele vem
de perder o comando do PSDB que tornou robusto em Palmeira para o grupo do
prefeito Edir. Filiou-se ao ainda frágil PPS e, de quebra, corre risco real de
não ter apoio de partidos que estiveram com ele nas eleições anteriores. Além
de tudo, o tempo é curto para recuperar o que se perdeu pelo caminho, mas ainda
há tempo para isto. Sem esquecer que deve tomar vitamina de popularidade.
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