sexta-feira, 25 de março de 2016

Instituo Confiancce aparece em mais uma condenação do TCE para devolução de R$ 1,2 milhão

O Instituto Confiancce, aquele mesmo que prestou serviços à Prefeitura de Palmeira entre 2011 e 2013, recebendo cerca de R$ 5 milhões para fornecer profissionais de saúde para serviços em unidades de saúde da cidade e do interior, recebeu mais uma condenação do Tribunal de Contas do Estado (TCE). O caso recente envolve a Prefeitura de Iporã e o valor a ser devolvido é de pouco mais de R$ 1,2 milhão. O TCE ainda não apreciou as prestações de contas da Prefeitura de Palmeira de 2011 e anos posteriores, mas quando fizer isto, vai se deparar com os valores pagos ao Instituto Confiancce.

No caso de Iporão, o instituto, sua ex-presidente, Cláudia Aparecida Gali, e o ex-prefeito Cássio Murilo Trovo Hidalgo (gestão 2009-2012) deverão restituir, de forma solidária, a soma de R$ 1.251.723,01 ao cofre desse município da região Noroeste do Paraná. O valor deverá ser corrigido monetariamente e calculado após o trânsito em julgado da decisão, da qual cabem recursos.
As contas de 2010 do convênio celebrado entre a Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) Instituto Confiancce e o Município de Iporã foram julgadas irregulares pelo Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR). O objeto da transferência voluntária era a realização de programas na área da saúde, assim como em Palmeira.
O TCE determinou, ainda, a inclusão dos nomes de Cláudia Aparecida Gali e do ex-prefeito Cássio Murilo Trovo Hidalgo no cadastro de inidôneos. A razão da desaprovação das contas foi a ausência de documentos indispensáveis para aferir a correta aplicação dos recursos transferidos, segundo informação da assessoria de imprensa do TCE.
Os inúmeros casos que envolvem o Instituto Confiancce revelam a má aplicação de dinheiro público. Especificamente, trata-se de contratos com prefeitos e prefeituras do interior do Paraná – muitas – que pretendiam, em síntese, solucionar problemas com serviços de saúde, de profissionais, especialmente médicos. No fundo, acabaram encontrando problemas ainda maiores, só que para si. Desta forma, além da devolução dos recursos públicos mau utilizados, ficam inscritos no cadastro de inidôneos, o que tira dos políticos os requisitos legais para registrarem candidaturas a cargos eletivos. É o maior castigo que podem receber!

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