Em entrevista ao radialista Adelar Mayer Filho, da Rádio
Ipiranga, na manhã desta quinta-feira (10), o vereador João Alberto Gaiola
(PDT) confirmou que vem mantendo conversas com o ex-prefeito Altamir Sanson
(PSC) e com o presidente do PPS local, Giovatan de Souza Bueno, duas vezes
candidato a prefeito de Palmeira, com objetivo de formar um grupo único para
concorrer à eleição municipal e fazer frente à candidatura à reeleição do
prefeito Edir Havrechaki (PSC). O vereador disse que Altamir manifestou grande
disposição e que pode, inclusive, colocar a mulher, Marilda Sanson, e o filho,
Denis Sanson, como candidatos a vice-ptrefeito na chapa do grupo de oposição ao
prefeito. Há muita vontade do ex-prefeito, se isto realmente ocorre, de
derrotar o antigo pupilo, que hoje senta na mesma cadeira que ele ocupou por
três mandatos.
Gaiola disse ainda que deve ser ele o candidato a prefeito
pela oposição e que o candidato a vice deve ser indicado pelo ex-prefeito – que
pode ser a mulher ou o filho – ou que o próprio Giovatan ocupe esta posição na
chapa majoritária do grupo oposicionista. As composições estão abertas, segundo
Gaiola, que acredita já ter fechado o grupo de oposição. Porém, ainda pairam
dúvidas quanto aos aliados de Giovatan e ele próprio não manifesta com 100% de
garantia que vai apoiar a candidatura de Gaiola a prefeito ou mesmo compor no
grupo oposicionista.
Indeciso, Giovatan ainda não definiu se leva seu grupo para
a frente oposicionista única ou se apresenta candidatura a prefeito, pela
terceira eleição consecutiva. Ele trocou o PSDB pelo PPS, quando o partido pelo
qual foi candidato a prefeito em 2012 estava prestes a trocar de comando em
Palmeira, como de fato aconteceu, quando passou ao controle do grupo político
do prefeito. Quando candidato a prefeito em 2008, Giovatan foi derrotado nas
urnas por Altamir, que conseguiu sua reeleição na ocasião. Em 2012, voltou a
enfrentar Sanson, mas este não era candidato, pois estava apoiando seu
indicado, Edir Havrechaki. Giovatan perdeu novamente e declarou, no dia
seguinte à eleição, que nunca mais seria candidato. Agora, pode rever o que
disse e apresentar-se mais uma vez como postulante à Prefeitura de Palmeira ou,
não fazendo isto, aliar-se a dois de seus mais ferrenhos adversários nas duas
eleições que disputou.
Já a participação de Altamir na oposição não é surpresa,
visto os acontecimentos que levaram ao rompimento do relacionamento político
com o prefeito, que, segundo Sanson, não colaborou para a reversão na Câmara
Municipal do parecer prévio do Tribunal de Contas pela irregularidade nas
prestações de contas de suas gestões dos anos de 2005, 2006 e 2007. Altamir
esperava de Edir uma atuação junto a vereadores para convencê-los a votar
contra o parecer, mas alega que isto não aconteceu. Com a desaprovação de suas
contas, teve suspensos seus direitos políticos e está inelegível. Assim, só
pode participar do processo eleitoral apoiando candidaturas, pois não poderá
nem mesmo votar em outubro.
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