quinta-feira, 10 de março de 2016

Gaiola diz que Altamir está disposto a colocar mulher e filho em campo para reforçar o grupo

Em entrevista ao radialista Adelar Mayer Filho, da Rádio Ipiranga, na manhã desta quinta-feira (10), o vereador João Alberto Gaiola (PDT) confirmou que vem mantendo conversas com o ex-prefeito Altamir Sanson (PSC) e com o presidente do PPS local, Giovatan de Souza Bueno, duas vezes candidato a prefeito de Palmeira, com objetivo de formar um grupo único para concorrer à eleição municipal e fazer frente à candidatura à reeleição do prefeito Edir Havrechaki (PSC). O vereador disse que Altamir manifestou grande disposição e que pode, inclusive, colocar a mulher, Marilda Sanson, e o filho, Denis Sanson, como candidatos a vice-ptrefeito na chapa do grupo de oposição ao prefeito. Há muita vontade do ex-prefeito, se isto realmente ocorre, de derrotar o antigo pupilo, que hoje senta na mesma cadeira que ele ocupou por três mandatos.

Gaiola disse ainda que deve ser ele o candidato a prefeito pela oposição e que o candidato a vice deve ser indicado pelo ex-prefeito – que pode ser a mulher ou o filho – ou que o próprio Giovatan ocupe esta posição na chapa majoritária do grupo oposicionista. As composições estão abertas, segundo Gaiola, que acredita já ter fechado o grupo de oposição. Porém, ainda pairam dúvidas quanto aos aliados de Giovatan e ele próprio não manifesta com 100% de garantia que vai apoiar a candidatura de Gaiola a prefeito ou mesmo compor no grupo oposicionista.

Indeciso, Giovatan ainda não definiu se leva seu grupo para a frente oposicionista única ou se apresenta candidatura a prefeito, pela terceira eleição consecutiva. Ele trocou o PSDB pelo PPS, quando o partido pelo qual foi candidato a prefeito em 2012 estava prestes a trocar de comando em Palmeira, como de fato aconteceu, quando passou ao controle do grupo político do prefeito. Quando candidato a prefeito em 2008, Giovatan foi derrotado nas urnas por Altamir, que conseguiu sua reeleição na ocasião. Em 2012, voltou a enfrentar Sanson, mas este não era candidato, pois estava apoiando seu indicado, Edir Havrechaki. Giovatan perdeu novamente e declarou, no dia seguinte à eleição, que nunca mais seria candidato. Agora, pode rever o que disse e apresentar-se mais uma vez como postulante à Prefeitura de Palmeira ou, não fazendo isto, aliar-se a dois de seus mais ferrenhos adversários nas duas eleições que disputou.


Já a participação de Altamir na oposição não é surpresa, visto os acontecimentos que levaram ao rompimento do relacionamento político com o prefeito, que, segundo Sanson, não colaborou para a reversão na Câmara Municipal do parecer prévio do Tribunal de Contas pela irregularidade nas prestações de contas de suas gestões dos anos de 2005, 2006 e 2007. Altamir esperava de Edir uma atuação junto a vereadores para convencê-los a votar contra o parecer, mas alega que isto não aconteceu. Com a desaprovação de suas contas, teve suspensos seus direitos políticos e está inelegível. Assim, só pode participar do processo eleitoral apoiando candidaturas, pois não poderá nem mesmo votar em outubro.

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