Os atuais vereadores Domingos
Everaldo Kuhn, do PSC, Rogério Czelusniak, do PTB, Pastor Anselmo, do PSD, José
Aílton Vasco, do PTN, e Eliezer Borcoksi, do PSB, devem disputar a reeleição
para a Câmara Municipal no próximo mês de outubro. São cinco dos nove
integrantes do Legislativo que vão colocar à prova seu prestígio como
legisladores, inflado por acertos e arranhado por equívocos cometidos nos
últimos quatro anos. Do outro lado, os vereadores João Alberto Gaiola, do PDT,
deve ser candidato a prefeito, Mário Wieczorek, do PP, Fabiano Cassanta, do PR,
e Arildo Zaleski, do PSC, não estarão na composição da Câmara para a próxima legislatura,
que começa em 2017 e vai até 2020. A pergunta que fica é: dos cinco vereadores que
tentarão a reeleição, quantos conseguirão eleger-se para mais um mandato? Se
forem dois ou três, o Legislativo deve ter uma renovação recorde, ou seja, de
seis a sete vereadores.
Dos cinco vereadores que tentarão
a reeleição, Everaldo já está em seu terceiro mandato como vereador e teve um
mandato de vice-prefeito. Pastor Anselmo e Eliezer cumprem o segundo mandato.
Rogério e Zé Aílton são vereadores de primeiro mandato e querem mais um, ou sei
lá quantos outros. É possível que todos os cinco consigam reeleger-se, mas
nunca antes todos os vereadores que buscaram a reeleição conseguiram o intento.
O que existe de favorável para isto aconteça em 2016? Nada. Pelo contrário, os
vereadores vêm de polêmicas fortes contra a opinião pública, como o caso do projeto
que previa o aumento de subsídios, no ano passado, que acabou sendo retirado
diante da intensa e agressiva manifestação contrária da população. Foi, sem
dúvida, o ponto de maior desgaste dos vereadores que se manifestaram favoráveis
ao aumento. E o projeto do reajuste dos subsídios, no final de 2015, jogou mais
uma vez os parlamentares contra a opinião pública, novamente contrária à
proposta. Neste caso, o resultado foi favorável aos vereadores, que enfrentaram
a tudo e a todos para fazer valer sua vontade e reajustar seus subsídios pelo
índice oficial de inflação. Foi outro pontos de desgaste que deve ser
considerado. O tamanho disso é o que as urnas dirão. Daí, para a reeleição dos
cinco há mais condições contraditórias o que favoráveis. E mesmo que os cinco
sejam reeleitos, restam quatro vagas a serem ocupadas por novatos ou
ex-vereadores que ficaram fora da Câmara na atual legislatura ou legislaturas
anteriores.
Convém lembrar que na eleição de
2012 apenas dois vereadores conseguiram a reeleição: Pastor Anselmo e Mário
Wieczorek. Na eleição de 2008, os reeleitos foram quatro: Inácio Budziak, Mário
Wieczorek, Sérgio Belich e Josiel Caldas. Em 2004, a reeleição sorriu para três
vereadores: Domingos Everaldo Kuhn, Mário Wieczorek e Sérgio Belich. Já na
eleição de 2000, quando eram 11 as vagas para a Câmara Municipal, foram cinco
os reeleitos: Mário Wieczorek, José Caldas, Solange Bacila Acras, Rubens
Borcoski e Henrique Leobet. Somente quando eram 11 vagas é que cinco vereadores
conseguiram a reeleição, como ocorreu em 2000. Porém, na eleição de 1996,
quando também eram 11 as vagas em disputa na Câmara, foram apenas três os
vereadores reeleitos: Solange Bacila Acras, Henrique Leobet e Celso Franco.
O histórico das mais recentes
eleições para a Câmara Municipal não favorece os cinco vereadores que devem
tentar a reeleição este ano. No ano passado, os vereadores tiveram a
oportunidade de ampliar de nove para 11 o número de vagas na Câmara, mas decidiram
pela manutenção da composição atual. Não fosse isto, talvez pudessem os cinco aspirar
a um novo mandato sem tantos sobressaltos quantos devem encontrar na campanha
eleitoral, além do que, receber os números das urnas com mais tranquilidade, ao
contrário do que devem enfrentar no início da noite de 2 de outubro, quando do
anúncio oficial dos resultados da eleição, possivelmente tenso para a maioria
deles.
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