domingo, 27 de março de 2016

Qual será o tamanho da renovação na Câmara Municipal com as eleições de outubro?

Os atuais vereadores Domingos Everaldo Kuhn, do PSC, Rogério Czelusniak, do PTB, Pastor Anselmo, do PSD, José Aílton Vasco, do PTN, e Eliezer Borcoksi, do PSB, devem disputar a reeleição para a Câmara Municipal no próximo mês de outubro. São cinco dos nove integrantes do Legislativo que vão colocar à prova seu prestígio como legisladores, inflado por acertos e arranhado por equívocos cometidos nos últimos quatro anos. Do outro lado, os vereadores João Alberto Gaiola, do PDT, deve ser candidato a prefeito, Mário Wieczorek, do PP, Fabiano Cassanta, do PR, e Arildo Zaleski, do PSC, não estarão na composição da Câmara para a próxima legislatura, que começa em 2017 e vai até 2020. A pergunta que fica é: dos cinco vereadores que tentarão a reeleição, quantos conseguirão eleger-se para mais um mandato? Se forem dois ou três, o Legislativo deve ter uma renovação recorde, ou seja, de seis a sete vereadores.

Dos cinco vereadores que tentarão a reeleição, Everaldo já está em seu terceiro mandato como vereador e teve um mandato de vice-prefeito. Pastor Anselmo e Eliezer cumprem o segundo mandato. Rogério e Zé Aílton são vereadores de primeiro mandato e querem mais um, ou sei lá quantos outros. É possível que todos os cinco consigam reeleger-se, mas nunca antes todos os vereadores que buscaram a reeleição conseguiram o intento. O que existe de favorável para isto aconteça em 2016? Nada. Pelo contrário, os vereadores vêm de polêmicas fortes contra a opinião pública, como o caso do projeto que previa o aumento de subsídios, no ano passado, que acabou sendo retirado diante da intensa e agressiva manifestação contrária da população. Foi, sem dúvida, o ponto de maior desgaste dos vereadores que se manifestaram favoráveis ao aumento. E o projeto do reajuste dos subsídios, no final de 2015, jogou mais uma vez os parlamentares contra a opinião pública, novamente contrária à proposta. Neste caso, o resultado foi favorável aos vereadores, que enfrentaram a tudo e a todos para fazer valer sua vontade e reajustar seus subsídios pelo índice oficial de inflação. Foi outro pontos de desgaste que deve ser considerado. O tamanho disso é o que as urnas dirão. Daí, para a reeleição dos cinco há mais condições contraditórias o que favoráveis. E mesmo que os cinco sejam reeleitos, restam quatro vagas a serem ocupadas por novatos ou ex-vereadores que ficaram fora da Câmara na atual legislatura ou legislaturas anteriores.
Convém lembrar que na eleição de 2012 apenas dois vereadores conseguiram a reeleição: Pastor Anselmo e Mário Wieczorek. Na eleição de 2008, os reeleitos foram quatro: Inácio Budziak, Mário Wieczorek, Sérgio Belich e Josiel Caldas. Em 2004, a reeleição sorriu para três vereadores: Domingos Everaldo Kuhn, Mário Wieczorek e Sérgio Belich. Já na eleição de 2000, quando eram 11 as vagas para a Câmara Municipal, foram cinco os reeleitos: Mário Wieczorek, José Caldas, Solange Bacila Acras, Rubens Borcoski e Henrique Leobet. Somente quando eram 11 vagas é que cinco vereadores conseguiram a reeleição, como ocorreu em 2000. Porém, na eleição de 1996, quando também eram 11 as vagas em disputa na Câmara, foram apenas três os vereadores reeleitos: Solange Bacila Acras, Henrique Leobet e Celso Franco.
O histórico das mais recentes eleições para a Câmara Municipal não favorece os cinco vereadores que devem tentar a reeleição este ano. No ano passado, os vereadores tiveram a oportunidade de ampliar de nove para 11 o número de vagas na Câmara, mas decidiram pela manutenção da composição atual. Não fosse isto, talvez pudessem os cinco aspirar a um novo mandato sem tantos sobressaltos quantos devem encontrar na campanha eleitoral, além do que, receber os números das urnas com mais tranquilidade, ao contrário do que devem enfrentar no início da noite de 2 de outubro, quando do anúncio oficial dos resultados da eleição, possivelmente tenso para a maioria deles.

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