A doação de terras para a edificação de igrejas e instalação
de povoados ao seu redor era um feito até certo ponto comum no Brasil nos
séculos 18 e 19. Assim aconteceu quando do início da história do que hoje é a
cidade de Palmeira. Foi no dia 7 de abril de 1819 que o tenente Manoel José de
Araújo assinou o termo de doação de uma área para Nossa Senhora da Conceição. O
termo, registrado no Livro Tombo número 1 da Matriz de Palmeira, foi assinado
também pelo vigário Antônio Duarte dos Passos, por Domingos Ignácio de Araújo,
José Caetano de Oliveira, José Joaquim dos Santos e Francisco Misy.
Consta que a construção da igreja já havia sido iniciada
quando da doação da área, e que já era o local de moradia do vigário e de
algumas famílias que, junto com ele, haviam deixado a localidade do Tamanduá.
Assim surgia a Freguesia Nova de Nossa Senhora da Conceição da Palmeira. Conforme
registrado no livro “Pai e patrono”, de Jesuíno Marcondes de Oliveira e Sá, o
nome Palmeira veio da denominação primitiva do capão que deu nome à fazenda
cuja casa-sede estava localizada ao seu lado.
A fazenda era propriedade e residência do casal Manoel José
de Araújo e Anna Maria da Conceição de Sá, avós maternos de Jesuíno Marcondes
e, por terem sido os doadores das terras, considerados fundadores da nova
povoação. Antes mesmo da doação, facultaram ao padre vigário a escolha do local
para a construção da primeira igreja do povoado, ainda em madeira.
Em 1820, o naturalista francês Auguste Saint-Hilaire
registrou em seu diário de viagem ter assistido à missa dominical na Freguesia
Nova, rezada na igreja de madeira. Em 1826, o artista plástico Jean Baptiste
Debret, também francês, confeccionou uma aquarela na qual retrata uma vista da
Freguesia Nova. Nela, aparece uma igreja, que convencionou-se apontar como a
Igreja Matriz em construção.
A inauguração da igreja se deu em 8 de dezembro de 1837, dia
da padroeira. O registro da data de inauguração do templo está na parede
frontal do mesmo, ao lado da porta principal, em uma placa de mármore entalhado.
Desde a sua inauguração, portanto, a Igreja Matriz ostenta suas linhas
arquitetônicas e imponência em mais de 178 anos de presença no dia a dia da
comunidade palmeirense.
Li o livro
ResponderExcluirem SÃO PAULO tem uma rua 7 de Abril no centro eu não estou lembrado ao que se refere a data a minha memoria já esta um tanto escassa muito bom saber.
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