Com um número
menor de filiados do que tinham em fevereiro de 2012, ano da última eleição
municipal, os partidos políticos de Palmeira estão em movimento rumo à eleição
de 2 de outubro. O objetivo de todos é eleger, seja prefeito, vice-prefeito e
vereador, para conseguir representação política pelos próximos quatro anos.
Entre fevereiro de 2012 e fevereiro deste ano, os partidos perderam 71
filiados. O dado pode ser interpretado como desinteresse dos eleitores pela
filiação partidária, motivado pelos frequentes escândalos envolvendo políticos,
ou por incompetência dos dirigentes partidários em atrair filiações e reforças
seus quadros. Que cada qual interprete da forma que quiser e achar mais
conveniente, mas há um fato que pulsa e incomoda: os palmeirenses – incluídos
eleitores não filiados e filiados a partidos – estão perdendo o interesse pela
política e pela atividade política partidária. Os partidos e seus filiados,
ativos ou não, protagonizam o fracasso da política como ela vem sendo executada
pelos agentes políticos.
Em fevereiro
de 2012 eram 2.644 os eleitores de Palmeira filiados a algum partido. Em
fevereiro deste ano o número de filiados a partidos reduziu para 2.573.
Lembremos que o número de eleitores aumentou neste período de quatro anos,
passando de 25.051 em 2012 para 26.003 em fevereiro último. Os dados são
oficiais do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e refletem um preocupante
desinteresse para a política e até menosprezo das novas gerações, visto que o
perfil do eleitor aponta para mais jovens e com melhor escolaridade na
comparação com o perfil de quatro anos atrás.
Dos partidos
políticos em atividade em Palmeira que tinham mais de 100 eleitores filiados em
2012, somente um conseguiu aumentar a quantidade de filiações no período dos
últimos quatro anos, o PTC, que de 139 filiados passou para 164. Acontece que o
partido está sob nova direção há poucos meses e os novos dirigentes conseguiram
promover filiações e estão em pena campanha para convencimento de filiados a
candidaturas.
Os demais
sofreram reduções, em menor ou mais escala. Apesar de perder filiados, o PT
continua tendo, de longe, o maior número de filiações em Palmeira. Em fevereiro
de 2012 eram 334 e no último mês de fevereiro eram 329 os eleitores filiados ao
partido. Neste comparativo dos altos e baixos em filiações nos últimos quatro
anos, a segunda posição passou a ser ocupada pelo PMDB, que tinha 243 filiados
em fevereiro de 2012 e agora tem 240. O PP perdeu a segunda colocação, pois
reduziu seu número de filiados de 246 para 238. Na sequência na lista, o PR
também diminuiu, passando de 221 para 217 de filiados. Por sua vez, PSD e PDT
tinham em fevereiro de 2012 um total de 216 e 211 filiados, respectivamente.
Agora, as quantidades de filiações de ambos baixaram para 208 e 203 filiados.
No mesmo
ritmo que a maioria, até mesmo o partido do prefeito Edir Havrechaki e do
presidente da Câmara Municipal, vereador Domingos Everaldo Kuhn, o PSC,
encolheu em termos de filiações nos últimos quatro anos, baixando de 193 para
187 filiados. Sinal claro de que nem prefeito nem outros filiados com mandato
têm atuado no sentido de atrair novos partidários. Também, de que a atuação em
cargos eletivos fica diametralmente oposta à atuação política partidária. Não
só no caso do PSC, uma vez que isto é visível em todos os partidos.
A pesquisa
mais recente sobre preferências partidárias no Brasil foi realizada em junho do
ano passado. Nela, 56% dos 2.100 entrevistados afirmaram não ter preferência
por partido algum. Daí, não causa espanto o fato de menos de 10% dos eleitores
do município de Palmeira terem filiação a algum partido político.
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